Discussão: Repeat yesterday's mistakes

Repeat yesterday's mistakes

Elena Gilbert ( Administrador )

Vendo a porta bater, me afundo mais na cama. Estou confuso e completamente excitado, essa mulher me beija e me provoca e depois vai embora e me deixa assim, saindo do nada. Levanto me arrastando e vou para o banheiro, preciso de um banho e de preferência, frio. Não entendi o porquê de ela ter me beijado, confesso que esperava que demoraria mais. Não que eu esteja recusando, porque eu estava mesmo com vontade de beija-la, mas ela me confunde. Me traí, esconde meu filho e agora isso?

Termino o meu banho e saio mais relaxado, mas ainda com vontade de transar com ela. Coloquei uma roupa qualquer e deitei em minha cama. Hoje finalmente era o meu dia de folga, as filmagens para o filme irão começar semana que vem e é aí que me lembro do meu filho, porra.

O que você quer, seu filho da puta? – A voz irritada de Matt preenche os meus ouvidos.

As filmagens do filme irão começar semana que vem – falo nervoso.

E daí? – disse desinteressado e isso só me irrita mais.

E daí que agora eu tenho um filho, caralho.

– Puta merda – falou caindo na real.

– O que eu vou fazer?

– Você não disse que ia chamar ela para ir aí no seu quarto para conversarem?

– E eu chamei, mas as coisas não saíram como eu planejei.

– Pelo seu tom de voz, já sei que fez merda, né – riu alto.

– Antes fosse – revirei os olhos – quase transei com ela – falei e escutei o barulho de algo caindo no chão.

– O que? – gritou – como assim?

– Ela me beijou, cara. Quando fui ver, já estava com ela em cima de mim rebolando no meu pa...

– Certo, certo. Já entendi – falou me cortando – mas não rolou nada?

– Não, o telefone dela tocou e ela saiu praticamente correndo do quarto – falei bravo.

– Puta merda, Somerhalder. Eu disse que você ainda era doidinho por essa mulher – riu.

– Ah, vai se foder. Eu te ligo porque preciso resolver essa situação e você vem falar merda? – me estressei.

– Vou ir aí no seu quarto, espera um pouco.

Ele encerrou a chamada e suspirei, totalmente nervoso. Fui até minha mala e peguei um baseado, precisava relaxar depois disso tudo. Acendi e traguei, soprando a fumaça. Liguei para a recepção e pedi algo para comer.

– Já está fumando de novo? – Matt disse entrando no meu quarto – dá para sentir o cheiro lá de fora.

– Depois desse dia de merda, só fumando para me relaxar – falei e estendi o baseado para ele, que aceitou.

– A gata te deixou na vontade mesmo, né – riu e eu mostrei o dedo para ele. Maldita hora que fui contar para ele.

– Deixou, mas para ser sincero, eu não entendi nada.

– Ela só teve a iniciativa de fazer o que vocês dois queriam, não vejo nada de errado nisso – ele deu de ombros.

– Não estou reclamando, porque eu também queria, senão não teria nem retribuído o beijo. A questão é que ela me traiu, fez aquela cena toda e agora me beija?

Ele revirou os olhos e bufou – Sua cara já foi ao chão depois desse teste ridículo que você submeteu seu filho a fazer, ainda acredita mesmo nessa história de traição?

– Estamos falando da minha mãe aqui, ela não mentiria para mim – rosnei.

– Sua mãe nunca foi fã dela, você já falou isso várias vezes. Aposto que se ela soubesse que a Nina estava grávida naquela época, ela iria esconder isso de você até a morte.

Mas é claro que não, minha mãe não é essa bruxa que todos falam. E agora que esse assunto tocou no nome dela, como eu vou contar que tenho um filho de seis anos? Eu estou todo fodido.

– Acho que seria bom você conversar – frisou – com a Nina. Você precisa conhecer seu filho, os gostos dele e, principalmente, dar um jeito em como as coisas irão ficar. Você mora em Nova Iorque, Ian.

– Eu sei, eu sei. Vou conversar com ela, sim!

Logo o serviço de quarto chegou e ficamos comendo e conversando. Minha vida deu uma reviravolta total, ainda não acredito que eu, logo eu, tenho um filho. É demais para assimilar.

[...]

Bom dia, tenho alguns compromissos na parte da manhã, mas realmente preciso conversar com você.

Enviei a mensagem para ela e calcei meus sapatos. Tinha algumas provas de roupa para fazer hoje e precisava ir até o escritório de meu advogado. Ele estava calculando a pensão alimentícia e todas essas coisas.

Hoje eu estou no turno da manhã, podemos nos encontrar à noite!

Por mim tudo bem. Onde vamos nos encontrar?

Pode ser aqui no meu apartamento.

Às 20:00, então?

Ela apenas visualizou e mandou um emoji de uma mãozinha fazendo joia. Entrei em sua foto de perfil e lá estava ela com o nosso filho sorrindo, céus...



Elena Gilbert ( Administrador )

Vendo a porta bater, me afundo mais na cama. Estou confuso e completamente excitado, essa mulher me beija e me provoca e depois vai embora e me deixa assim, saindo do nada. Levanto me arrastando e vou para o banheiro, preciso de um banho e de preferência, frio. Não entendi o porquê de ela ter me beijado, confesso que esperava que demoraria mais. Não que eu esteja recusando, porque eu estava mesmo com vontade de beija-la, mas ela me confunde. Me traí, esconde meu filho e agora isso?

Termino o meu banho e saio mais relaxado, mas ainda com vontade de transar com ela. Coloquei uma roupa qualquer e deitei em minha cama. Hoje finalmente era o meu dia de folga, as filmagens para o filme irão começar semana que vem e é aí que me lembro do meu filho, porra.

O que você quer, seu filho da puta? – A voz irritada de Matt preenche os meus ouvidos.

As filmagens do filme irão começar semana que vem – falo nervoso.

E daí? – disse desinteressado e isso só me irrita mais.

E daí que agora eu tenho um filho, caralho.

– Puta merda – falou caindo na real.

O que eu vou fazer?

Você não disse que ia chamar ela para ir aí no seu quarto para conversarem?

– E eu chamei, mas as coisas não saíram como eu planejei.

Pelo seu tom de voz, já sei que fez merda, né – riu alto.

Antes fosse – revirei os olhos – quase transei com ela – falei e escutei o barulho de algo caindo no chão.

O que? – gritou – como assim?

Ela me beijou, cara. Quando fui ver, já estava com ela em cima de mim rebolando no meu pa...

Certo, certo. Já entendi – falou me cortando – mas não rolou nada?

Não, o telefone dela tocou e ela saiu praticamente correndo do quarto – falei bravo.

Puta merda, Somerhalder. Eu disse que você ainda era doidinho por essa mulher – riu.

Ah, vai se foder. Eu te ligo porque preciso resolver essa situação e você vem falar merda? – me estressei.

Vou ir aí no seu quarto, espera um pouco.

Ele encerrou a chamada e suspirei, totalmente nervoso. Fui até minha mala e peguei um baseado, precisava relaxar depois disso tudo. Acendi e traguei, soprando a fumaça para longe. Liguei para a recepção e pedi algo para comer.

– Já está fumando de novo? – Matt disse entrando no meu quarto – dá para sentir o cheiro lá de fora.

– Depois desse dia de merda, só fumando para me relaxar – falei e estendi o baseado para ele, que aceitou.

– A gata te deixou na vontade mesmo, né – riu e eu mostrei o dedo para ele. Maldita hora que fui contar para ele.

– Deixou, mas para ser sincero, eu não entendi nada.

– Ela só teve a iniciativa de fazer o que vocês dois queriam, não vejo nada de errado nisso – ele deu de ombros.

– Não estou reclamando, porque eu também queria, senão não teria nem retribuído o beijo. A questão é que ela me traiu, fez aquela cena toda e agora me beija?

Ele revirou os olhos e bufou – Sua cara já foi ao chão depois desse teste ridículo que você submeteu seu filho a fazer, ainda acredita mesmo nessa história de traição?

– Estamos falando da minha mãe aqui, ela não mentiria para mim – rosnei.

– Sua mãe nunca foi fã dela, você já falou isso várias vezes. Aposto que se ela soubesse que a Nina estava grávida naquela época, ela iria esconder isso de você até a morte.

Mas é claro que não, minha mãe não é essa bruxa que todos falam. E agora que esse assunto tocou no nome dela, como eu vou contar que tenho um filho de seis anos? Eu estou todo fodido.

– Acho que seria bom você conversar – frisou – com a Nina. Você precisa conhecer seu filho, os gostos dele e, principalmente, dar um jeito em como as coisas irão ficar. Você mora em Nova Iorque, Ian.

– Eu sei, eu sei. Vou conversar com ela, sim!

Logo o serviço de quarto chegou e ficamos comendo e conversando. Minha vida deu uma reviravolta total, ainda não acredito que eu, logo eu, tenho um filho. É demais para assimilar.

[...]

Bom dia, tenho alguns compromissos na parte da manhã, mas realmente preciso conversar com você.

