Discussão: DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ”

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ”

Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (20/10/14)

LUCAS, O EVANGELISTA e médico, narra três tipos de crentes num dos diálogos com Jesus (Lc 9:57-62). Antes Jesus havia advertido contra o exclusivismo de seus discípulos quando queriam proibir que outros, fora de seu grupo, expulsassem demônios. Certamente faziam em nome de Jesus, mas eles arbitrariamente proibiram que continuasse com esse ministério; e a razão era uma só: “porque não Te segue conosco”. Claro, Jesus os repreendeu e disse: Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós Lc 9:49, 50).

Voltando aos “três tipos de crentes”; o primeiro deles se ofereceu para seguir a Jesus aonde quer que Ele fosse e, pela resposta de Jesus que sonda os corações, o homem era um tipo de seguidor interesseiro; então Jesus disse-lhe: “as raposas tem seus covis e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem aonde reclinar a sua cabeça”.

Por certo os milagres que Jesus operava, ao transformar a água em vinho, curas e ressurreição de mortos, a pesca maravilhosa, tenha atraído o homem; mas ele não havia entendido a obra de redenção, portanto, Jesus o desencorajou. Seus seguidores não devem esperar uma vida só de bênçãos.

O segundo caso, foi Jesus quem convidou: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor deixa que primeiro eu vá enterrar meu pai. Se seu pai já estivesse morto a resposta de Jesus seria chocante: “Deixa aos mortos o enterrar seus mortos; porem tu vai e anuncia o Reino de Deus”.
Acontece que na cultura oriental, “deixa sepultar meu pai”, significava cuidar dos pais até que viessem a morrer, e isto poderia levar anos. Muitos são assim: O Reino de Deus fica para depois; a prioridade não é o Reino, mas as demais coisas efêmeras e passageiras.

Alguns jovens se batizam no dia seguinte ao casamento, até então, levam vida sexual conforme os que não têm conhecimento nem compromisso. Isso é religiosidade, não é vida cristã; era um religioso antes e continuará sendo depois do batismo; seu compromisso não é com Jesus. O jovem, quando entende a verdade Pactual, quer urgentemente fazer parte dela e tornar-se um proclamador.

O terceiro caso é de um que se ofereceu a seguir a Jesus, mas queria um tempo! Queria se despedir da família. Quantos colocam a família em primeiro lugar, e até adotam seus conceitos religiosos, participam de suas crendices; Jesus disse que os tais são inaptos para o Reino, e deu como exemplo uma metáfora: “os que lançam mão do arado e olham para trás”; não estão qualificados para o reino de Deus.

Estes podem cometer grandes deslizes e estragar toda a lavoura de Deus, não entenderam a mensagem do amor de Deus. Imagine um arado em meio a uma lavoura, cheia de plantas novas e o lavrador olhando para trás? É um estrago total; é o que alguns obreiros fazem.

Que tipo de crentes, somos? Como estamos respondendo ao chamado de Jesus? Os aptos para o reino de Deus são aqueles que mostram interesse por Cristo, pelo que Ele é, e não pelo que possa fazer a nosso favor; pois entendem que a obra de salvação Ele já fez e completa. “Quem ama aos seus mais do que a mim não é digno de mim, disse Jesus (Mt 10:37).

Não precisamos, e nem devemos, abandonar a família no sentido afetivo; pelo contrário, as boas novas nos levam a amar e cuidar de nossos entes queridos mais do que antes; mas a prioridade é fazer a vontade de Deus.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (21/10/14)

A PAPISA JOANA. Alguns dicionários de língua portuguesa define a palavra “papisa” como feminino de papa, e pode parecer desnecessário tendo em vista se conhecer apenas homens no exercício do papado; até mesmo na escola se aprende que papa é uma palavra que não tem o seu correspondente feminino; contudo, pelo menos uma vez na história houve uma “papisa”.

Alguns atribuem a uma lenda construída com o achado de uma estátua de origem pagã, tendo ao seio uma criança, [Juno amamentando Hércules], e que dai se declarou que era de uma papisa; a igreja investe nesta versão e vai negar sempre; entretanto, até os séculos XIV e XV a história sobre a existência de uma papisa não era lenda:

Martinus Polonus, padre dominicano, do século XII, capelão papal em Roma, menciona João Angilus, nascido em Mogúncia, como papa (papisa) em Roma, durante cerca de dois anos. Sigeberto de Gembloux, monge beneditino (1030-1130) escreveu: “houve rumores de que esse João era uma mulher, que ficou grávida, e deu a luz quando era papa. Oto de Frizinga (1158), da realeza alemã e bispo de Frizingen, em um dos seus sete livros escreve sobre uma papisa que, quando montava a cavalo, deu à luz uma criança. Godofredo de Viterbo, secretário na corte imperial (1185), diz: Joana a papisa, não é contada depois de Leão IV.

