Discussão: Ralé? Sim, mas naõ se engane...

Ralé? Sim, mas naõ se engane...


Anissa Morales ( Administrador )


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Hora bem humorada como agora, hora, bem estourada. Às vezes cheia de vontades e manias, imediatista em seus desejos, e ao contrário de muitos outros filhos de Caim ainda é cheia de vida. Sempre procurou não deixar se abalar pelas coisas que aconteciam em sua volta, afinal, a maioria faz parte do ciclo da vida, ainda que algumas pessoas interfiram nelas, outras vezes, fazem partes de jogos e tramas. E ela, onde entra nisso? Bem, prefere não se envolver. Na maior parte do tempo, segue regras chatas, mas sem perceber, quebra-as e se sente feliz por isso. Para Anissa, esta nova vida se resume a isto, ser feliz enquanto se pode, para não chegar literalmente morto-vivo à idade dos anciões, afinal, a não-vida é feita para ser vivida. Como todos os outros vampiros e integrantes da Camarilla de Nova Iorque, ela tem suas missões para cumprir, falhando algumas vezes, até porque, mesmo entre vampiros isso é normal, e obtendo sucesso na maioria mesmo que feitos do seu jeito, e talvez seja por isso que é cotada para ser algoz, entretanto, muito avaliada pois suas tendências levemente anarquistas podem atrapalhar.
Perdas? Todos tem, afinal. Ela apenas não se deixa abalar. Perder pessoas que ama, pessoas de convívio, às vezes perder domínios, perder dinheiro... normal, essas coisas vem e vão. Não que não façam falta, mas ficar a se lamentar não trará tudo isso de volta. Pelos seus anos de existência, há quem ache, principalmente entre os mais velhos, seus pensamentos malucos, entretanto, que pensem, ela não se importa com isso mesmo... 
Mas não se enganem... Ainda há aqueles membros que acreditam que os Brujah são apenas músculos, as buchas de canhões. Anissa, ainda como os poucos idealistas que existem no clã, repudia isso, assim como Dominic, que ensinou a Bryan -seu senhor-, que a ensinou. (quem são eles? Isso fica para outra hora, embora seus nomes ainda soem no clã e por vezes faça correr um frio gélido na espinha dos outros membros quando alguém comenta que ao invés do estado de torpor, Dominic talvez ele seja integrante do Inconnu - aquela coisinha que os anciões contam para manter suas crias na linha- “Você sabe: Melhor se comportar, senão os anciões incompreensíveis do Velho Mundo criarão algum plano secreto contra você.” O pensamento dela vai além disso, embora prefira que realmente subestimem suas qualidades; facilita muitas coisas. Ao contrário do que pensam, ela guarda dentro de si, ainda que não tenha vivido em tal época, os conceitos dos Brujah filósofos e grandes guerreiros, honrados e amados como em Cartago. Busca pensar antes de agir, ainda que em seu sangue corra essa “explosividade” dos irmãos de clã, afinal, não é atoa que está “viva” há tanto tempo. 
Rancores pelos ventrue? Ah, talvez um pouco de ressentimento, mas isso já é outra história, afinal, mesmo tendo prejudicado seu clã em uma época longe dela existir, isso é passado, a sociedade mudou e querendo ou não, aquelas coisinhas cheias de pompas, junto aos toreador e outras pessoas do tipo, esquentam suas cabeças tentando manter a ordem.
Enquanto isso, ela vive sua não-vida entre risos e pessoas, amores e amizades à procura de coisas que burlem dentro de si o crescimento da solidão e indiferença, buscando explorar, a cada segundo, seus sentimentos mais humanos, sejam eles quais forem...


Anissa Morales ( Administrador )


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∞∞ Minha Vida Mortal ∞∞

Eu, Anissa Morales Crowley, nasci em 12 denovembro de 1925, período entre guerras, o país se encontrava em um ponto aparentemente tranquilo. Se bem que não me recordo de muita coisa desse período, eu era apenas uma criança, nascida em família humilde, com dois irmãos Cloud e Marcos e duas irmã Ana e Melissa , na qual Ana morreu aos 3 anos, de alguma doença, dessas que as famílias do interior não tinham condições de tratar.