Enviei a mensagem para ela e calcei meus sapatos. Tinha algumas provas de roupa para fazer hoje e precisava ir até o escritório de meu advogado. Ele estava calculando a pensão alimentícia e todas essas coisas.

Hoje eu estou no turno da manhã, podemos nos encontrar à noite!

Por mim tudo bem. Onde vamos nos encontrar?

Pode ser aqui no meu apartamento.

Às 20:00, então?

Ela apenas visualizou e mandou um emoji de uma mãozinha fazendo joia. Entrei em sua foto de perfil e lá estava ela com o nosso filho sorrindo, céus... Ainda estou tentando assimilar a ideia de que eu sou pai, é tão estranho pensar que até algumas semanas atrás eu só era o Ian, solteiro, descompromissado e agora eu sou pai, puta que pariu.

Tomei o café da manhã com Matt e Paul e logo fomos para o atelier da Jhon Jhon. A manhã passou relativamente rápida, eu teria algumas fotos para fazer e o ensaio para o comercial, mas ficaria para o final de semana. Chegamos no escritório de meu advogado e ele me passou uma pasta enorme.

– Eu fiz os cálculos em cima de 30 por cento do que você ganha, senhor Somerhalder. Mas tenha em mente de que esse valor pode ser abaixado dependendo do juiz ou até aumentado, caso você queira e tenha condições. – Ele me explicou.

– Certo – analisei os papéis em minha frente – e qual é o valor?

– O senhor me pediu para fazer os cálculos desde quando a sua ex-companheira estava gerando-o até o presente momento, aqui está o valor – Ele me pediu os papéis de volta e circulou com uma caneta o valor exato.

Ele continuou me explicando alguns pontos e eu saí de lá com a pasta em mãos para entregar a Nina, senti meu celular vibrando e era uma mensagem sua.

Já estou em casa, se quiser vir até aqui agora, por mim tudo bem!

Okay.

Enviei a mensagem e entrei em meu carro seguindo até o seu apartamento. Estacionei o carro e logo estava de frente à sua porta. Bati e segundos depois, lá estava ela.

– Oi – ela disse sem jeito e eu sorri de lado, ainda me lembrando de tê-la rebolando em meu colo.

– Oi – respondi e ela me apontou o sofá para eu sentar.

– Você quer tomar alguma coisa? Uma água, refrigerante, cerve...

– Não, obrigado. Estou bem assim! – falei e ela assentiu – preciso mesmo conversar com você.

– Sou toda ouvidos – Ela sentou-se ao meu lado e eu entreguei a pasta em suas mãos.

– Fui até o escritório de meu advogado esta tarde e pedi para ele calcular o valor da pensão de Andrew – ela me olhou e assentiu para que eu continuasse enquanto analisava os papéis – Ele fez o cálculo previsto por lei, mas eu tenho condições de pagar mais e eu quero.

– Ian, meu deus – exclamou chocada – Isso é muito dinheiro, não posso aceitar isso.

– Nina...

– Não, Ian – ela me interrompeu, brava – Andrew nunca precisou disso, conseguimos viver bem até aqui, não vai ser agora que isso vai mudar. É muito dinheiro!

– É o dinheiro que deve ser dele por direito, Nikolina.

– Direito? Esse valor ultrapassa qualquer direito!

– Eu gasto esse valor em uma noite com bebidas e mulheres, nada mais justo do que eu poder gastar com o meu filho – falei e é verdade, esse valor não era nada comparado ao que eu gastava.

– O quê? Você está mesmo me dizendo isso?

– Eu só falei a verdade!

– Vai se foder, Ian. Você acha que pode vim aqui e jogar essa bomba para cima de mim e esperar que eu aceite essa merda? Eu nunca quis o seu dinheiro, porra! – ela gritou comigo, a face corada pela raiva.

– Sei disso – dei de ombros – Mas, quero que entenda que agora eu vou fazer parte da vida dele e eu sou um cara rico, Nina. Você já deveria estar acostumada, afinal, isso não costumava ser problema para você, já que os seus pais são mais ricos do que eu sou agora.

E é verdade, a família de Nina é uma das famílias mais ricas dos Estados Unidos inteiro, não sei o que houve com ela para chegar a essa situação e sinceramente, a cada dia que passa estou mais curioso sobre isso.

– Meus pais – riu alto – Quero que eles e o dinheiro deles se explodam. Eu não sou rica e estou muito longe de ser – frisou – não quero esse dinheiro e Andrew certamente não precisa dessa quantia toda!

– Bom, você vai ter que aceitar, está na lei – sorri falso e ela bufou.

– Ian... – ela começou a relutar, mas eu a interrompi novamente.

– Olha, eu sei que acusei você de interesseira e coisa e tal – revirei os olhos – mas, quero que saiba que esse valor não é nada para mim, Nikolina. Eu tenho condições de ajudar com mais e eu quero. Irei fazer parte da vida dele agora e quero que ele tenho o mesmo bem estar que eu, eu quero e posso proporcionar isso a ele.

– Não sei, Ian. Isso é muito dinheiro – falou e sua voz estava embargada.

– Você não quer aceitar, eu entendo. Mas, quero que pense nele, em Andrew. Esse dinheiro pode ficar em uma poupança com o nome dele, mas quero que você use, ele merece isso, Nikolina.

Ela permaneceu quieta e encarou os papéis em suas mãos – Eu preciso pensar e analisar isso com calma antes de decidir qualquer coisa.

– E tem outra coisa – comecei e ela me olhou confusa – Eu moro em Nova Iorque.

– E o que isso quer dizer?

– É exatamente por isso que precisamos conversar com calma.

– Você não está sugerindo que quer levar o meu filho para lá, né? – perguntou brava.

– Claro que não, cacete Nina, você sempre espera o pior de mim? – revirei os olhos – estou dizendo que, eu moro em Nova Iorque e precisarei voltar para lá daqui há alguns dias, mas eu realmente quero me aproximar de Andrew.

– E então...?

– Eu irei comprar uma casa aqui em Los Angeles, mas eu realmente gostaria que vocês fossem para lá quando eu não puder vir até aqui.

– Isso é informação demais para um dia, Ian – falou e sua voz já mais calma – Olha, você precisa conhecê-lo primeiro, dar um tempo a ele para assimilar as coisas, não é assim.

– Eu sei de tudo isso e esse é o outro ponto da minha conversa.

– Que seria?

– Quero me encontrar com meu filho amanhã, podemos fazer um passeio.



Elena Gilbert ( Administrador )

– Sabe, você ainda não me contou como torceu o tornozelo no quarto do bonitão – Kat comentou.

Desde aquele dia não tínhamos mais nos falado. O horário dela acabou ficando diferente do meu e eu também não fiz muita questão de manter o contato, confesso, mas adorava Kat, ela era uma ótima amiga, mas eu sinceramente estava sem cabeça para explicar essa história para uma pessoa diferente no momento.

– Acabei deixando o balde no meio do quarto e me esqueci, acabei tropeçando e deu no que deu – menti.

Ela assentiu, parecendo acreditar – É, ficou bem feio, né? Mas ainda bem que você se recuperou rápido, ainda mais tendo a ajuda do seu namorado gostoso – falou e eu gargalhei. Adorava seu senso de humor.

– Ele realmente é gostoso, né? – divaguei.

– Que Steven não me ouça falando isso, mas ele é sim – sussurrou e eu a olhei chocada.

– Como assim você e o Steven? – perguntei chocada.

Ela revirou os olhos – Ah, Nina. Como se você já não soubesse que eu tinha uma grande queda por ele.

Claro que eu sabia disso, eu sempre dava conselhos para Steven sobre a Kat, mas achei que demoraria mais para eles ficarem juntos.

– Sabia, mas vocês dois eram orgulhosos demais para admitirem alguma coisa – dei de ombros.

Ela começou a me contar e disse que ficaram naquele mesmo dia em que Chris veio me buscar no trabalho e Ian nos viu e que desde então, estavam saindo. Ainda não estavam namorando e ela já estava impaciente para ele pedir logo. Eu apenas ri e disse que Steven era lerdo, mas que logo menos ele a pediria em namoro.

– Estou feliz por vocês, Kat – disse sincera e ela sorriu.

– Obrigada, Nina!

Continuamos limpando e logo nosso turno acabou, finalmente casa!

Tirei o uniforme e guardando-o em minha bolsa e logo me vesti. Saí do hotel me despedindo de alguns colegas de trabalho e fui direto ao supermercado. Comprei o necessário para o jantar e uma massa pronta de um bolo para nossa sobremesa. O caminho até em casa não demorou muito, o metrô estava relativamente vazio hoje, o que é estranho devido ao grande fluxo de gente saindo do trabalho a este horário.

Assim que cheguei em casa e abri a porta, me deparei com Candice dormindo aninhada a Andrew no sofá. Sorri ao ver cena, Andrew amava muito essa loira e o sentimento era mais do que reciproco. Candice era muito mais que minha melhor amiga, era a minha irmã. Me apoiou nos momentos mais difíceis da minha vida, mesmo sem nos conhecermos direito e eu era mais do que grata por isso, a amava muito.

