Discussão: História

História

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Era Sadat
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Begin, Carter e Sadat em Camp David.
Sucedeu-o Anwar Al Sadat, que distanciou seu país da União Soviética e o aproximou dos Estados Unidos. Promoveu uma reforma económica chamada "Infitá" e suprimiu de maneira violenta tanto a oposição política quanto a religiosa. Em 1973, aproveitando de um feriado religioso judaico, forças do Egito e da Síria atacaram de surpresa Israel, na chamada Guerra de Outubro (ou do Yom Kippur). Embora os israelenses conservam em seu poder os territórios ocupados desde 1967, tanto o Egito quanto Israel consideravam-se vencedores do conflito de 19 dias.29 Em negociações secretas, Sadat buscava selar a paz com o governo israelense.29 Pressionado, o então premiê israelense Menachem Begin convidou o dirigente egípcio para uma visita surpresa a Jerusalém em novembro de 1977, um gesto que abriu definitivamente o caminho para os acordos de paz de Camp David, mediado pelo então presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter.30 O tratado gerou a saída israelita da península do Sinai, em troca do Egito reconhecer o Estado de Israel. A iniciativa provocou enorme controvérsia no mundo árabe e provocou a expulsão do Egito da Liga Árabe.29 Sadat sequer chegou a ver completada a retirada das tropas israelenses do Sinai, pois foi assassinado em outubro de 1981 por fundamentalistas muçulmanos que o acusavam de "trair o mundo árabe com o acordo de paz". Israel devolveu o Sinai aos egípcios em 1982 e os dois estados estabeleceram relações diplomáticas.30


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Era Mubarak
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Centenas de milhares de pessoas celebram na Praça Tahrir, no Cairo, quando a renúncia de Hosni Mubarak é anunciada.

Com o assassinato de Anwar Sadat, assumiu o comando do Egito o vice-presidente Hosni Mubarak em 14 de novembro de 1981. Mubarak havia se destacado na Força Áerea egípcia pelo seu desempenho na guerra de Yom Kippur. Em 1995, ele sobreviveu a uma tentativa de assassinato durante uma visita à Etiópia. Por quase 24 anos, sempre se reelegeu por via de referendo popular como candidato único. Essa situação perdurou até 2005, quando houve a primeira eleição sob seu regime disputada por diversos candidatos. Mesmo assim, o ditador saiu vitorioso.31

Inspirados nas manifestações insurrecionais ocorridas na Tunísia, milhares de egípcios foram as ruas em diversas cidades no país no dia 25 de janeiro de 2011 e iniciaram uma onda de protestos pedindo a saída do ditador do poder. A Praça Tahrir, no Cairo, transformou-se em um dos principais palco dos protestos, com milhares de pessoas desafiando o toque de recolher imposto pelo regime. Em 11 de fevereiro, Mubarak renunciou à presidência e passou o poder ao Exército, encerrando três décadas de governo autocrático.32


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Era pós-Mubarak

Em 23 de junho de 2012, Mohamed Morsi, candidato da Irmandade Muçulmana, venceu o primeiro pleito presidencial pós-Mubarak, derrotando o opositor vinculado ao antigo ditador e se tornando o primeiro presidente civil eleito democraticamente no Egito. Mas seu governo foi marcado por muitas polêmicas com a oposição, que o acusou de impor uma nova Constituição sectária e forçar a "islamização" do Egito.33

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Protesto contra Mohamed Morsi no Cairo em 28 de junho de 2013

Depois de novas manifestações pró e anti-Morsi, no começo de julho, a oposição deu um ultimato de 24 horas a Morsi para que renunciasse, e o movimento Tamarod (rebelião, em árabe) pedia que o Exército tomasse uma posição clara "ao lado da vontade popular". Os militares estipularam 48h para a classe política entrar em acordo e, em 3 de julho, depuseram Mohamed Morsi e suspenderam a Constituição.33 Violentos protestos contra o golpe se seguiram e tomaram conta das principais cidades do país, incluindo a capital Cairo.34

Em 4 de julho de 2013, Adly Mansour, um juiz egípcio de 68 anos de idade foi empossado como presidente interino do país sobre o novo governo após a remoção de Morsi do governo. Em 18 de janeiro de 2014, o governo interino institucionalizou uma nova constituição nacional, após um referendo em que 98,1% dos eleitores foram favoráveis​​. A participação foi baixa, com uma participação de apenas 38,6% dos eleitores registrados,35 embora este índice tenha sido maior do que os 33% que votaram em um referendo durante o mandato de Morsi.36

Uma eleição presidencial ocorreu entre 26 e 28 de maio de 2014, com apenas dois candidatos, o ex-Ministro da Defesa egípcio Abdel Fattah el-Sisi e Hamdeen Sabahi, da Corrente Popular Egípcia.37 As eleições aconteceram quase um ano após os protestos de junho de 2013 que levaram ao el-Sisi a depor o então presidente Mohamed Morsi.37 Os números oficiais mostraram que cerca de 25,5 milhões de pessoas participaram das eleições, ou 47,5% dos eleitores registrados, sendo que el-Sisi venceu com 23,7 milhões de votos (96,91% do total), dez milhões de votos a mais que o ex-presidente Mohamed Morsi (que recebeu 13 milhões a mais que o seu adversário no segundo turno das eleições presidenciais egípcias de 2012).38 39


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