Discussão: DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ”

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ”

Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (10/10/14)

QUANDO JEOVÁ colocou uma canção em minha boca! Foi no final da década de 1950. Eu já havia aprendido algumas canções religiosas, mas nenhuma delas falava da graça inefável revelada em Cristo Jesus e dada aos homens como dom gratuito. Neste tempo ouvi os primeiros pregadores de Boas Novas entoarem algumas novas canções.

Usavam-se muitos corinhos, de duas estrofes no máximo, e que se repetia a fim de gravar bem a mensagem Bíblica inserida na poesia; esta, quase sempre desconhecida das pessoas não familiarizadas com as Escrituras. Um dos primeiros corinhos que aprendi era uma canção que dizia na primeira estrofe: “com Jonas no barco, tudo vai muito mal e continua o temporal”; já na segunda estrofe cantávamos: “Com Cristo no barco, tudo vai muito bem, e passa o temporal”.

Na primeira estrofe lembrava Jonas, designado pregador aos Ninivitas, mas que decidiu fugir, e no porto marítimo de Jope conseguiu passagem para um navio que ia para Tarsis. Procurou um lugar bem discreto e dormiu certo de que fugiria da presença de Deus. O temporal que sobreveio, amedrontando os marujos, fez com que o capitão acordasse Jonas e instasse para que invocasse o seu Deus.

Lançando sortes para descobrir o culpado, é evidente que Deus manipulou as coisas a fim de que a sorte caísse em Jonas. O profeta visto por muitos como desobediente, covarde e tímido; mostrou uma qualidade admirável: Confessou o seu pecado e pediu que fosse lançado ao mar a fim de poupar os outros que nenhuma culpa tinha dele ter sido infiel à sua comissão.

Lançado ao mar, todos conhecemos o desfecho: Jonas é engolido por um grande peixe [baleia para alguns tradutores] e passa três dias e três noites orando até ser vomitado em terra firme. Claro, Deus preparou o peixe e vigiou pela vida de Jonas que, mesmo na desobediência, prefigurou o Messias no seio da terra (Jn 1 e 2; Mt 12:40).

Jonas por fim vai a Nínive, cumpre sua designação, a inteira cidade se arrepende, e a lição do amor de Deus já por quase 30 séculos continua falando aos corações de judeus e cristãos, de que não temos como fugir da presença de Deus. Que bom que Ele nos acha sempre! Como disse Davi: melhor é cair nas mãos do Senhor.

A segunda parte do “corinho” lembra a tempestade no revolto mar, enquanto Jesus dormia tranquilamente. Acordado pelos discípulos temerosos que o barco viesse a pique e perdessem suas vidas, Jesus lhes acalma e adverte: Por que temeis, homens de pouca fé? Isto acontece muito em nossas vidas, nas tempestades que surgem; às vezes Deus parece ausente; mas não dorme nem tosqueneja o guarda de Israel (Sl 121).

Quanta lição Deus nos dá! Seu cuidado amoroso para com seus filhos não muda; mesmo estando na desobediência não os deixa perecer e; ainda que o processo de disciplina seja doloroso, de consequências desesperadoras, como aconteceu com Jonas; contudo, sua confissão o livrou da morte. Deus livra todo crente que toma caminhos que não são os de Deus, mas como Jonas reconhece: Errei! Como disse o salmista: “Um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus (Sl 51:17).

Quando encontramos ao Senhor, Ele nos encheu de cânticos. Foi assim como Moisés, Miriã, Débora e Baraque, Davi; Zacarias, Maria; às vezes um cântico doloroso, uma endecha como foi o cântico de Davi lamentando a morte do rei Saul e seu amigo Jônatas; não importa; as canções do Reino avivam a nossa fé.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (11/10/14)

A DATA DE HOJE ainda é muito lembrada pelos ingleses de fé Protestante. No ano de 1521, o rei católico da Inglaterra, Henrique VIII, publicou um manifesto contra o Reformador Protestante Martinho Lutero; intitulado: “A Defesa dos Sete Sacramentos”.

Na igreja romana os sacramentos são sete: Batismo, Confirmação (Crisma), Eucaristia, Penitência, Unção dos enfermos, Ordem sacerdotal e Matrimônio. Segundo essa crença do batismo ser um sacramento, com o poder de “purificar, salvar”, independente da fé da pessoa, uma graça concedida através do sacerdote; tem sido uma das razões porque se pratica o batismo de bebês; e consideram o casamento indissolúvel, mesmo no caso de infidelidade.