Coloquei as compras no balcão e segui para o banheiro para um banho rápido. Assim que saí, coloquei o meu pijama e segui rumo à cozinha para preparar o jantar. Separei os ingredientes e decidi fazer uma torta de frango. Era a comida favorita de Andy e de Candy e a minha torta, segundo eles, era a melhor. Comecei preparando a massa e enquanto refogava o alho e a cebola, senti a presença de Candy ao meu lado.

– Olá, bela adormecida – brinquei.

– Nossa, eu capotei – comentou enquanto se sentava na bancada – estava muito cansada.

– Cansada de tanto transar com seu namorado? – falei irônica e ela riu.

– Falando em transar – começou e eu revirei os olhos sabendo exatamente sobre o que ela iria falar – como foi seu quase sexo com os olhos azuis?

– Foi bom.

– Ah, Nina, por favor, né – falou impaciente – me fala os detalhes – me olhou com carinha de pidona e eu gargalhei.

– Foi muito bom, Candy, de verdade – suspirei – você sabe que eu sempre falei que Ian nunca precisou de muito para me deixar excitada.

– Nossa, verdade. Adorava ouvir os seus relatos picantes – ela riu.

– Mas me senti mal no momento em que saí de seu quarto.

Continuei contando os acontecimentos enquanto fazia a torta. Candy adicionava um comentário ou outro, mas estava bastante pensativa.

– Certo – começou – Entendo o seu lado, eu me sentiria um lixo também, eu acho..., Mas, Nina você não precisa se sentir tão culpada assim.

– Mas Candy...

– Escuta – me interrompeu – Foi sim uma merda isso que aconteceu com vocês dois, mas ele é o cara que você ama – ia relutar, mas ela me olhou brava – não adianta relutar, Nina, sabe que é verdade.

– Certo, é verdade sim, mas ainda continua sendo errado com Chris – revirei os olhos.

– Voltando – me olhou brava – Você ainda o ama e sei que sentiu saudades. Céus, eu te conheço há tempos e conheço bem demais, sei que a vontade falou mais alto. E também sei que te falei para ir fundo nisso com Chris, mas não sei mais se é uma boa ideia.

– Ué, por quê não? – perguntei confusa.

– Nina, o cara te ama, ama – frisou – Não considero esse seu beijo com Ian uma traição, porque tecnicamente, vocês não estavam namorando ainda. Mas, não é justo começar algo com ele amando outro.

Sei que ela estava certa, mas a minha história com Ian acabou e sei que nunca mais teremos volta. Vamos ter um vínculo eterno, afinal, somos pais de Andrew e não tinha jeito de não nos falarmos, mas jamais voltaríamos a ser um casal novamente.

– Mas eu sei que posso ama-lo, Candy. Eu realmente gosto dele, muito para ser sincera. Mas, o amor vem com o tempo, mas eu sei que posso conseguir.

– Nina, você está se agarrando a uma possibilidade, sei que você gosta dele, mas gostar e amar, são sentimentos longe de estarem perto um do outro.

– Okay, então o que você quer que eu faça? – perguntei cansada, essa conversa com ela estava me desgastando. Sei que ela está certa, mas ainda assim, não é uma sensação legal ser aconselhada dessa forma nessa situação.

– Sei que você está chateada, mas queria que pensasse na situação. Não estou dizendo para terminar com o Chris, longe disso, mas acho que deveria ser sincera com ele em relação ao seu sentimento, ainda mais agora com Ian tão presente em sua vida.

Sei que sou egoísta por estar fazendo isso com Chris, mas eu posso ama-lo, sei que posso. Talvez um amor bem diferente do amor que sinto por Ian, acho que, talvez, ninguém consiga chegar perto do amor que sinto por esse homem, mas sei que posso amar o Chris, com o tempo.

– Ian veio aqui ontem, acabei esquecendo de te contar – falei e ela me olhou chocada.

– Por isso você pediu para eu levar o Andy para dormir no Joseph, né, sua safada – riu e eu revirei os olhos.

– Apenas conversamos, Candy. Já estou me sentindo culpada o suficiente por ter beijado ele, você acha que eu iria cometer esse erro novamente? – bufei.

– Acho – falou sincera e eu a fuzilei com o olhar – mas sobre o que conversaram?

Contei para ela da nossa conversa e sobre o principal: o valor da pensão de Andrew.

Achava aquele valor absurdo e realmente era, o valor chegava na casa dos seis dígitos e eu realmente não estava preparada para lidar com uma quantia tão grande assim.

– Puta que pariu – Candy falou chocada após eu falar o valor – é muito dinheiro, Neens.

– Eu disse, mas Ian quer que eu aceite de qualquer forma.

– Nina, nisso eu concordo com ele, você vai ter que me desculpar – falou e eu a olhei indignada – pense bem, esse valor daria para resolver todos os seus problemas e ainda sobraria. Porra, sobraria muito dinheiro ainda.

– Não, Candy... Sobrevivemos bem até aqui sem precisar dessa quantia toda, não precisamos do dinheiro dele.

– Você falou certo, sobreviveu. Neens, sei que isso é demais, que talvez possa ferir seu ego com esse valor tão grande. Mas, sinceramente? Isso é até pouco comparado ao sofrimento que você passou até aqui. Vocês não merecem sobreviver, vocês merecem viver. – Ela falou.

Realmente, minha vida até aqui definitivamente não foi fácil. Ainda passo por muitas dificuldades, mas não queria seu dinheiro. Parece orgulho e realmente é, mas não preciso de Ian para nenhuma ajuda.

– Pense bem nisso, Neens. Você daria a Andrew oportunidades incríveis. Escola nova e cem vezes melhor, curso de idioma e milhares de brinquedos e roupas novas, ele merece isso!

Continuamos conversando e logo a torta já estava no forno assando. Candy se dispôs a arrumar as coisas na cozinha e a fazer o bolo de chocolate para a sobremesa e eu fui até a sala para acordar meu bebê.

– Amor – o chacoalhei de leve – acorda!

Ele se mexeu resmungando e virou para o lado, Andrew dava muito trabalho para acordar. Meu bebê amava dormir até tarde e ficava extremamente irritadiço quando atrapalhávamos seu sono.

– Quero dormir mais, mamãe – fez um bico e eu sorri.

– Tudo bem, então eu e sua tia teremos que comer a sobremesa sozinhas – comentei e ele abriu os lindos olhos azuis.

– O que tem de sobremesa? – perguntou interessado e eu gargalhei.

– Bolo de chocolate, amor.

Ele se levantou rapidamente e foi correndo até a cozinha.

– Você fez torta de frango também, mamãe? – perguntou quando voltou à sala.

– Fiz sim, amor – estendi os braços e ele deitou-se em meu colo – o que acha de me contar como foi seu dia na escola enquanto fazemos o dever de artes juntos?

Ele sorriu e assentiu me dando um beijo no rosto. Sentamos no chão da sala e enquanto o ajudava em seu dever de casa, ele me contava como foi seu dia na escolinha. Estava aprendendo a soletrar cada vez mais palavras e até a formar pequenas frases. Ficava extremamente feliz, Andy era uma criança muito esperta e eu amava ensina-lo em casa também, apesar de não ter mais tanto tempo para isso.

Assim que terminamos o dever, o levei para o chuveiro e dei banho nele. Coloquei seu pijama favorito e fomos para a sala assistir algum filme enquanto aguardávamos nosso jantar ficar pronto.

– Adivinha o que está passando, Andy – Candice comentou assim que chegamos na sala. Sentamos no sofá e Andrew deitou no meio de nós duas.

– Como treinar o seu dragão – exclamou animado e Candy e eu sorrimos.

Assistimos o filme e logo nosso jantar ficou pronto. Comemos enquanto assistíamos as aventuras do soluço e banguela.

[...]

Céus, estou extremamente nervosa.



Elena Gilbert ( Administrador )

Céus, estou extremamente nervosa. Ian mandou-me uma mensagem há algumas horas dizendo para Andrew e eu nos arrumarmos porque iríamos sair para almoçar. O questionei sobre qual roupa deveríamos usar, mas ele apenas disse para usarmos algo que fosse confortável para ambos. Revirei os olhos, com certeza o ‘’ confortável ‘’ dele custaria milhares de dólares que poderiam até comprar este apartamento inteiro.

Vesti Andrew com sua melhor roupa e seu melhor sapato, o deixei arrumar seu cabelinho do jeito que ele adorava e logo ele estava pronto. Agora seria minha vez e eu estava inquieta de tanta ansiedade. Tomei um banho e tentei relaxar meus músculos, mas estava impossível e sinceramente, acho que essa sensação não passaria nem tão cedo. Candice escovou os meus cabelos e fez cachos, confesso que já estava sentindo saudades da minha franja e dos meus fios curtos, cabelo grande dava muito trabalho e eu não tinha muita paciência para cuidar deles. Assim que terminou meu cabelo, ela fez seus truques com maquiagem e eu estava pronta. Observei minhas roupas e finalmente, estava satisfeita com a imagem reproduzida no espelho.

