Um garoto com o coração de ouro, mas sem muitos modos. Gordinho e bruto, costuma resolver seus conflitos com um empurrão aqui e um chute acolá. Quando é estúpido, não o faz por mal, uma vez que a criação que recebe em casa não lhe ensina maneiras mais civilizadas de resolver os problemas. Muito parecido com o pai no jeito e na aparência, entre outras coisas, puxou dele o machismo. Para ele nenhuma mulher presta, a não ser sua mãe e a professora Helena. Limpeza e organização não são seus pontos fortes, vive levando bronca por andar desleixado. Não é capaz de machucar ninguém seriamete. Seu lado bondoso sempre prevalece. Faz amizade com um mendigo que lhe ensina a tocar gaita, motivo de orgulho para seu pai e seus amigos. Para ele escola é sinônimo de pesadelo. Enfrenta sérias dificuldades pedagógicas, é repetente e sofre todo ano com a incerteza de saber se passará ou não para a série seguinte. Seu caderno é uma calamidade. É graças a paciência e a crença de Helena em seu potencial que ele não desiste. Se tem alguém de quem ele realmente tem medo, é de seu pai, o mecânico Rafael. Sempre que chega em casa com o boletim ou com um bilhete da professora, Rafael perde a compostura e tem vontade de bater no filho, mas logo se compadece e faz tudo o que pode para poder ajudá-lo. Em contrapartida é mimado por sua mãe que sempre lhe oferece algo de comer, na tentativa de compensar as faltas. É um verdadeiro glutão, come muito e de tudo. Tem um irmão mais velho, adolescente, que se veste de maneira alternativa e usa penteados * Moderninhos*. Adora provocá-lo. Sonha em se tornar jogador de futebol. Mas tem um plano B, se tornar mecânico de carros como seu pai.