Em 1º de setembro de 1939 estourava a 2ªGuerra Mudial. Meus irmãos foram convocados para ir ao campo de batalhaem 1941. Minha mãe ficara muito triste e meusirmãos relutantes, mas eles precisavam ir, pois as consequências eram meio severas com os desertores. Eles não queriam ir, mas eu tinha vontade de estar lá.Em 1942, aos 18anos, já entendendomais sobre guerra, decidi, contra a vontade de meus pais, e de casamento arranjado contra minha vontade, ajudar atratar de nossos feridos, então fugi para realizar meus desejos, mesmo tendo noção dos perigos que poderiam me atingir.

Em 1944, fomos enviados à França, num ataquemais conhecido como "OperaçãoOverlord”, confronto naparte da França dominada pelos alemães.

Acho que isso que nuncairei esquecer. Foi uma das coisas que mais marcaram minha vida. Antes da não vida.

Houve um grande bombardeio no início da noite,e o que mais ouvíamos eram aviões sobrevoarem os territórios. Se eram aviões inimigos ou aliados, só saberíamos ao ouvir explodirem as bombas. Ali ajudamos muitas pessoas, mas o mais “marcante”,foi um Capitão, bem acho que era um capitão mesmo, pelo que eu me recordo... (Anissa leva a mão na cabeça, coçando ao pé da orelha com uma cara de dúvida) é que às vezes minha memória falha... as coisas e imagens também somem, é normal... acabamos esquecendo das coisas que acontecem em nossa vida quando ainda somos vivos, mas enfim, o mais marcante foi o corpo de um oficial que um Tenente trouxe até nossa tenda armada em meio a um campo. Era a tenda de socorro alidada mais próxima do local do ataque. Era mais ou menosmeia-noite, ou uma da manhã... isso eu nãoesqueço. Ele pediu para que deixássemos o corpo alique logo viriam outros oficiais em busca delee então se retirou da tendanovamente rumoao conflito.

Deitamos o corpo dooficial em uma maca. Ao seu lado, foram colocados uma submetralhadora e uma espada grande, bem adornada, e com algumas escritas ao pé de sua lâmina.(E eu lá sabia que tipo de espada era... eu tinhaa obrigação de cuidar de feridos, não de ficar tentando definir os tiposde espada, que um doido, em pleno século XX no meio de uma guerra usaria). “Maluco... com tantas armas por aí, essa espada talvez tenha apenas um simbolismo para ele” pensei.E então osoutros se retiraram, e eu fiquei ali observando-o por algum tempo. Era um homem branco, nesse momento (risos) ele já se encontravapálido como qualquer defunto, possuía cabeloslouros, alto, de corpo bem definido, com algumas cicatrizes perceptíveis em meio aquela farda outrora cinza, mas no momento,quase toda coberta de vermelho, marcada pelosangue de nossos inimigos, com uma pequena bandeira do seu paíse algumas condecorações, e medalhas ornando osombros e os bolsos da camisa. Por curiosidade, mexi em sua farda e escondido, pendurado em seu pescoço, junto àplaqueta que o identificava como Bryan Markov por dentro da camisa, encontrava-se um emblema anarquista, de prata, com cerca de 7 centímetros. Eu ficavatentando descobrir porque o levaram para ali,afinal, não era muito comum oficiais irem para aquele lugar, logo à frente de batalha. Mas o que importava para mim, era ele morrera como um herói, lutando pelo seu país.

Cerca de meia horadepois, chegam à nossa tenda, outros oficiais, com características físicassemelhantes, para buscá-lo. Pediram que os deixassem sozinhos para prestar suas homenagens.Eu bem quequeria ficar ali olhando, espiando em um canto secreto, mas outro fato roubou minha atenção. Entrava em nossa tenda outo soldado gravemente ferido, quase à beira da morte e quando me aproximei para ajudá-lo, era um de meus irmãos, o Cloud.Ele olhou para mim e sorriu,então segurei sua mão. Ele levou minha mão até seus lábios e a beijou e ainda com o mesmo sorriso, ele disse “Foi bom vê-la aqui, irmã.” Enquanto eu ouvia suas palavras, meus olhos rapidamente se encobriam de lágrimas, sabendo que aquela seria a ultima vez que ele me veria, e junto àquele sorriso, via sua vida se esvaindo pouco a pouco.

Mais uma vez os oficiaisroubavam minha atenção. Eles passavam ali com seu parceiro carregado nos ombros. Enquanto eu ainda segurava a mão de meu falecido irmão, olhava os oficiais se retirando da nossa barraca.Por um momento, talvez de devaneio, podia ter certeza de ter visto oolhar do guerrilheiro morto, quando sua corrente de símbolo anarquista caiu ao chão e os outros continuavam seguindo sem perceber.