– Você está muito bonita, mamãe – Andrew disse e eu sorri enquanto dava um beijo em seu rostinho.

– Eu concordo com o bebê – Candice falou – você está linda, Neens. Esse body de renda e esse short jeans deixaram seu corpo maravilhoso.

Continuamos conversando e logo escutamos a campainha soar. Caminhei até a porta e quando abri, me deparei com a imensidão azul dos olhos de Ian e seus lábios repuxados em um grande sorriso.

– Oi, estão prontos? – falou enquanto me observava de cima a baixo. Céus, esse simples olhar dele para mim, me esquentou instantaneamente.

– Hum... sim – disse nervosa, nosso passeio mal começou e eu já estava toda sem jeito ao seu lado.

Chamei Andrew que estava no quarto com Candice e logo ele veio acompanhado pela loira. Assim que Candy colocou seus olhos em Ian, sua boca abriu em um perfeito O e eu já sabia o porquê desta reação.

– Você veio ver minha mamãe de novo? – Andrew perguntou assim que estava ao meu lado na porta.

– Na verdade, eu vim ver você também – Ian falou e sorriu para ele, pude perceber olhando agora para as suas mãos que tremiam, que ele também estava nervoso.

– Mas por quê? – perguntou confuso.

– Ian é um amigo antigo da mamãe, meu amor – expliquei – ele retornou de viagem recentemente e quer te conhecer, ser seu amigo.

Ele inclinou a cabeça para o lado e observou Ian com atenção – Você gosta do capitão américa também, então acho que podemos ser amigos.

Ian sorriu e assentiu – Eu gosto!

Eles continuaram conversando e eu voltei para a sala para pegar minha bolsa, Candice acenou para mim e disse para mandar mensagem caso algo acontecesse que ela me ajudaria. Agradeci e saímos porta afora. Assim que chegamos no térreo, Ian nos dirigiu até seu carro e eu fiquei boquiaberta.

– Uma ferrari, sério? – perguntei séria.

– O que posso fazer? Eu amo um bom carro esportivo – piscou para mim – e se me lembro bem, você adorava dirigir um clássico.

Revirei os olhos e ele abriu a porta para mim e Andrew. Observei com atenção o interior do carro e percebi uma cadeirinha infantil presa ao cinto no banco de trás. – Eu comprei assim que marcamos o passeio, ele é muito pequeno para andar somente no cinto – Ian comentou quando notou minha expressão confusa.

Coloquei Andrew na cadeirinha e sentei no banco da frente. Minhas mãos suavam quando ele entrou e tomou seu lugar no banco do motorista. Ele olhou para Andrew e sorriu estendendo um pacote vermelho.

– O que é isso? – Andrew perguntou curioso.

– Abre, acho que irá gostar – Ian incentivou e meu bebê olhou para mim pedindo permissão, eu assenti e ele começou a rasgar o embrulho, quando notou o que era, seus olhinhos brilharam e ele gritou entusiasmado.

– É o banguela, mamãe – Ele tirou o brinquedo da caixa e mostrou-me. Eu sorri para ele e inclinei a cabeça para Ian, Andrew entendeu o significado e assim que voltou seu olhar a Ian, ficou um pouco envergonhado – Muito obrigado, tio Ian – disse baixinho.

– Você gostou do presente?

– Sim – gritou, seu entusiasmo voltando novamente e Ian sorriu ainda mais largo.

Ian voltou sua atenção para frente e logo estávamos a caminho do lugar que ele escolheu para irmos. A tensão tinha sido quebrada e eu estava um pouco mais relaxada.

– Mas e então, para onde está nos levando? – Questionei enquanto observava as ruas.

– Um amigo meu é dono de um restaurante, pedi para ele reservar uma parte para nós termos um pouco mais de privacidade.

Apenas assenti e continuei observando a paisagem, Ian começou a interagir um pouco mais com Andrew e percebi que meu bebê já estava começando a se sentir à vontade com ele e eu ficava feliz com isso, queria que ele tivesse uma relação bacana com o pai e esperava do fundo do meu coração que Ian não o magoasse, eu não suportaria.

Assim que chegamos ao local, Ian estacionou o carro e nos ajudou a descer.

– Eu posso levar o banguela comigo? – Andrew perguntou a Ian.

– Claro que sim – falou e Andrew sorriu feliz para ele. Nos encaminhamos para a entrada e a recepcionista nos levou até o segundo andar, havia um espaço kids ali e assim que Andrew o notou, foi direto para lá.

Nos sentamos a mesa e observamos Andrew brincar na piscina de bolinhas, seu sorriso não saía do rosto e meu coração se apertou.

– O que foi? – Ian perguntou, seu cenho estava franzido enquanto me observava. – Você não gostou daqui? Posso conseguir outro lug...

– Não, eu gostei – o cortei – só estou um pouco preocupada.

– Com o quê?

O garçom deixou o cardápio em nossa mesa e encheu nossos copos com água, o agradeci com um sorriso gentil e ele se retirou. – Com tudo isso, Ian. Tenho medo da exposição.

– Bem, você sabe que uma hora ou outra, Andrew deverá saber e a mídia também, infelizmente. Eu sou famoso, Nikolina, não tem para onde correr.

– E é exatamente por isso que tenho medo. Quero que as coisas aconteçam devagar, você está tendo seu tempo com Andrew e ele está começando a gostar de você. Não quero a mídia envolvida tão cedo nisso.

Ele assentiu – Tudo bem, eu concordo.

Escolhemos nossos pratos e pedi para Andrew também, o deixei aproveitar ao máximo nos brinquedos enquanto nossa comida não chegava. Quando estava tudo em nossa mesa, o busquei e lavei suas mãos e começamos a comer.

– Você está gostando da comida, carinha? – Ian perguntou a Andrew.

– Estou, eu amo hambúrguer, tio Ian – meu bebê falou, seu rostinho todo sujo de ketchup e Ian gargalhou com a cena.

– O que você acha de pedirmos um milkshake para acompanhar seu hambúrguer? – Ian sugeriu e os olhinhos de Andrew brilharam.

– É claro que sim!

Ian chamou o garçom e Ian pediu um milkshake de chocolate com nozes para Andrew.

– Olha mamãe – Andrew apontou para a televisão – quando eu crescer e tiver um montão de dinheiro, eu vou chamar eles para minha festa de aniversário.

Meu coração quebrou. O sonho de Andrew sempre foi ter uma festa de aniversário e infelizmente eu nunca pude realiza-lo. Fazíamos um bolinho e chamávamos alguns amiguinhos de sua escola e ele ficava extremamente feliz, mas sabia o quanto ele queria uma festa com direito a brinquedos e algodão doce.

Olhei para Ian e ele estava com um olhar triste no rosto enquanto observava Andrew. Me sentia extremamente sem graça e não sabia o que dizer.

– Você vai ter tudo o que quiser a partir de hoje, carinha – Ian falou sério e Andrew sorriu enquanto bebia seu milkshake.

Nosso almoço logo terminou e nos encontrávamos agora em frente ao meu prédio. Ian nos acompanhou até nossa porta e se despediu.

– Hoje foi muito legal, tio Ian – Andrew disse e o abraçou e esse pequeno gesto pegou Ian totalmente de surpresa.

– Que bom, carinha. Da próxima vez, você escolhe o lugar agora, que tal?

Eles trocaram mais algumas palavras e Andrew entrou e foi em direção ao quarto de Candice.

– Obrigada por hoje, Ian – disse – Andrew realmente adorou!

– Ele merece o mundo, Nikolina, e eu quero muito proporcionar isso a ele. Eu gostaria muito de sair com ele de novo essa semana, enquanto as gravações não começam.

– Tudo bem. – Me dei por vencida.

– Estou indo agora, espero que tenha gostado do almoço também.

– Eu gostei, sim. Foi importante para ele. – Ele sorriu e eu comecei a fechar a porta.

– E, ah, só mais uma coisa – disse enquanto apertava o botão do elevador.

– O quê?

– Você está muito gostosa nessa blusinha de renda.

Olhei chocada para ele e ele gargalhou, fechei a porta e suspirei. Céus, esse homem acabava comigo!



Elena Gilbert ( Administrador )

Já estou morrendo de saudades!

Sorri ao ler a mensagem de Chris. Ele foi para uma conferência cobrir a empresa de seu pai e estava fora da cidade há alguns dias. Quando estava digitando uma resposta, Candice sentou ao meu lado e me entregou uma xícara de chocolate quente.

– Você está sorrindo muito para esse celular, é um certo moreno de olhos azuis? – Sorriu sugestivamente.

Revirei os olhos – Claro que não, estou falando com Chris!

Ela riu e balançou a cabeça negativamente – Certo, estou doida para fazer um comentário.

– Eu já sei exatamente o que você vai dizer, loira!

– Nina, ele é lindo – exclamou chocada – agora eu entendo o porquê de você ser tão apaixonada por ele.

– Você já tinha visto fotos dele, não sei porque está surpresa – dei de ombros.

– Uma coisa é ver por fotos, ver pessoalmente é completamente diferente.