Mas a Reforma Protestante admitiu somente dois sacramentos: O batismo e a Ceia do Senhor. [Os reformadores João Calvino e João Wesley seguiram Lutero neste proceder]. Nossa igreja, ramo do Calvinismo, até a Convenção de 1948 tinha o batismo nas águas e a Ceia do Senhor como sacramentos, mas não consta do doutrinal. Os Batistas, e as igrejas evangélicas em geral não adotam nenhum sacramento; tanto o batismo como a Ceia do Senhor são ordenanças, não tem a graça salvadora em si, portanto devem ser ministrados a adultos, já salvos, como confissão pública.

Nos tempos antigos a palavra “sacramento” referia-se a certa quantia depositada em dinheiro perante o tribunal por duas partes em litígio; e o vencedor da questão tinha sua parte devolvida; enquanto o perdedor tinha sua parte confiscada e era oferecida aos deuses do paganismo; dai surgiu o termo “sacramentado” (acordo firmado). Com o tempo a religião absorveu o termo para “sacramentar” um acordo entre Deus e o fiel; mas a palavra Sacramento, do Latim “Sacramentum”, consagração, tornar sagrado, não existe na Bíblia, sua origem é estranha às Escrituras

Mas Henrique VIII, que gozava grande prestígio junto a “santa Sé”, considerado um príncipe católico, respeitador dos papas, a ponto do cardeal Thomas Wolsey, seu ministro, ambicionar tornar-se papa; então, para agradar Roma Henrique VIII investiu contra o Reformador publicando o manifesto “Em Defesa dos Sete Sacramentos”; isto agradou o papa de tal maneira que o agraciou com o título de “Defensor da fé”.

A situação chega a ser cômica: Henrique VIII insistia particularmente na beleza do sacramento do matrimônio, condenando a “vergonha da luxúria” e exaltando o amor conjugal e a reprodução; mas teve várias esposas e duas delas acabaram com a cabeça na guilhotina; e as coisas começaram a se complicar a partir do ano de 1527.

Casado com Catarina de Aragão, que não lhe dava um herdeiro do sexo masculino, o deixou desolado e pediu o divórcio, que o papa se recusou a conceder. Henrique VIII, então, ignorou a proibição do papa que lhe negava o divórcio e obteve a anulação de seu casamento. Apaixonado por Ana Bolena, e na busca do herdeiro, casou-se em 1532. Catarina teve seus bens confiscados seis meses depois.

E no ano de 1534, apenas 13 anos depois de receber o pomposo título de “Defensor da fé”, Henrique VIII rompe com Roma, separa a Igreja da Inglaterra, passa a ser seu chefe, e de herói da fé, passa a herege, sendo excomungado pelo papa.

Portanto, a Igreja Anglicana embora seja considerada “protestante”, não tem nada a ver com os motivos da Reforma Protestante do século XVI, foi uma disputa e intriga de poder; mesmo assim, ao imprimir e distribuir a Bíblia ao povo comum contribuiu muito para que o povo inglês encontrasse a verdade de Deus; e, Deus levantou grandes homens em meio aos Anglicanos; [Episcopais no Brasil].



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (12/10/14)

O DIA DA CRIANÇA. Uma das datas mais lindas do nosso calendário. É a vida desabrochando; a inocência, a graça e a beleza de uma criança, que a um bom observador passa lições o dia todo e até enquanto dorme. Qual pai e mãe não dá uma olhadinha antes de dormir se está tudo bem, não ajeita as cobertas e às vezes dá um beijinho de boa noite?

Acordando de madrugada, principalmente nas noites de inverno, ou em meio a uma tempestade, os pais vão ao berço ou a cama conferir se está tudo bem; e se a criança teve um pesadelo qualquer, ou se está com medo por algum motivo, a mãe carinhosamente a toma nos braços e a leva para dormir junto, aconchegando, acariciando, dizendo palavras que passem segurança.

Assim é o cuidado amoroso de nosso Pai Celestial até enquanto dormimos; esta era a confiança do salmista no salmo 127. Depois de exortar acerca da fragilidade dos projetos humanos de “construção e segurança”; afirma convicto de que nosso resultado final, nossa segurança e provisões pertencem ao Senhor que trabalha a nosso favor até enquanto dormimos.

O mesmo salmo diz que os filhos são como flechas na mão do guerreiro! Uma comparação muito rica em seu significado. Quem já arremessou uma flecha sabe que não é nada fácil atingir um alvo a longa distância. Que nosso alvo seja uma vida de honestidade, de amor ao próximo, de perdão, sobretudo, que nosso alvo seja Cristo através de nosso apego às Escrituras, e assim, a nossa “flecha” irá atingir o alvo.

