
Queridos amigos, amemos uns aos outros porque o amor vem de Deus. Quem ama é filho de Deus e conhece a Deus. 1 João:4:7
Com a extremidade do lápis, Alan cutucou as costas do colega de sala:
− Tem borracha para emprestar?
Tiago fez cara feia. Virou-se, pegou a borracha e entregou ao amigo. Alan o incomodava o tempo inteiro com aqueles cutucões. Cada hora pedia algo emprestado: folha em branco, caneta, apontador, chiclete, bala e até dinheiro para o lanche. O único item que não pedia era o lápis, mas Tiago suspeitava que Alan o trouxesse apenas para espetá-lo.
− “Cara”, você tem que parar com isso – Tiago reclamou. – Minhas costas já estão machucadas.
Alan entendeu o recado. Viu que estava sendo irritante e parou. No outro dia, foi Tiago quem puxou assunto:
− Não precisa de nada hoje?
− Todo dia preciso. Você sabe... – Alan sorriu.
− Eu lhe trouxe um presente – Tiago mostrou um lápis cuja extremidade tinha uma borracha. – Veja se não me espeta usando a ponta!
Alan era daqueles amigos de verdade. Tinha muito em comum com Tiago, conversavam sobre todas as coisas, trocavam confidências e tinham o propósito comum de servir a Deus. Era daqueles amigos mais chegados que um irmão (Provérbios 18:24).
Nas palavras do poeta Mário Quintana: “Há duas espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e os amigos, que são os nossos chatos prediletos”.
Você deve ter um desses amigos que o incomodam de vez em quando, mas que não consegue viver sem ele. Aliás, você deve incomodá-lo também, ligando fora de hora, perguntando se “o celular tem crédito”, ou se “a tia [mãe dele] não vai fazer um lanche” para vocês.
Esses amigos são insubstituíveis e ficam para sempre no coração. Se você tem um amigo assim, diga-lhe que ele é o seu “chato predileto”!