Ian sempre foi um homem muito bonito, desde criança. Seus olhos azuis somado com o cabelo preto, davam um contraste maravilhoso em sua pele extremamente pálida com suas bochechas coradas. Seu rosto era anguloso e por Deus, ele era totalmente simétrico, não tinha nada fora do lugar nele. Às vezes desconfiava que ele fora esculpido por anjos. Sua beleza era estonteante e ele nunca precisara de muito para chamar a atenção das pessoas, principalmente das mulheres. Por diversas vezes estávamos juntos e ele recebia cantadas e até mesmo guardanapos com alguns números escritos ali. Ele apenas ria da situação e dizia ‘’ – Agradeço o elogio, mas estou com a minha garota aqui, não estou interessado, desculpe. ‘’. Eu me sentia mal com toda essa atenção do público feminino que ele recebia, mas Ian sempre arrumava uma forma de fazer com que eu não me preocupasse com isso e geralmente funcionava.

– Ele flertou comigo – confessei.

– O quê? – Exclamou chocada – Por que você não me contou antes?

– Não foi nada demais, Candy. Ele apenas disse que eu estava gostosa naquele body de renda.

Ela gargalhou alto – Eu não acredito, Neens. Pelo visto aquele amasso que vocês deram mexeu com ele também.

– Eu duvido muito.

– Neens, se você não tivesse atendido o telefone e continuado lá, vocês certamente teriam transado o resto do dia, garota – falou como se fosse óbvio.

– Ele é homem, claro que não vai recusar sexo – revirei os olhos – além do mais, ele deve ficar com mulheres muito mais bonitas do que eu.

Ela bufou – Odeio quando você fala assim, você é simplesmente linda, Neens, sério. E é óbvio que ele também nota isso. Eu reparei na forma que ele estava te olhando ontem.

– Bem, não me importa a forma como ele me olha. Estou com Chris agora!

Ela revirou os olhos e continuamos conversando. Era de manhã e Andrew estava na escola, hoje era meu dia de folga e, coincidentemente, o de Candice também. Depois de fofocarmos mais um pouco, decidimos limpar nosso apartamento. A tarde se resumiu em limpeza e organização e logo estava na hora de ir buscar Andrew. Candice disse que iria comigo e saímos de casa. Assim que chegamos no térreo, notei o carro de Ian estacionado ali.

– O que ele está fazendo aqui? – perguntei enquanto observava o carro.

– O que? – Candice perguntou confusa.

– O carro de Ian está ali – apontei discretamente.

– Vai lá logo, Nikolina!

Andei em direção ao carro e percebi que ele estava lá dentro falando com alguém no telefone. Ele não notou a minha presença, então quando bati no vidro, ele se assustou e seu celular caiu no chão. Ele praguejou e eu não pude deixar de rir.

– Porra, que susto, Nikolina – Falou assim que eu entrei no carro.

– Você tem sorte de ser eu a te assustar. Já pensou fosse um ladrão? – Ergui a sobrancelha – Aqui é um bairro bastante inapropriado para exibir um carro como esse.

Ele gargalhou e me olhou – Acho que ele se distrairia com o fato de eu ser incrivelmente lindo e nem lembraria de me assaltar – brincou.

– Quanta modéstia, não acha? – Revirei os olhos.

Ele riu – Contra fatos, não há argumentos – piscou.

A curiosidade estava me corroendo, então finalmente lhe perguntei – O que você está fazendo aqui?

– Vim convidar você e Andrew para um passeio – deu de ombros.

– Passeio? Onde?

– O filho da namorada de Paul, aquele meu amigo, está fazendo aniversário hoje e ele nos convidou, achei que seria legal Andrew ir, já que será uma festa infantil.

– Ian... eu não sei se é uma boa ideia – falei com medo.

Ele me encarou confuso – Por quê não seria uma boa ideia?

– Certamente a namorada de seu amigo é rica e a festa completamente chique, não tenho roupas para isso! – Será que não era óbvio para ele? Eu e Andrew não nos encaixávamos neste meio, a diferença de classe era gritante, ele não percebia?

Ele franziu o cenho me escutando, então seu olhar desceu para o meu corpo me analisando. Ele abriu um sorrisinho com o canto da boca e se aproximou –



Elena Gilbert ( Administrador )

Já estou morrendo de saudades!

Sorri ao ler a mensagem de Chris. Ele foi para uma conferência cobrir a empresa de seu pai e estava fora da cidade há alguns dias. Quando estava digitando uma resposta, Candice sentou ao meu lado e me entregou uma xícara de chocolate quente.

– Você está sorrindo muito para esse celular, é um certo moreno de olhos azuis? – Sorriu sugestivamente.

Revirei os olhos – Claro que não, estou falando com Chris!

Ela riu e balançou a cabeça negativamente – Certo, estou doida para fazer um comentário.

– Eu já sei exatamente o que você vai dizer, loira!

– Nina, ele é lindo – exclamou chocada – agora eu entendo o porquê de você ser tão apaixonada por ele.

– Você já tinha visto fotos dele, não sei porque está surpresa – dei de ombros.

– Uma coisa é ver por fotos, ver pessoalmente é completamente diferente.

Ian sempre foi um homem muito bonito, desde criança. Seus olhos azuis somado com o cabelo preto, davam um contraste maravilhoso em sua pele extremamente pálida com suas bochechas coradas. Seu rosto era anguloso e por Deus, ele era totalmente simétrico, não tinha nada fora do lugar nele. Às vezes desconfiava que ele fora esculpido por anjos. Sua beleza era estonteante e ele nunca precisara de muito para chamar a atenção das pessoas, principalmente das mulheres. Por diversas vezes estávamos juntos e ele recebia cantadas e até mesmo guardanapos com alguns números escritos ali. Ele apenas ria da situação e dizia ‘’ – Agradeço o elogio, mas estou com a minha garota aqui, não estou interessado, desculpe. ‘’. Eu me sentia mal com toda essa atenção do público feminino que ele recebia, mas Ian sempre arrumava uma forma de fazer com que eu não me preocupasse com isso e geralmente funcionava.

– Ele flertou comigo – confessei.

– O quê? – Exclamou chocada – Por que você não me contou antes?

– Não foi nada demais, Candy. Ele apenas disse que eu estava gostosa naquele body de renda.

Ela gargalhou alto – Eu não acredito, Neens. Pelo visto aquele amasso que vocês deram mexeu com ele também.

– Eu duvido muito.

– Neens, se você não tivesse atendido o telefone e continuado lá, vocês certamente teriam transado o resto do dia, garota – falou como se fosse óbvio.

– Ele é homem, claro que não vai recusar sexo – revirei os olhos – além do mais, ele deve ficar com mulheres muito mais bonitas do que eu.

Ela bufou – Odeio quando você fala assim, você é simplesmente linda, Neens, sério. E é óbvio que ele também nota isso. Eu reparei na forma que ele estava te olhando ontem.

– Bem, não me importa a forma como ele me olha. Estou com Chris agora!

Ela revirou os olhos e continuamos conversando. Era de manhã e Andrew estava na escola, hoje era meu dia de folga e, coincidentemente, o de Candice também. Depois de fofocarmos mais um pouco, decidimos limpar nosso apartamento. A tarde se resumiu em limpeza e organização e logo estava na hora de ir buscar Andrew. Candice disse que iria comigo e saímos de casa. Assim que chegamos no térreo, notei o carro de Ian estacionado ali.

– O que ele está fazendo aqui? – perguntei enquanto observava o carro.

– O que? – Candice perguntou confusa.

– O carro de Ian está ali – apontei discretamente.

– Vai lá logo, Nikolina!

Andei em direção ao carro e percebi que ele estava lá dentro falando com alguém no telefone. Ele não notou a minha presença, então quando bati no vidro, ele se assustou e seu celular caiu no chão. Ele praguejou e eu não pude deixar de rir.

– Porra, que susto, Nikolina – Falou assim que eu entrei no carro.

– Você tem sorte de ser eu a te assustar. Já pensou fosse um ladrão? – Ergui a sobrancelha – Aqui é um bairro bastante inapropriado para exibir um carro como esse.

Ele gargalhou e me olhou – Acho que ele se distrairia com o fato de eu ser incrivelmente lindo e nem lembraria de me assaltar – brincou.

– Quanta modéstia, não acha? – Revirei os olhos.

Ele riu – Contra fatos, não há argumentos – piscou.

A curiosidade estava me corroendo, então finalmente lhe perguntei – O que você está fazendo aqui?

– Vim convidar você e Andrew para um passeio – deu de ombros.

– Passeio? Onde?

– O filho da namorada de Paul, aquele meu amigo, está fazendo aniversário hoje e ele nos convidou, achei que seria legal Andrew ir, já que será uma festa infantil.

– Ian... eu não sei se é uma boa ideia – falei com medo.

Ele me encarou confuso – Por quê não seria uma boa ideia?

– Certamente a namorada de seu amigo é rica e a festa completamente chique, não tenho roupas para isso! – Será que não era óbvio para ele? Eu e Andrew não nos encaixávamos neste meio, a diferença de classe era gritante, ele não percebia?