Conheço pais tementes a Deus, pessoas de bem, corretas em seu proceder, mas que por algum tempo se frustraram nas expectativas em relação aos filhos; e procuram a resposta aonde erraram; e nem sempre erraram. É apenas uma questão de chamar o filho, a filha, e juntos “mirarem novamente o alvo” e tentar outra vez; até atingi-lo.

Tivemos o privilégio de 6 netos, dois já com títulos acadêmicos; os demais estudando, e o mais importante na história familiar é que prosseguem na adoração do verdadeiro Deus, conservando a fé que herdaram de seus pais e avós, fundamentada nas Escrituras, sendo eles mesmos testemunhas do amor de Deus em Cristo Jesus.

Deus nos agraciou nesta quadra final da vida, com a netinha Talita Rachel, filha do Marcos e Rachel, e tem enchido o nosso coração de alegria. Às vezes surpreende os pais; com seus 18 meses de vida é encontrada de cabecinha curvada agradecendo pela refeição. Claro, não tem o entendimento sobre por que dar graças, mais por ver os pais ou quando nos reunimos em família, vão aprendendo agradecer pelas provisões de nosso Pai Celestial.

Na minha comum Congregação, são poucas as crianças, mas ainda as vejo pelos corredores, um chorinho de vez em quando. A Talita outro dia invadiu o púlpito, tentou acionar os microfones laterais e; como sempre, deve ter provocado os mais conservadores, mas para pais avós e tios, uma graça! Sigamos o conselho de Paulo deixando de ser crianças na capacidade do entendimento; mas crianças sempre; na inocência, no julgar, na capacidade de amar e na humildade (I Co 14:20).

Não conheço as crianças, filhos e netos dos que conosco aqui compartilham; sei apenas do Moisés e da Priscila, filhos da Cleo; mas um beijão carinhoso em todas as crianças; lembrando o amoroso convite de Jesus: “deixai vir a mim os pequeninos”. Que o “Dia da Criança” seja um momento de gratidão e aprendizado.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (13/10/14)

QUE mundo terrível, espero que Jesus venha logo, ninguém presta, há uma hipocrisia generalizada, detesto as vaidades deste mundo, não gosto de festas; detesto política, nem vou cuidar mais do cabelo nem da roupa, e vai por ai. São frases ditas por alguns, facilmente confundidas com espiritualidade.

Mas em muitos casos não passa de um estado depressivo; pessoas frustradas que deixaram de sonhar e projetar, não tem mais horizontes, e essa “espiritualidade” nada mais é que uma fuga. Alguns seguimentos cristãos, em nome da “santidade”, erradamente ensinados que quem mais sofre mais crente é, criaram verdadeiras congregações de depressivos, capaz de enlouquecer qualquer psiquiatra.

De fato, este mundo está cheio de coisas medonhas; a terra anda cheia de violência; tem pessoas que evitam ler páginas policiais, e mudam de canal quando as notícias giram em torno de crimes medonhos que presenciamos um atrás do outro e, pessoas mais sensíveis e impressionáveis, devem evitar mesmo.

A impunidade, as leis cada vez mais permissivas, uma polícia e um judiciário frouxos em sua estrutura e motivação, e sem amparo legal do parlamento, o responsável por criar leis e vigiar pelo seu cumprimento; mas que se passa o tempo todo apurando crimes dos seus pares, e das “autoridades” que usam do poder para vilipendiar o erário público.

Acrescente-se a esse quadro deplorável, os defensores de que um assassino em potencial, desde que tenha 17 anos 11 meses e 29 dias, devem ser tratados como crianças inocentes; alegam que os tais, não sabem o que estão fazendo quando assassinam friamente pessoas de bem, ceifam vidas sem dó nem piedade; e, esses irresponsáveis ainda pousam de “paladinos dos direitos humanos, defensores dos oprimidos”. Não impondo limites bem definidos e meios de recuperar estes jovens; está se fazendo tremendo mal a toda uma geração.

Mas voltando ao tema inicial, não confundamos depressão, letargia, frustração, fanatismo religioso, com espiritualidade. Sejamos pessoas saradas espiritualmente. Quando lemos as Escrituras encontramos na “Folha do Gênesis”, bem no começo da história da humanidade, algumas “manchetes” interessantes:

“Irmão possuído de inveja assassina seu próprio irmão por motivos religiosos; constatou-se que o jovem Caim matou seu irmão Abel porque sua maneira de adorar [a oferta] foi rejeitada, enquanto a de Abel seu irmão foi aceita”.