Ainda me lamentando pelomeu irmão, tentava me recompor, afinal, era uma guerra, vidas iam a todo momento. Soltei sua mão e caminhei até o colar, pegando-o e guardando comigo. Achava que o que menos importaria para eles era um colar, ainda mais na situação em que estávamos. Depois, voltei, cobri o corpo de Cloud e me retirei dali por um momento para escrever a meus pais contando do trágico acontecimento. E dizendo que em breve seu corpo seria enviado a eles para sepultá-lo.

Depois,minha vida voltara ao “normal” atendendo aos outrosferidos que ali chegavam.

Após algum tempo decombate, achando que estava tudo tomado e fora de risco, o líder de nosso acampamento foi meio descuidado, baixando a guarda e deixando-nos vuleráveis.Quando, alguns dias depoisdesse descuido, somos alarmados, com o aviso de um iminente ataque ao acampamento. É certo que a maioria ali eram os soldados feridos em guerra, mas quanto menos pessoas pudessem empunhar uma arma, aindaque feridos, para nossos inimigos, eramelhor.Foi então dada a ordem deretirada do acampamento pois as tropas aliadas iriam tomar os postos e cuidar para que não fossemos invadidos. Quando estávamos terminando de retirar nossos feridos, ficando apenas alguns enfermeiros e auxiliares no local, fomos atacados subitamente, pelos alemães. Os carros partiam com os sobreviventes e quem estava ali acabou ficando para trás.

Para a sorte de algunspoucos, tropas russas já estavam a caminho. Era minha esperança de viver. É... mesmo sabendo os riscos que eu corria, eu tinha a esperança de sair viva dali, assim como qualquer pessoa que está em campo de batalha. É certo que eu não lutava diretamente contra nossos inimigos, mas ajudava a tratar de nossos combatentes que algum dia poderiam voltar para a guerra ou para suas casas. Enquanto eu me escondia e pensava no que poderia acontecer aos sobreviventes, minha tenda foi invadida por dois soltados alemães armados, cada um levando consigo, um olhar desesperado e sádico. Saíram dizimando todos os que ali ficaram, e eu, apenas presenciava ali todo aquele massacre, até chegar minha vez. Lá fora já haviam sinais de que nosso socorro chegara, mas para quem estava ali, naquela tenda, era tarde demais, inclusive para mim.

Em pouco tempo, meuolhar se dividia entre um combatente lá fora, que eu podia observar por uma fresta nos panos que cobriam a tenda, e os assassinos ali dentro.

Via o mesmo capitão que eu havia atestado a morte empunhandosua espada, a mesma que eu outrora eu achava ter apenas um valor simbólico, contra muitos inimigos, e junto a eles outros indivíduos, entre eles, os oficiais que foram buscar seu corpo, com a mesma postura e atitudes, partiam em vários pedaços, velozmente e sem qualquer receio, os alemães, que por sinal, também não pareciam tão normais quanto deveriam ser. A todo o momento caíam pedaços de corpos e sangue por todos os lados. Ali sentia realmente o cheiro da guerra, e via o que era ela, e via também algo que poucos olhos vivos puderam contemplar.

Eu os observava lutar.Todos eles pareciam apreciar aquele momento.Eles esboçavam em seus lábios, sorrisos, como se aquilo fosse alguma brincadeira, como se fosse algo que ao terminar, eles se sentariam e ririam juntos, contando como havia sido aquele momento. Mesmo com tantas mortes, tanto sofrimento, eles não paravam. Batiam, atiravam e decepavam sem menor receio, enquanto o chão se cobria com um lago rubro saído daqueles corpos estirados no campo de batalha.



Anissa Morales ( Administrador )

∞∞ O abraço ∞∞

Nãosei como pude pensar que sobreviveria aquela situação. Enquanto eu me atentava para o combate, um dos soldados que vasculhavam a tenda me encontrou, escondida sob alguns panos ecaixas e me arrancou dali, fazendo-me perder a atenção da luta lá fora. Naquele momento, senti medo... e o medoparalisa. Paralisa o olhar, o pensamento, o corpo... Senti um frio percorrer todo meu corpo e ali, em pé, via aqueles que tirariam minha vida. Grande covardia... Dois contra um... FATO, em guerra não existe sexo nem injustiça, existe apenas o combate, aliados e inimigos... apenas isso... Enquanto pensava, ali, sem qualquer reação, via um deles se aproximar com um fuzil na mão. Pensava que era aquele fuzil que tiraria minha vida mas ironicamente, apenas senti uma fina, fria e afiada lâmina percorrer minha garganta, passando pela jugular.