Ele franziu o cenho me escutando, então seu olhar desceu para o meu corpo me analisando. Ele abriu um sorrisinho com o canto da boca e se aproximou – Você não deveria se preocupar tanto assim com roupas – sussurrou em meu ouvido, seu hálito quente em contato com minha pele causa arrepios em todo o meu corpo – Você fica gostosa de qualquer forma, mas pelada é ainda melhor.

Sinto meu rosto quente e sei que certamente estou vermelha diante dele e não é só por causa de seu comentário malicioso, mas também pela forma que meu corpo reage a Ian.

– Que horas vai ser essa festa? – Ele riu quando notou que eu estava desviando de seu comentário.

– Às 20:00, você terá tempo de sobra para se arrumar. – Ele sorriu. Esse maldito sorriso de lado!

– Tudo bem – me dei por vencida – podemos ir a essa festa.

– Podemos passar em alguma loja para você comprar algum vestido para você, se quiser – Ofereceu.

Balancei a cabeça negativamente – Agradeço, mas não. Bem, eu estava indo buscar Andrew na escola, você quer ir comigo?

Ele me encarou surpreso, com a boca levemente aberta – Eu posso ir?

– Tenho certeza que Andy adoraria lhe ver novamente, ele não para de falar em você desde o dia do nosso passeio – Ele sorriu e notei seus olhos brilharem.

– Fico muito feliz com isso, de verdade!



Elena Gilbert ( Administrador )

– Fico muito feliz com isso, Nina!

Sorri para ele e olhei para a entrada do prédio, Candice não estava mais lá, certamente subiu quando eu entrei no carro. Mandei-lhe uma mensagem dizendo que iria com Ian e ela respondeu com uma figurinha totalmente pervertida. No meio do caminho, continuei conversando com ele e lhe contei mais algumas curiosidades sobre minha vida e a de Andrew. Ele adicionava sempre um comentário ou outro e eu notava em como sua expressão ficava pensativa e até mesmo um pouco triste, quando falava dos primeiros anos de vida de Andy, do seu primeiro passo e suas primeiras palavras.

Assim que estávamos nos aproximando da escolinha, pedi para ele estacionar em umas ruas mais afastadas. Ele teimou que queria parar próximo a entrada, mas eu o calei falando que levantaria suspeitas demais e ele concordou, a contra gosto, é claro.

Fui caminhando até a entrada e logo vi o meu bebê vindo, quando seus olhinhos me notaram, ele abriu um sorriso enorme que aqueceu completamente o meu coração. Abri os braços em sua direção e ele se jogou em meu colo.

– Oi, meu amor – falei apertando-o contra mim – como foi a aula hoje?

– Foi muito legal, mamãe. Nós fizemos escultura de massinha – Ele riu sapeca e me deu um beijo na bochecha. Andrew era extremamente carinhoso!

– Olha só, o que acha de me mostrar quando chegarmos em casa, hein? – Ele assentiu e eu o coloquei no chão, ele começou a andar em direção ao caminho que sempre fazíamos e quando notou que eu não estava seguindo-o, parou e me olhou confuso.

– Você não vem, mamãe? – me olhou confuso.

– Hoje nós vamos embora de carro com uma pessoa!

– Quem?

– Vamos lá descobrir? – Falei e ele assentiu, me encarando um pouco desconfiado. Fomos caminhando em direção ao carro e quando estávamos nos aproximando, ele soltou um grito animado.

– É o carro do tio Ian, mamãe – falou entusiasmado.

Sorri de sua empolgação e a porta do motorista abriu, revelando um Ian com um grande sorriso no rosto. Ele andou em direção a Andrew e abaixou dando-lhe um abraço.

– Oi, carinha. Como você está?

– Bem. Sabia que hoje eu fiz escultura de massinha, tio Ian? Eu fiz um dinossauro – Falou e Ian sorriu para ele.

– Você pode me mostrar no caminho até a sua casa, o que acha? – Ele assentiu e Ian o pegou no colo prendendo-o na cadeirinha. Entrei no banco do passageiro e o caminho todo até em casa, Ian e Andrew foram conversando. Ian dava atenção para qualquer coisa que Andy falava e o pequeno se aproveitava disso. Quando chegamos em casa, notei um bilhete de Candice dizendo que havia ido para a casa de Joseph e que iria dormir lá essa noite, suspirei. Iria precisar me arrumar sozinha hoje. Ajudei Andrew a se arrumar e ele foi até a sala para brincar com Ian. Tomei um banho e fui até o quarto de Candice para escolher alguma roupa. Ela possuía diversos vestidos lindos e não se importava de me emprestar. Escolhi um preto canelado com alcinhas finas, assim que o vesti, percebi que ele era completamente colado no corpo e deixava meus seios super volumosos. Coloquei um salto médio e combinei meu look com alguns acessórios e pulseiras e comecei a fazer a maquiagem. Eu não gostava de passar muita coisa no rosto, mas hoje fiz questão de caprichar. Os amigos de Ian estariam lá e ele certamente contou sobre mim e Andy. Finalizei meu cabelo com alguns cachos e finalmente reparei em minha aparência no espelho, eu estava linda! Peguei uma bolsa de Candice e coloquei algumas coisas necessárias dentro. Quando cheguei até a sala, Ian estava sentado no chão brincando com Andy.

– Estou pronta, podemos ir? – Falei e Ian virou para me olhar, sua cabeça tombou para o lado me analisando e ele abriu um sorrisinho malicioso enquanto segurava os lábios com o dente enquanto suas bochechas ganham cor novamente. Sua reação de repente se tornou um combustível para mim e me sinto ainda mais linda nesse vestido.

Ele e Andy se levantaram e enquanto caminhava até a porta, sentia seu olhar queimando em minhas costas.

[...]

– Seu amigo e a namorada moram aqui? – Perguntei chocada.

– Por que o espanto? É só uma casa – Disse enquanto tirava Andrew da cadeirinha e entregava as chaves para o manobrista.

Não é só uma casa – revirei os olhos – Essa casa provavelmente é do tamanho do meu prédio inteiro!

– Às vezes você parece se esquecer de onde veio, Nikolina. Sua família é praticamente a mais rica de todo esse país, você cresceu no luxo – Falou, seu tom de voz óbvio me irritou.

– Não esqueço as minhas raízes, Ian, mas certamente essa não é mais minha realidade e isso já está mais do que claro para você.

– Eu quero muito saber o que acont...

Ele foi interrompido por um amigo seu, eu nunca havia o visto, mas por sua pinta, sei que é o dono desta belíssima casa.

– Somerhalder, até que enfim – Seu sotaque carregado me fez o encarar intrigada e ele olhou para mim curioso.

– Tio Ian, você disse que teria crianças e brinquedos para eu brincar – Andrew falou baixinho e, o homem parado em minha frente, finalmente pareceu o notar. Quando seus olhos fitaram Andrew, sua boca se abriu e seus olhos arregalaram completamente.

– Porra! Quando o Matt e o Paul me contaram eu não acreditei, olha só essa semelhança, Ian. Não fode.

– Não fala palavrão na frente dele – Ian ralhou. Andrew ficou completamente envergonhado com a reação desse sujeito em nossa frente e estendeu os braços para Ian o pegar no colo.

O homem voltou a sua atenção para mim e abriu um sorriso largo – Eu tenho certeza que você é a famosa Nina!

– Bem, não diria famosa, mas sou eu, sim! – Sorri sem jeito.

– Muito prazer, meu nome Michael Malarkey – Estendeu a mão e eu a apertei. Ele lançou um olhar para Ian e o mesmo o repreendeu, eu não entendi o significado destes olhares e confesso que, estou bem curiosa. Como assim ele me conhecia? – Venham, é por aqui. Tem muitas crianças lá atrás e diversos brinquedos para você brincar, quer ir até lá? – Ele disse a Andrew.

– Você pode ir comigo, tio Ian?


Elena Gilbert ( Administrador )

Já estou morrendo de saudades!

Sorri ao ler a mensagem de Chris. Ele foi para uma conferência cobrir a empresa de seu pai e estava fora da cidade há alguns dias. Quando estava digitando uma resposta, Candice sentou ao meu lado e me entregou uma xícara de chocolate quente.

– Você está sorrindo muito para esse celular, é um certo moreno de olhos azuis? – Sorriu sugestivamente.

Revirei os olhos – Claro que não, estou falando com Chris!

Ela riu e balançou a cabeça negativamente – Certo, estou doida para fazer um comentário.

– Eu já sei exatamente o que você vai dizer, loira!

– Nina, ele é lindo – exclamou chocada – agora eu entendo o porquê de você ser tão apaixonada por ele.

– Você já tinha visto fotos dele, não sei porque está surpresa – dei de ombros.

– Uma coisa é ver por fotos, ver pessoalmente é completamente diferente.