Ainda na “Folha do Gênesis” lemos que a homossexualidade estava tão exposta, e chegou a tal ponto, que os homens de Sodoma queriam abusar sexualmente dos anjos de bela aparência que eram hóspedes de Ló; um crente justo; não bastasse isso, logo depois, o próprio Ló se deixa embriagar, e se envolve num crime de incesto (Gn 19).

Deus permitiu que tudo isso fosse registrado para que saibamos quão miseráveis somos quando escravos da natureza pecaminosa; o quanto necessitamos da Sua graça, que não somente apaga o passado, mas cria uma nova natureza que pende para fazer a vontade de Deus.

Registrou para que saibamos que o mundo sempre foi assim, só aumentou em razão da própria humanidade ter aumentado; e que nos últimos dias, quando se aproxima a prisão de satanás, sabemos que ele estará agindo com mais ódio; além das noticias chegarem mais depressa até nós.

Mas nada de vida depressiva, negativa, pessimismo, confundindo vida sem objetivo com espiritualidade. Temos tanta coisa para admirar e usufruir neste belo planeta que Deus nos deu como lar; nosso próprio corpo preciosa dádiva do Criador. Somos portadores da gloriosa mensagem da 2ª Vinda quando Jeová entronizará Jesus o Rei de toda a terra; isto nos torna pessoas alegres e felizes.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (14/10/14)

JOQUEBEDE era o seu nome hebraico. Pode não ser um bonito nome em nossa língua portuguesa, mas tem um bonito significado: “Jeová é gloria!”. Ela residia na terra do Egito porque seus antepassados para lá foram por causa da fome que grassara em toda a terra habitada; mas tudo isso estava nos planos de Deus! José, um seu antepassado, chegara ao posto mais elevado da grande potência mundial de então, que era o Egito.

José veio a se tornar o 1º ministro do Egito; e guiado pelo Espírito de Deus, fizera provisões nos sete anos de fartura que antecedera os sete anos de fome. Por seu intermédio, por sua comunhão e intimidade com Deus, salvou os Egípcios e toda a terra habitada da fome e seca que assolara durante sete anos.

Mas os tempos se passaram, o rei morreu, e um novo Faraó subiu ao trono, e facilmente se esqueceu da bênção que fora José e os Israelitas na terra do Egito; e vendo crescerem e se multiplicarem grandemente, e temendo que viessem apoderar-se do Egito, adotou medidas repressivas e trabalho forçado; o que nos faz lembrar a exortação de Jeremias: “Maldito o homem que confia no homem e faz da carne o seu braço” (Jr 17:5).

Havia um decreto do rei ordenando a morte de todos os hebreus recém-nascidos do sexo masculino; é em tais circunstâncias que nasce um varão na casa de Anrão e Joquebede. O terceiro filho da família, que já tinha Miriã e Arão; e o que deveria ser motivo de grande alegria, torna-se, por causa do decreto, em tristeza e grande dor. O que fazer? Ficando com o menino, alguém poderia ficar sabendo, ouvir o choro, denunciar, e o menino ser morto segundo o decreto real.

Mas Joquebede era uma mulher de fé, confiava no seu Deus Jeová; e quando o menino tem 3 meses de idade, o esconde numa arca de papiro entre os juncos à margem do rio Nilo. Mas Deus que não dorme nem tosqueneja, e em sua presciência sabia quão especial o menino seria na obra de redenção da humanidade; e faz com que a filha do Faraó o encontre e se afeiçoe ao menino, adotando-o, daí seu nome Moisés: salvo, ou, tirado das águas!

E Deus arranja as coisas de tal modo que a própria Joquebede se torna sua ama de leite, sendo Moisés criado num lar Israelita, e sua mãe ainda recebendo salário para criar seu próprio filho. Mas Deus precisava deste menino instruído, e então, é levado para a Corte e instruído como príncipe da casa real, em todas as letras e artes militares. Torna-se mais tarde o maior homem de toda a história (única exceção é Jesus); sendo usado poderosamente como libertador do povo de Deus; e com isso prefigurando a Cristo, o Moisés Maior, ungido de Deus.