Caí ali ajoelhada, com a mão no pescoço, sentindomeu sangue correndo para fora de meu corpo sem poder fazer nada. Vi muito rapidamente, entrar pela tenda o mesmo defunto que vi daquela vez e ali nos fundos da tendano meio do combate. Os alemãesatiravam contra ele, mas era como se ele ignorasse aquelas balas ou conseguisse desviar-se delas.. Não sei direito, minhas vistas já estavam se embaçando. Ele não os atacou com tiros ou com a espada, mas com os punhos e em questão de segundos e um golpe em cada um, eles estavam no chão. Masele chegara tarde demais. Eu jáestava morrendo... Estava ali, caída no chão,sem praticamente nenhum sangue. Ele tranquilamente pegou uma cadeira e colocou ali na minha frente, sentando-se ao contrário, apoiandoum dos braços no encosto, com a outra mãoapoiava e firmava a ponta da espada no chão e ficavame olhando com um sorriso no rosto, como seestivesse assistindo algum filme ou coisa assim. Que maravilha... A minha ultima visão antes da morte seria um morto-vivo me olhandoe assistindo a minha morte com um sorriso. Umcalafrio percorria meu corpo.

Tudo ali acontecia rapidamente, mas quando seestá abeira da morte, quando você temcerteza de que aquilo é a última coisa que você vai ver, tudo passa tão lentamente. Seu sangue correndo para fora de suas veias, seu coração diminuindo o ritmo, seus pensamentos se esvaindo, sua respiração ficando pesada, descompassada e quase parando... Você procura emcadamúsculo, um pouco de força para se levantar, busca em cada pensamento a vontade de viver e espera desesperadamente que aquilo não seja real. Deseja que o tempo volte, deseja que o sangue continue correndo pelo corpo, deseja poder levantar e andar e... enfim... Não há mais desespero...

Aos poucos fui cerrando os olhos. O corte nãodoía mais...

... Narealidade eu já não sentia mais nada...

...Ou sentia... Uma queimação infernal percorria minha garganta... Umaeuforiatomava meu corpo. Uma fomeinsaciável me corroía o estômago... E eu sentia um aperto no peito que me impedia de levantar.

Abri os olhos. Estavameio escuro e a visão meio embaçada, mas aquela silhueta e em seguida aquele rosto próximo a mim... vi aquele mesmo homem novamente, desta vez, com a mão apoiada em meu peito e com uma garrafa escura e cheia de alguma coisa na mão. Ele despejara o líquido em minha boca, ainda sem me soltar, embora eu fizesse força para isso, mas sem nenhum êxito, e pior, era como se nem fizesse diferença alguma a força que eu aplicava. O líquido tinha um gosto ferroso, e aos poucos eu reconheciaaquele cheiro. O mesmo cheiro que se espalhava no combate e o mesmo cheiro que senti ao cortarem meu pescoço...Era cheiro de sangue... Só que agora mais intenso, e eu estava ali, me saboreando... Após o reconhecimento do cheiro, vinha uma ânsia de vômito, que foi logo contida pela voz grave e imponente do homem, “se vomitar, irá lamber o a bagunça que fez...” . Sinceramente, aquilo era suficiente para não me permitir vomitar, mesmo com aquela náusea irritante. Mas a fome continuava.No canto doquarto, sobre um tapete, estavam os dois soldados que me atacaram, que presenciavam tudo, amarrados e amordaçados e ainda mais assustados do que da primeira vez que eu os vi.

Eu também olhava assustada para o homem, mas sua mão, ainda apoiada em meu peito, me impedia dereagir. Ali, com um frenesi controlado, eu levei a mão no pescoço e não havia mais corte. Ele tirou a mão de cima de mim, fazendo um gesto e mandando-me sentar. “Sua primeira refeição... Aproveite! Não será tão fácil assim conseguir se alimentar das próximas vezes.” O cheiro de sangue exalava dos dois homens com alguns ferimentos. O oficial se aproximava deles e eu, com as pernas meio trêmulas o seguia segurando em uma de suas mãos. Ele soltou minha mão e levantou um dos homens, que se debatia, até cravar suas presas em seu pescoço, logo em seguida, o soldado se aquietou.. Ah... as presas... Passava a língua pelos meus dentes sentindo meus caninos pontudos... Calculando como deveria fazer,o homem fala novamente“Olho por olho, dente por dente... Este é ohomem que tirou sua vida... se alimente...” eu queria rejeitar, mas havia também uma sede de vingança percorrendo meus pensamentos. Nada mais justo, minha vida pela dele...Mas... mais umavez meus pensamentos são substituídos por outros. “Minha vida? Então... Eu...”