Ian sempre foi um homem muito bonito, desde criança. Seus olhos azuis somado com o cabelo preto, davam um contraste maravilhoso em sua pele extremamente pálida com suas bochechas coradas. Seu rosto era anguloso e por Deus, ele era totalmente simétrico, não tinha nada fora do lugar nele. Às vezes desconfiava que ele fora esculpido por anjos. Sua beleza era estonteante e ele nunca precisara de muito para chamar a atenção das pessoas, principalmente das mulheres. Por diversas vezes estávamos juntos e ele recebia cantadas e até mesmo guardanapos com alguns números escritos ali. Ele apenas ria da situação e dizia ‘’ – Agradeço o elogio, mas estou com a minha garota aqui, não estou interessado, desculpe. ‘’. Eu me sentia mal com toda essa atenção do público feminino que ele recebia, mas Ian sempre arrumava uma forma de fazer com que eu não me preocupasse com isso e geralmente funcionava.

– Ele flertou comigo – confessei.

– O quê? – Exclamou chocada – Por que você não me contou antes?

– Não foi nada demais, Candy. Ele apenas disse que eu estava gostosa naquele body de renda.

Ela gargalhou alto – Eu não acredito, Neens. Pelo visto aquele amasso que vocês deram mexeu com ele também.

– Eu duvido muito.

– Neens, se você não tivesse atendido o telefone e continuado lá, vocês certamente teriam transado o resto do dia, garota – falou como se fosse óbvio.

– Ele é homem, claro que não vai recusar sexo – revirei os olhos – além do mais, ele deve ficar com mulheres muito mais bonitas do que eu.

Ela bufou – Odeio quando você fala assim, você é simplesmente linda, Neens, sério. E é óbvio que ele também nota isso. Eu reparei na forma que ele estava te olhando ontem.

– Bem, não me importa a forma como ele me olha. Estou com Chris agora!

Ela revirou os olhos e continuamos conversando. Era de manhã e Andrew estava na escola, hoje era meu dia de folga e, coincidentemente, o de Candice também. Depois de fofocarmos mais um pouco, decidimos limpar nosso apartamento. A tarde se resumiu em limpeza e organização e logo estava na hora de ir buscar Andrew. Candice disse que iria comigo e saímos de casa. Assim que chegamos no térreo, notei o carro de Ian estacionado ali.

– O que ele está fazendo aqui? – perguntei enquanto observava o carro.

– O quê? – Candice perguntou confusa.

– O carro de Ian está ali – apontei discretamente.

– Vai lá logo, Nikolina!

Andei em direção ao carro e percebi que ele estava lá dentro falando com alguém no telefone. Ele não notou a minha presença, então quando bati no vidro, ele se assustou e seu celular caiu no chão. Ele praguejou e eu não pude deixar de rir.

– Porra, que susto, Nikolina – Falou assim que eu entrei no carro.

– Você tem sorte de ser eu a te assustar. Já pensou se fosse um ladrão? – Ergui a sobrancelha – Aqui é um bairro bastante inapropriado para exibir um carro como esse.

Ele gargalhou e me olhou – Acho que ele se distrairia com o fato de eu ser incrivelmente lindo e nem lembraria de me assaltar – brincou.

– Quanta modéstia, não acha? – Revirei os olhos.

Ele riu – Contra fatos, não há argumentos – piscou.

A curiosidade estava me corroendo, então finalmente lhe perguntei – O que você está fazendo aqui?

– Vim convidar você e Andrew para um passeio – deu de ombros.

– Passeio? Onde?

– O filho da namorada de Paul, aquele meu amigo, está fazendo aniversário hoje e ele nos convidou, achei que seria legal Andrew ir, já que será uma festa infantil.

– Ian... eu não sei se é uma boa ideia – falei com medo.

Ele me encarou confuso – Por que não seria uma boa ideia?

– Certamente a namorada de seu amigo é rica e a festa completamente chique, não tenho roupas para isso! – Será que não era óbvio para ele? Eu e Andrew não nos encaixávamos neste meio, a diferença de classe era gritante, ele não percebia?

Ele franziu o cenho me escutando, então seu olhar desceu para o meu corpo me analisando. Ele abriu um sorrisinho com o canto da boca e se aproximou – Você não deveria se preocupar tanto assim com roupas – sussurrou em meu ouvido, seu hálito quente em contato com minha pele causa arrepios em todo o meu corpo – Você fica gostosa de qualquer forma, mas pelada é ainda melhor.

Sinto meu rosto quente e sei que certamente estou vermelha diante dele e não é só por causa de seu comentário malicioso, mas também pela forma que meu corpo reage a Ian.

– Que horas vai ser essa festa? – Ele riu quando notou que eu estava desviando de seu comentário.

– Às 20:00, você terá tempo de sobra para se arrumar. – Ele sorriu. Esse maldito sorriso de lado!

– Tudo bem – me dei por vencida – podemos ir a essa festa.

– Podemos passar em alguma loja para você comprar algum vestido para você, se quiser – Ofereceu.

Balancei a cabeça negativamente – Agradeço, mas não. Bem, eu estava indo buscar Andrew na escola, você quer ir comigo?

Ele me encarou surpreso, com a boca levemente aberta – Eu posso ir?

– Tenho certeza que Andy adoraria te ver novamente, ele não para de falar em você desde o dia do nosso passeio – Ele sorriu e notei seus olhos brilharem.

– Fico muito feliz com isso, Nina!

Sorri para ele e olhei para a entrada do prédio, Candice não estava mais lá, certamente subiu quando eu entrei no carro. Mandei-lhe uma mensagem dizendo que iria com Ian e ela respondeu com uma figurinha totalmente pervertida. No meio do caminho, continuei conversando com ele e lhe contei mais algumas curiosidades sobre minha vida e a de Andrew. Ele adicionava sempre um comentário ou outro e eu notava em como sua expressão ficava pensativa e até mesmo um pouco triste, quando falava dos primeiros anos de vida de Andy, do seu primeiro passo e suas primeiras palavras.

Assim que estávamos nos aproximando da escolinha, pedi para ele estacionar em umas ruas mais afastadas. Ele teimou que queria parar próximo a entrada, mas eu o calei falando que levantaria suspeitas demais e ele concordou, a contra gosto, é claro.

Fui caminhando até a entrada e logo vi o meu bebê vindo, quando seus olhinhos me notaram, ele abriu um sorriso enorme que aqueceu completamente o meu coração. Abri os braços em sua direção e ele se jogou em meu colo.

– Oi, meu amor – falei apertando-o contra mim – como foi a aula hoje?

– Foi muito legal, mamãe. Nós fizemos escultura de massinha – Ele riu sapeca e me deu um beijo na bochecha. Andrew era extremamente carinhoso!



Elena Gilbert ( Administrador )

– Olha só, o que acha de me mostrar quando chegarmos em casa, hein? – Ele assentiu e eu o coloquei no chão, ele começou a andar em direção ao caminho que sempre fazíamos e quando notou que eu não estava seguindo-o, parou e me olhou confuso.

– Você não vem, mamãe? – me olhou confuso.

– Hoje nós vamos embora de carro com uma pessoa!

– Quem?

– Vamos lá descobrir? – Falei e ele assentiu, me encarando um pouco desconfiado. Fomos caminhando em direção ao carro e quando estávamos nos aproximando, ele soltou um grito animado.

– É o carro do tio Ian, mamãe – falou entusiasmado.

Sorri de sua empolgação e a porta do motorista abriu, revelando um Ian com um grande sorriso no rosto. Ele andou em direção a Andrew e abaixou dando-lhe um abraço.

– Oi, carinha. Como você está?

– Bem. Sabia que hoje eu fiz escultura de massinha, tio Ian? Eu fiz um dinossauro – Falou e Ian sorriu para ele.

– Você pode me mostrar no caminho até a sua casa, o que acha? – Ele assentiu e Ian o pegou no colo prendendo-o na cadeirinha. Entrei no banco do passageiro e o caminho todo até em casa, Ian e Andrew foram conversando. Ian dava atenção para qualquer coisa que Andy falava e o pequeno se aproveitava disso. Quando chegamos em casa, notei um bilhete de Candice dizendo que havia ido para a casa de Joseph e que iria dormir lá essa noite, suspirei. Iria precisar me arrumar sozinha hoje. Ajudei Andrew a se arrumar e ele foi até a sala para brincar com Ian. Tomei um banho e fui até o quarto de Candice para escolher alguma roupa. Ela possuía diversos vestidos lindos e não se importava de me emprestar. Escolhi um preto canelado com alcinhas finas, assim que o vesti, percebi que ele era completamente colado no corpo e deixava meus seios super volumosos. Coloquei um salto médio e combinei meu look com alguns acessórios e pulseiras e comecei a fazer a maquiagem. Eu não gostava de passar muita coisa no rosto, mas hoje fiz questão de caprichar. Os amigos de Ian estariam lá e eu gostaria de causar uma boa impressão. Finalizei meu cabelo com alguns cachos e finalmente reparei em minha aparência no espelho, eu estava linda! Peguei uma bolsa de Candice e coloquei algumas coisas necessárias dentro. Quando cheguei até a sala, Ian estava sentado no chão brincando com Andy.