João Huss, da Boêmia, no Concílio de Constança (1414/1418), usando da palavra, mencionou a papisa Joana, e nem sequer foi contestado; mas depois, e acrescentando-se outras acusações, ele foi considerado um herege e blasfemo, e por ordem do papa queimado vivo numa fogueira.

A papisa Joana, segundo historiadores; subiu ao trono papal, assentando-se na “cadeira de Pedro” [que nunca foi papa e nunca teve trono de ouro] por volta do 8º século. Ela pontificou durante dois anos e mais tempo passaria se não tivesse acontecido um incidente: Teve um filho.

O “filho do papa” foi abortado na porta da soberba catedral de Siene, e mãe e filho morreram no parto. A incrível história está registrada nos anais secretos da igreja romana. A papisa Joana era filha natural de um frade e de uma camponesa, e foi batizada com o nome de Gilberta.

Conta ela que, certa ocasião, estando à beira de um rio teve uma visão de santa Lioba, que predisse: “Sentarás em um trono tão alto que sua cabeça chegará até as nuvens. Multidões se ajoelharão aos pés do seu trono e milhares de devotos beijarão teus pés”. Mas não foi a santa que a introduziu no Vaticano; foi seu amor pelo monge de nome Frumêncio que a fez prosperar no convento de Morbach e mais tarde no convento de Fulda.

Os seus amores com padres, cônegos, bispos e cardeais, lhe abriu as portas do Vaticano onde entrou travestida de padre. Pouco antes de morrer, o papa Leão IV nomeou para seu sucessor aquela que durante anos foi seu “secretário”. Joana colocou o chamado “anel de Pedro” nos dedos e as “sandálias de pescador” nos pés e enganou milhões de fieis e parte do clero, comandando a Igreja Romana sob o nome de “Papa João VIII”; e tinha como seu secretário particular o Cardeal Flore, seu amásio.

Episódios como esse fizeram do cristianismo motivo de escárnio e sinônimo de comercio, política e tapeação. Jesus advertiu: “Qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar” (Mt 18:6, 7).



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (22/10/14)

A GORDURA. Segundo a lei dada aos Israelitas, por intermédio de Moisés, a gordura dos animais era considerada como pertencente exclusivamente a Deus. A lei declarava: É um estatuto por tempo indefinido, nas vossas gerações não deveis comer nenhum gordura (Lv 3:17).

A gordura era considerada a parte melhor, ou mais suculenta, portanto, a proibição aos israelitas de se comer gordura servia para incutir-lhes eu a primeira ou a melhor parte pertencia a Deus, a ser lhe oferecida em sacrifício. Comer gordura, portanto, teria o significado uma apropriação ilegal de algo que havia sido santificado a Deus.

As palavras em Neemias, “ide e comei coisas gordurosas” (Nee 8:10), não contradiz o mandamento, mas devem ser entendidas como coisas figurativas ou petiscos preparados com óleo vegetal, sendo amiúde com azeite de oliva (Lv 2:17).

Embora as leis de Moisés não estejam em vigor hoje para os cristãos, exceção o sangue e a carne sufocada, confirmadas pelo Espírito Santo na 1ª Assembleia Geral em Jerusalém, quando foi dito que faremos bem em nos abster destas coisas (At 15:29), mas os seus princípios continuam válidos, e as lições que temos por trás das leis que caducaram é bem apropriada para o homem em qualquer época.

Os dois filhos do sacerdote Eli, Hofni e Finéias, foram mortos num só dia porque duplamente se apoderaram do que pertencia ao Senhor: A gordura segundo a lei dada aos Israelitas e que pertencia ao Senhor e se apropriaram indevidamente da gordura do altar oferecida em sacrifício. O texto diz que embora estes moços ministrassem perante o altar, contudo não conheciam ao Senhor (I Sm 2:12-17). Hoje, como esses dois rapazes irresponsáveis, alguns que ministram nunca conheceram ao Senhor e se apropriam do que pertence, ou foi ofertado a Ele, mas como aqueles não ficarão impunes.

A lei a respeito da gordura deve lembrar ao cristão a contínua necessidade de dar o melhor a Deus. Isto deve ser refletido em cada aspecto da vida do cristão; tanto em nossas ofertas, bem como em nossas atividades a serviço do Reino de Deus. O conselho bíblico é: “Tudo o que fizerdes, fazei-o de coração, como para o Senhor e não a homens (Col 3:23).