Caminhava para a cama,que eu não havia observado estar deitada nelaquando acordei, pensando nessa história de vida. Em meus primeiros passos,escutonovamente a voz do oficial “Sem frescuras... Volte aqui e se alimente. Você precisa disso e não vai conseguir se conter por muito tempo. Ande até aqui e faça o que tem que ser feito.”Foi o quefiz. Ainda com medo, obedeci e segui os passos que eu o observara fazer. Ajoelhei-me na frente do soldado e logo em seguida mordi seu pescoço, sugando-lhe aos poucos, a vida.

Era a melhor sensaçãoque eu experimentava desde que havia partido paraa guerra. Fechei meus olhos sentindo o sanguecorrer pela garganta. Aquilo me acalmava e saciava minha fome. A ânsia de vomitar aos poucos ia embora dando lugar àquele sabor inconfundível. Quando terminei, o oficial me ensinou sobre como manter escondidas as feridas e todo aquele blá blá blá, que todo vampiro aprende nas primeiras vezes em que se alimenta.

“Venha comigo!” Mais uma vez meus pensamentossão interrompidos. “Arrumei uns trajes adequados para você.” Seguindo-o ia pensando e por muitas vezes tinha vontade de fazer-lhe perguntas, mas o medo era maior que a vontade. Mas não foi necessário... Ele mesmo disse... “Bem vinda ao novo mundo. Minha criança. Você não é mais uma humana qualquer, agora você pertence aos cainitas, ou vampiros, se preferir, e é algo que precisa manter escondido, que como você deve ter percebido, ninguém sabe que existe...” enquanto ele falava eu pensava “ele tem um sotaque engraçado... mas... vampiro... então isso existe... Eu não quero ser isso... ou talvez...(havia uma mistura de desespero, satisfação e graça em meus pensamentos que confundiam a si própios) talvez não seja de todo, ruim, afinal, alguns vestidos de seda e alguns colares de diaman...”

- Aqui! Suas roupas. –Haviamos chegado noquarto.

- Calças e botas??????Tenho que me alimentar de sangue e trajarcalças e botas. Pensei que vampiros se vestissem melhor.-Após seu olhar não disse mais nada.

- Eu te dei o melhor presente que vocêpoderia ganhar e ainda reclama por ter que vestir calças e botas???- Enquanto eu ouvia suas palavras soando comaquele sotaque engraçado, creio que ele pensou, nesse momento que me deixar morrer seria a melhor coisa que ele poderia ter feito.- Não me amole. Vista-se, tenho muito o que te ensinar e você, pouco tempo para aprender. Não voltarei mais à guerra, por isso, faça meu tempo valer à pena. –Aquele homem não demonstrava um pingo de delicadeza. Não naquele momento.- Me chamo...

-Bryan Markov. Li a etiqueta de seu nomequando seu corpo chegou até mim.-Seus olhar penetrou fundo no meu e instantaneamente percebi que ele não queria ser interrompido.

-Falando nisso... Devolve... –Ele fazia umsinal com a mão pedindo para eu devolver alguma coisa e eu sabia perfeitamente que ele estava falando de seu colar que estava em meu pescoço, e que não pensei duas vezes antes de tirá-lo e devolver.

Temos que ir também peranteo Príncipe, apresentar o novo membro da família. A propósito, você é uma Brujah, e se você me envergonhar...Hum! – Eu mal o conhecia, mas aquele som emitido era suficiente para entender o que aconteceria.

Bem... existe algumacoisa que eu possa fazer por você? Exceto ver sua família, é claro... Para eles você está morta. Para eles e para o resto do mundo mortal.

Pedi pelo meu outroirmão, para que voltasse para casa, afinal, ele era um capitão, e coisas relacionadas à guerra, pensei que ele pudesse resolver. Sei que depois disso,Marcos retornou para casa, pois “algum bendito” se compadeceu deles e não achava justo que uma mãe perdesse seus 3 filhos para a guerra.

Alguns meses depois, em 1945, a guerra enfim cessava. Eeu continuava meu treinamento e minhas “aulas” sobre vampiros, sobre a Máscara e sobre os Brujah com Bryan.



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