As coisas não aconteceram por acaso. Joquebede agiu com fé em Deus. Uma fé que dependia unicamente de sua confiança em Deus baseada nas informações orais que recebera sobre as promessas de Deus para com o seu povo; pois foi Moisés que 80 anos depois deu início a escrita do Sagrado Livro que temos hoje, e que nos mostra como Deus agiu no passado e o que fará num futuro próximo; isso deve alimentar a nossa fé no Deus do impossível. Deve aumentar a nossa confiança em tempos de adversidade. Ele cuida do resultado final de nossas vidas.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (15/10/14)

DIA 15 de outubro: “Dia do Professor”. Nossas sinceras homenagens a esta abnegada classe de mestres aos quais tanto devemos. Sua árdua tarefa é formar o cidadão de amanhã. O professor (a) é capaz de influir o aluno para o bem, plantar princípios e boas normas de conduta, despertar e alimentar sonhos, que o acompanharão durante o resto de suas vidas.

Quantos hoje mestres e doutores, alguns cientistas, outros envolvidos em grandes projetos nas diversas áreas; mas não se esquecem da professora lá do começo de suas vidas, das primeiras letras; tão marcante foi este começo. Nossa homenagem aos ativos e aposentados. Muitos destes, (as) fizeram de sua jornada um verdadeiro ministério, por estradas poeirentas, lecionando em classes mistas; imaginem! Ensinar 3 séries numa só classe, era assim em muitos grotões deste Brasil.

Jesus Cristo exerceu muitos ministérios, mas o que mais influenciou multidões foi o de Professor, ou Mestre. Conseguia passar grandes lições, que ainda influencia a geração do século 21, em classes tão mistas, tanto em faixas etárias quanto ao nível social ou cultural, impossível a qualquer um de nós. Montava verdadeiros “laboratórios” no deserto, ou em praias; usando da botânica, da zoologia, meteorologia, arquitetura, economia, da política e da religião; aplicando o ensino da Palavra de Deus.

Eram aulas práticas que visava instruir seus discípulos e passar às multidões o projeto do novo Reino a ser implantado: Primeiro no coração do crente; depois, como proclamadores anunciar seu Governo de forma literal a concretizar-se durante o Milênio; mil anos de paz quando Ele, juntamente com sua congregação de salvos estará restaurando a terra danificada por predadores de toda ordem; acerca deste tempo, o apocalipse proclama: Chegou o tempo de destruíres os que destroem a terra (Ap 11:18).

Mas quão tolo é ver em Jesus apenas um Mestre! Sua missão foi ensinar a Palavra de Deus, pois a libertação duradoura, que ninguém consegue demover do coração do crente, é o conhecimento: Conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará pessoas livres (Jo 8:32). Mas Ele foi Médico de almas, e curou muitas enfermidades físicas; livrou a muitos da opressão religiosa e demoníaca; da culpa que fragiliza a pessoa; que seca os ossos.

Foi Legislador de uma versão atualizada de antigas leis que caducaram, ou que se adequavam ao povo de Israel, mas agora direcionada a pessoas de todas as nações. Reescreveu a Nova “Constituição” que pode ser resumida em dois itens: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento; e ao teu próximo como a ti mesmo”; nisto se encerra toda a lei e os profetas (Mt 22:34-40).

Como Advogado, um de seus ministérios gloriosos, Ele consegue junto a Deus a prescrição da pena de todos os pecadores que “recorrem” da sentença; e, como obras e méritos humanos não podem justificá-los; Deus concede o “indulto”, baseado na justiça de Jesus; isto é graça (favor imerecido).

Os Kardecistas, Hinduístas, Budistas, filósofos, e todos que se esforçam (empregam meios humanos) para conquistar a salvação, tem em Jesus apenas um Grande Mestre. Para estes, Jesus não veio salvar, não consumou a obra de redenção, apenas ensinou como adquiri-la, e então, empregam esforços humanos, como pensava aquele mancebo fiel cumpridor da lei:

Bom Mestre que farei para herdar a vida eterna? O jovem não aprendeu a lição principal, pois não há nada a fazer senão aceita-la como dom gratuito (Rm 6:23). Por isso Jesus é mais do que Mestre: É Senhor e Salvador.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (16/10/14)

A CIDADE de Fortaleza, estado do Ceará, lembra nesta data a morte de um de seus grandes musicistas; compositor, pianista, organista e regente brasileiro: Alberto Nepomuceno, falecido nesta data no ano de 1920 aos 56 anos de idade. Considerado o “pai” do nacionalismo na música erudita; ruas, avenidas e conservatórios musicais por todo o país, levam o seu nome, tributando-lhe homenagem e perpetuando seu feito na história nacional.