– Estou pronta, podemos ir? – Falei e Ian virou para me olhar, sua cabeça tombou para o lado me analisando e ele abriu um sorrisinho malicioso enquanto segurava os lábios com o dente enquanto suas bochechas ganham cor novamente. Sua reação de repente se tornou um combustível para mim e me sinto ainda mais linda nesse vestido.

Ele e Andy se levantaram e enquanto caminhava até a porta, sentia seu olhar queimando em minhas costas.

[...]

– Seu amigo e a namorada moram aqui? – Perguntei chocada.

– Por que o espanto? É só uma casa – Disse enquanto tirava Andrew da cadeirinha e entregava as chaves para o manobrista.

Não é só uma casa – revirei os olhos – Essa casa provavelmente é do tamanho do meu prédio inteiro!

– Às vezes você parece se esquecer de onde veio, Nikolina. Sua família é praticamente a mais rica de todo esse país, você cresceu no luxo – Falou, seu tom de voz óbvio me irritou.

– Não esqueço as minhas raízes, Ian, mas certamente essa não é mais minha realidade e isso já está mais do que claro para você.

– Eu quero muito saber o que acont...

Ele foi interrompido por um amigo seu, eu nunca havia o visto, mas por sua pinta, sei que é o dono desta belíssima casa. E agradecia profundamente por sua interrupção, ainda não estava pronta para revelar todos os detalhes de minha vida a Ian.

– Somerhalder, até que enfim – Seu sotaque carregado me fez o encarar intrigada e ele olhou para mim curioso.

– Tio Ian, você disse que teria crianças e brinquedos para eu brincar – Andrew falou baixinho e, o homem parado em minha frente, finalmente pareceu o notar. Quando seus olhos fitaram Andrew, sua boca se abriu e seus olhos arregalaram completamente.

– Porra! Quando o Matt e o Paul me contaram eu não acreditei, olha só essa semelhança, Ian. Não fode.

– Não fala palavrão na frente dele – Ian ralhou. Andrew ficou completamente envergonhado com a reação desse sujeito em nossa frente e estendeu os braços para Ian o pegar no colo.

O homem voltou a sua atenção para mim e abriu um sorriso largo – Eu tenho certeza que você é a famosa Nina!

– Bem, não diria famosa, mas sou eu, sim! – Sorri sem jeito.

– Muito prazer, meu nome Michael Malarkey – Estendeu a mão e eu a apertei. Ele lançou um olhar para Ian e o mesmo o repreendeu, eu não entendi o significado destes olhares e confesso que, estou bem curiosa. Como assim ele me conhecia? – Venham, é por aqui. Tem muitas crianças lá atrás e diversos brinquedos para você brincar, quer ir até lá? – Ele disse a Andrew.

– Você pode ir comigo, tio Ian? – Perguntou baixinho. Meu pequeno estava todo encolhido no colo de Ian e sei que está morrendo de vergonha.

– Você vai ficar bem aqui? – Me olhou.

– Eu a levo até a mesa, Somerhalder. Não esquenta!

– Pode ir, Ian – Ele sorriu para mim e caminhou até a direção oposta.

Eu estava sem jeito e sentia alguns olhares em mim, mas eu não recuaria, não essa noite!

Ian:

Parei de caminhar e virei para trás a vendo sair com o Malarkey. Eu estou fodidamente excitado só vendo essa mulher na minha frente com esse vestido apertado, ela extremamente gostosa.

– Você vai ficar comigo lá, tio Ian? – Andrew falou e eu voltei minha atenção a ele. Porra, ainda estou me acostumando com isso, mas certamente sei que já estou completamente apegado a este pequeno garotinho em meu colo.

– Você quer que eu fique? – Perguntei e ele assentiu – Então eu fico!

Ele sorriu e quando olhou ao redor, seus olhinhos brilharam ao ver a quantidade de brinquedos espalhados pelo grande quintal.

– Nossa, parece um parque de diversões, tio Ian – Falou maravilhado e meu peito se apertou. Estava com essa sensação desde quando tomei conhecimento da condição da vida dele e de Nina e sua frase, aquele dia no restaurante, ainda ecoava em minha cabeça a todo momento ‘’Quando eu crescer e tiver um montão de dinheiro, eu vou chamar eles para a minha festa de aniversário ‘’. Nina me confidenciou mais tarde, que o pequeno nunca havia tido uma festa de aniversário e isso me quebrou por inteiro e a culpa me invadiu.

– Você gostaria de ter uma festa assim? – Perguntei e ele assentiu abrindo um sorriso.

– Sim. Com muito chocolate, algodão doce, bala e brinquedos.

– Então você terá, uma bem maior que essa, pode ter certeza!

Ele riu e nos encaminhamos até o pula-pula. Enquanto aguardávamos na fila, ele se enturmou com algumas crianças que estavam ali e começou a brincar com elas.

– Sabe, eu nunca pensei que fosse te ver assim, buddy – Olhei para trás e bati na mão do Trevino.

– Nem eu, cara. Olha só para o bebê, é a cara desse filho da puta – Zach chegou na roda.

– Me errem – Ri enquanto aceitava o whisky que Trevino estava me oferecendo.

– Nós estamos muito felizes por você, Ian – Zach falou e Trevino concordou – Acho que essa descoberta veio em uma boa hora, você estava precisando aquietar o faixo.

– E você já está todo babão pelo moleque, né? – Trevino falou e eu gargalhei.

– Está tão na cara assim? – Perguntei enquanto encarava Andrew com um sorriso no rosto.

– Porra, e como está! Estávamos todos te observando com ele lá do bar, buddy.

– E falando em bar, nós conhecemos a famosa Nina – Zach falou – Ela parece ser uma pessoa incrível, Ian!

– E muito gostosa – Trevino falou e eu o fuzilei com o olhar, ele e Zach caíram na gargalhada.

– Vão se foder – Falei bravo.

– Relaxa, cara. Sabemos que a garota é sua – Bateu em meu ombro – Mas acho que isso ainda não está claro para alguns – Olhei confuso para ele – Olha para o bar!

Ele apontou discretamente para o bar e quando eu olhei, Nina estava sentada no balcão conversando com um cara.

Pedi licença para os dois e fui até Andy avisar que estaria nas mesas próximas dali e ele apenas murmurou um okay e voltou a brincar com as crianças. Me encaminhei em direção ao bar e escutei seu riso, mas não era um simples riso e sim, uma gargalhada.

– Interrompo? – Abri meu melhor sorriso para ela e ela ficou sem jeito.

– Na verdade, está interrompendo, sim! – Olhei para o lado e um cara moreno estava me olhando com cara de poucos amigos.

– Nós estávamos apenas conversando, Ian. Esse é Jesse – Ele estendeu a mão para mim e eu apertei.

– É um prazer, Ian – Sorriu falso.

O clima de repente ficou pesado e Jesse finalmente saiu dali. Ela se levantou do bar e foi caminhando de volta para dentro da casa, procurando por um banheiro.

– Você tem noção de quem era aquele cara? Era o Jesse Williams – Falou chocada.

– Não conheço – Dei de ombros e ela me olhou como se eu fosse um e.t.

– Você nunca assistiu grey’s anatomy?

– Não.

– Nossa! – Ela falou e olhei para seu rosto, ela estava pensativa – Porra, eu fiz Jesse Williams gargalhar, dá para acreditar nisso? – Se gabou. O sorriso voltando ao seu rosto.

Me aproximei mais de seu corpo e a prensei na parede próxima sussurrando em seu ouvido – Já te fiz gozar de diversas maneiras, Nikolina, inclusive em minha língua – Passei a mão por sua cintura – E nem por isso saio me gabando por aí.

Sua respiração acelerou e ela me olhou, as pupilas dilatadas enquanto mordia o lábio – Sei que está se lembrando do que eu fazia com você – Mordisquei sua orelha e ela gemeu baixinho quando arrastei meus lábios para seu pescoço – Em como te fazia gozar e se tremer inteira com meus toques – Passo o polegar por sua boca e ela acompanha meu movimento com o olhar.

– Ian... – gemeu.

– Você está me deixando louco – Levo minha boca em direção ao seu queixo, a sinto ofegante e suas mãos finalmente me tocam. Ela leva os braços ao meu pescoço e puxa os cabelos da minha nuca. Ela me olha bem nos olhos e suas pupilas estão tão dilatadas que fica difícil enxergar a íris marrom de seus olhos – Quero fazer você gemer o meu nome a noite inteira, desde aquele dia no meu quarto.

Ela segurou em meu rosto e quando estava aproximando sua boca da minha para um beijo, um barulho nos interrompeu.

– Opa, foi mal, cara – Matt se desculpou – Não sabia que estavam aqui.

O fuzilei com o olhar e Nina se afastou completamente.

– Eu já estava de saída – Ela falou e caminhou para longe.

– Porra, Matt! – Falei bravo.

– Mas você não toma jeito mesmo, né, seu otário! – Me repreendeu – Vocês estavam quase se comendo aqui, porra. Vocês tiveram sorte de ter sido eu!



Elena Gilbert ( Administrador )

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