Nasceu num ambiente aonde se respirava a música. Seu pai era violinista, professor, mestre de banda e organista da catedral de Fortaleza; criado nessa atmosfera musical o jovem foi influenciado a seguir a carreira do pai e estudar a musica, com o qual aprendera as primeiras notas musicais; mas foi mudando para a Recife/PE que começou a estudar regularmente piano e violino.

Mas a vida lhe reservou algumas surpresas: Com a morte do pai, e sendo o responsável pelo sustento da mãe e irmã, ele foi trabalhar numa tipografia; interrompendo assim, os estudos no curso de humanidades; mas apesar do pouco tempo que lhe sobrava, não negligenciou os estudos musicais, tendo aulas com o maestro Euclides Fonseca, tornando-se o grande músico e defensor ardoroso da musica nacional erudita.

Manteve estreita amizade com alunos e mestres da faculdade de Direito do Recife, onde fervilhavam ideias e análises sociais de vanguarda. Os conflitos políticos também estavam em evidência e Nepomuceno abraçou a causa republicana e abolicionista; e com isso, teve seu pedido de custeio para estudar na Europa indeferido pelo governo imperial.

São exemplos a uma juventude que, tendo hoje enormes oportunidades, às vezes leva uma vida sem sentido, sem objetivos. Interessante que Nepomuceno na noite que antecedeu sua morte, morreu pela manhã, passou a noite toda cantando em latim o hino “Gloria a Deus nas alturas”. Não sei detalhes de como uma pessoa possa cantar a noite toda e morrer pela manhã, mas foi o que aconteceu.

Como Nepomuceno esteve envolvido com as teses evolucionistas de Charles Darwin que fervilhavam no meio acadêmico, e tinha como objetivo desacreditar o Sagrado Livro, suscitando dúvidas em algumas de suas afirmações; muito mais pelas interpretações errôneas que os religionistas davam do que o texto Bíblico em si; é difícil saber em que, ou em quem, Nepomuceno confiou sua vida ao transpor os umbrais da eternidade, e isto me fez lembrar um belo hino do Cantor Cristão:

“O chorar não salva! Mesmo o lagrimar sem fim. Jamais mancha e carmesim poderá lavar em mim; o chorar não salva! Obras não me salvam! Meus esforços sem cessar; não me podem transformar, nem meus males expiar; Obras não me salvam! Orações não salvam! Apesar do seu fervor, Petições não tem valor Pra salvar o pecador; Orações não salvam!”

“É Jesus quem salva! Ele a obra consumou, Meus pecados expiou, com seu sangue me lavou; É Jesus quem salva! Foi Jesus que padeceu. Sobre a cruz por mim morreu; Por seu sangue que verteu. Pôde assim salvar-me!”. Um hino que expressa de maneira clara a obra de redenção.

Logo que fui batizado cantava muito esse hino; ganhei um LP do meu ancião, na voz do pastor Feliciano Amaral, cognominado a “voz de rouxinol” [até 2010 ele residia no recife, pertencia a Igreja Batista da Capunga]. Hinos que ajudaram a fixar na minha mente e coração a mensagem do calvário que dispensa qualquer tipo de sacrifício ou penitência; não precisamos viver ansiosos [angustiados] para ser aceitos: basta crer, aceitar e agradecer; e procurar viver uma vida que corresponda a tão grande amor.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (17/10/14)

A LINGUAGEM, expressões, modo de falar, os conceitos emitidos; geralmente em questões de minutos indica a nacionalidade, região que a pessoa nasceu ou vive e; sua religiosidade também é facilmente identificada. Foi o que aconteceu com Pedro que tentando de todo modo esquivar-se de ter conhecido a Jesus, negando vergonhosamente qualquer relação com o Mestre, e isso se repetiu por 3 vezes conforme Jesus havia predito que aconteceria antes que o galo cantasse; mas duas criadas e outras pessoas, deixaram-no sem saída: “a tua fala te denuncia” (Mt 26:69-75).

Esta passagem sobre o “canto do galo” merece um comentário à parte: Mateus fala que “antes que o galo cante, três vezes me negarás” (Mt 26:75); não havendo vírgula na escrita original da Bíblia alguns colocaram virgula de modo errado: “antes que o galo cante três vezes, me negarás.

O evangelista Marcos relata de maneira diferente: “antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás” (Mc 14:72); enquanto Lucas menciona, “antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes” (Lc 22:61); e João menciona apenas que após Pedro ter negado a Jesus, “o galo cantou” (Jo 18:27).

As aparentes discrepâncias nas narrações devem ser atribuídas ao fato de que um escritor fornece um relato mais pormenorizado do que os outros; mas os três estão concordes que Pedro caiu em si assim quando o galo cantou, e antes que cantasse uma segunda vez.

Pedro, além de negar e mentir fez juramentos, o que dá a entender que apelou para que Deus testemunhasse algo que não era verdade. Isto deve ter causado impressão negativa na Igreja Primitiva, pois Pedro era uma das colunas da Igreja; mas o registro foi feito como testemunho tanto da fraqueza humana quanto da grandeza da misericórdia de Deus.

Pois bem, nosso tema inicial é identificar a pessoa pela sua fala. Em terras católicas até os protestantes às vezes acabam assimilando a linguagem religiosa ao se referir a alguém que mostra “santidade” só na aparência, usando o jargão “santo do pau oco”; expressão surgida no período colonial quando, para driblar a cobrança do “quinto” (20% de impostos para a coroa); os sonegadores, e até os escravos, escondiam o ouro nas imagens [santos] esculpidas em madeira oca. Também contrabandeavam ouro e pedra, pois os fiscais temiam “abrir o santo” para verificar.

Para os de fé evangélica existem expressões apropriadas ao se referir a alguém nessas condições, e assim, evitar o linguajar religioso. Outra expressão muito usada é “santo de casa não faz milagre”; existe uma expressão Bíblica em lugar desta: “nenhum profeta tem honra em sua pátria” (Mt 13:57).

“Bode expiatório” é uma expressão que tem origem Bíblica, ligada ao “Dia da Expiação”, ou “Yon Kippur” (dia do perdão), quando dois bodes eram levados ao sacerdote no templo em Jerusalém e escolhido em sorteio, um era oferecido em holocausto, e o outro animal livrado do sacrifício, o sacerdote impunha as mãos sobre a sua cabeça e confessava todas as culpas de Israel, que depois era solto no deserto (Lv 16).

Mas no século XV a expressão foi ligada a um caso escabroso de uma mulher que adquiriu um pato cujo pagamento seria em troca de favores sexuais; e o homem não satisfeito com o pagamento, o caso acabou chegando ao conhecimento do marido, que então, literalmente “pagou o pato”; dai, foi o “bode expiatório”. Em algumas comunidades evangélicas também existe linguajar religioso e pernicioso; assim como crentes de linguagem torpe, poluída. A nossa fala identifica quem somos.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (18/10/14)

O DIA DO MÉDICO. Graças a esses abnegados profissionais somos “aliviados de nossas dores”; humanos e limitados, mas trabalham no sentido de melhorar, dar vida saudável a este maravilhoso corpo; complexo, medonho e belo ao mesmo tempo; que o Criador fez com suas próprias mãos, mas foi danificado e deformado pelo pecado.

Fui batizado nas águas quando os “pentecostais” vindos dos EUA completavam 50 anos nas Américas, e nesse tempo as nascentes igrejas pentecostais faziam pouco da medicina. Não declaravam publicamente ser contra, mas as pregações “inspiradas” (não sei aonde) insinuavam que recorrer à medicina era coisa de crente carnal, sem fé; e assim, pessoas evitavam ir ao médico; algumas, depois de medicadas, lançavam os remédios fora porque uma pregação qualquer sugeria isso; ninguém queria passar por crente fraco, desobediente, e de pouca fé.

Assisti cenas deprimentes, de crentes que em sua simplicidade pediam orações ao baixar a um hospital ou passar por uma cirurgia. Lembro-me de uma pobre irmã que foi humilhada em razão disso. O ancião disse de público que já que não teve fé, não envolva a igreja. Foi muito triste; mas ele faleceu assistido por médicos.

Em parte era a infantilidade da fé; conforme diz Paulo, que os crentes às vezes agem como meninos no entendimento, e recomenda que sejam adultos no entendimento; conservem a meninice apenas na malícia (I Co 14:20). Uma fé racional, não baseada em emoções, mas bem fundamentada.

Mas tinha também fanáticos, por que negar isso? Médico era para os outros pobres mortais, não para estes, que orgulhosamente ostentavam uma santidade capaz de conquistar milagres e; como sabemos, o orgulho é péssimo companheiro do crente. Hoje esse conceito mudou totalmente, na prática e no ensino; continuamos crendo no mesmo Senhor que opera maravilhas, mas entendendo no contexto geral das Escrituras que não é aqui nem agora que Ele vai acabar com todas as nossas dores e enxugar todas as nossas lágrimas.

O Senhor Jesus curou a muitos e até ressuscitou a mortos; a escrita da Bíblia não estava completa e as curas, línguas e operação de maravilhas, eram sinais da presença de Deus no Novo Pacto. Deus continua operando maravilhas; mas ontem e hoje são sinais, não regras, e visam atrair às pessoas à Cristo, caminho, verdade e vida.

Embora hoje esteja cheio de “marqueteiros de Jesus”, não muito diferente dos “marqueteiros políticos”, fazendo propaganda de curas e milagres; e cobrando “pedágio” para as pessoas terem acesso a Ele; contudo, Jesus quando curava; às vezes pedia que a ninguém contasse; orientava quanto à oferta segundo a Lei; e advertia: vai e não peques para que não te suceda coisa pior.

Quando os 70 discípulos voltaram maravilhados porque até os demônios lhes sujeitavam, Jesus disse: Alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus. Jesus quer que os pecadores sejam atraídos à sua mensagem de redenção, e não a curas e milagres, estas passam e não trazem salvação consigo. Jesus mencionou duas cidades, Corazim e Betsaida, que receberam muitos milagres, contudo, não foram salvas (Lc 10:13, 14, 17-21) .

A fé que opera milagres nasce na pessoa mediante as informações que recebe sobre o poder de Deus. Diferente da fé que é dom de Deus (Ef 2:8, 9); dada ao crente quando ele mostra inclinação em ouvir as verdades de Deus; independente de receber milagres.“Jeová afofa a cama do enfermo” Sl 41:3); isto quer dizer que nem a todos cura; mas alivia as suas dores; e nisto os médicos são auxiliares do Médico divino.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (19/10/14)

GANDHI tem sido um dos homens mais admirados ao redor da terra; até mesmo cristãos professos costumam se “apaixonar” pela filosofia de Gandhi e decorar e recitar muitos dos seus provérbios. Sem dúvida, muitos deles são práticos e fornecem boas lições para a vida, mas não podemos nos descuidar que estão cheios de filosofias que acreditam na reencarnação e negam a fé em Cristo como Salvador único. São cristãos que preferem a “bijuteria” barata, quando tem o fino ouro dado por Deus.

Gandhi permaneceu hindu até o fim de sua vida, e tinha a Cristo como uma das encarnações de Deus, não como o Filho de Deus encarnado. Nunca deu o passo final para se tornar cristão. Tem percorrido o mundo uma declaração justificando porque Gandhi não se tornou cristão, uma autobiografia que foi publicada na Índia, Gandhi disse que em seus dias de estudante impressionou-se muito ao ler os evangelhos e pensou seriamente em se batizar e ser membro de uma igreja cristã. Pensava que o cristianismo era a solução para os preconceitos raciais e as diferenças de casta que afetam a Índia e a África do Sul.

Em um domingo pela manhã, conta-se que Gandhi foi a uma igreja que ficava próxima com o propósito de falar com o pastor ao final do culto para se tornar cristão; mas quando entrou no templo a comissão de recepção negou-se a oferecer-lhe assento e lhe assegurou que fosse a uma igreja de negros. Gandhi saiu daquele templo para nunca mais voltar, e pensou: “Se os cristãos também têm diferenças de classe, permanecerei sendo hindu e dali, atacarei o mal”.

Claro que temos a nossa responsabilidade, e temos de reconhecer que a história do cristianismo, entenda-se “cristandade” não tem sido das mais bonitas; capazes de discriminar e rotular até os de sua própria fé, só por causa de algumas diferenças; mas estes não vivem o evangelho ensinado por Jesus e Gandhi teve a infelicidade de parar num desses seguimentos. Falam de amor, mas deixam de amar os que pensam diferentes, bem ao contrário do ensino de Jesus: “Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem” Mt 5:43-45).

Jesus deu o exemplo quando foi conversar amorosamente coma mulher samaritana de uma seita dissidente do povo de Israel; e viu nela mais valores que em muitos de sua congregação (Jo 4). Não podemos esquecer a advertência de Jesus sobre os escândalos: “qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha (pedra de moinho), e se submergisse na profundeza do mar." (Mateus 18:6).

Mas quanto a Gandhi; embora tenha passado por essa experiência desastrosa, e embora tenha passado para a história como um “deus”, tendo milhões de seguidores e admiradores em toda a terra, na verdade foi o orgulho que o afastou de conhecer a Cristo; e tentou construir a sua própria salvação, com uma vida monástica e de pobreza, crendo numa purificação através de reencarnações; quando ao homem está destinado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo (Hb 9:27). A filosofia de Gandhi colide com os ensinos de Jesus, embora possa parecer semelhantes, como é o joio do trigo; se for cristão não a dissemine.



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