Ao saborear um pedaço de carne que contenha gordura, lembre-se dessa antiga lei, não mais em vigor, mas de profundo significado espiritual: O melhor pertence a Deus. Foi neste sentido que o apóstolo Paulo escreveu: “Toda a Escritura é Inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda a boa obra (II Tm 3:16, 17).



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (24/10/14)

AMEI A JACÓ e aborreci a Esaú (Rm 9:13). Outro texto preferido dos “legalistas”, é o de Hebreus 12:16, 17; onde o escritor diz que o “profano e fornicário” Esaú, não encontrou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas buscasse. Embora não apreciem Velho Testamento, gostam desses temas da Antiga Aliança para condenar os que cometem pecados de fornicação; pecado que alguns deles em pensamento vivem “abrasados”.

Não é estranho, que vivendo sob a Nova Aliança da graça plena, buscar fundamento na Velha Aliança para julgar os que pecam? Lendo Romanos capítulos 9 a 11, sem ideia pré-concebida, entende-se perfeitamente que os capítulos tratam da questão judeus gentios, e não de pessoas, ainda que a engenhosa teologia tente fazer isso.

Paulo discute as questões complicadas sobre a eleição nacional do povo judeu, agora confrontada com a chamada dos gentios. Os judeus não queriam entender, embora a Palavra de Deus não tenha faltado, que os privilégios dos judeus como nação eleita tinha tempo determinado e que os gentios entrariam para o favor de Abraão.

O episódio de Esaú vendendo seu direito de primogenitura é evocado por Paulo a fim de mostrar aos judeus a Soberania de Deus e sua presciência agindo no caso de escolher Jacó em lugar de Esaú. O tempo mostrou o que Deus em sua presciência sabia desde o ventre de Rebeca que o primogênito Esaú, sanguinário caçador, não poderia ser aquele que daria prosseguimento a linhagem santa que traria o Messias; e sim Jacó, um humilde pastor de ovelhas.

Deus então “arranjou as coisas” de modo que o direito de primogenitura pertencesse a Jacó, e a própria ganância e o coração profano e fornicário de Esaú encaixou as coisas [aqui se fala de fornicário em sentido espiritual]; portanto, quando Deus diz “amei a Jacó e aborreci a Esaú”, está simplesmente dizendo que ao amar a Jacó estava “aborrecendo” a Esaú; deixando-o triste e revoltado; isto não quer dizer amar menos.

Quando se confia num filho, não quer dizer que se ama menos o outro não confiável. Tanto o assunto é pertinente aos judeus e sua oposição à entrada dos gentios para a Nova Aliança, que o assunto é tratado também, e apenas, na epístola dirigida aos Judeus (Hb 12:16, 17).

Em lugar algum é dito que Esaú buscou perdão de pecados; não era a questão. Esaú buscou com lágrimas o “direito de primogenitura”, que legalmente Jacó havia comprado; portanto, não tinha como reverter a situação; mas em lugar algum é dito que Esaú não poderia ser salvo; perdeu o que estava envolvido: o direito de primogenitura.

Embora todo o episódio sirva de lição e séria advertência aos cristãos; de todas as épocas, contra a avareza e a fornicação, tratando com leviandade a graça de Deus; contudo, na questão pecados, confissão e perdão, o Novo Pacto tem regras próprias, por isto é novo. O Autor do Novo Pacto diz que TODO pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens (Mt 12:31); exceção a blasfêmia contra o Espírito Santo, que se trata de pecado de heresia, de negação da fé. Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo em nos perdoar (I Jo 1:9). Deus é fiel e justo ao depósito feito por Cristo a nosso favor.

Outro texto muito usado pelos juízes de plantão é: “Quem é sujo, suje-se ainda” (Ap 22:11); como se Deus fosse capaz de aconselhar um sujo a sujar-se ainda mais. O texto nos remete ao período depois do milênio, quando todos os recursos da graça forem esgotados, então não haverá mais oportunidade do individuo alterar seu destino.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (25/10/14)

LEMBRANÇAS que o tempo não apaga! Era uma tarde de domingo o sol já declinava, e eu procurava uma Tenda; era literalmente uma Tenda de lona onde ouvi dizer que se falava de Jesus e que as pessoas estavam recebendo o Espírito Santo em poder. Eu já tinha ouvido as boas novas na Igreja Presbiteriana Independente, mas vindo de um catolicismo cujo povo comum na época desconhecia completamente a Bíblia, até as missas eram em latim, era natural que eu tivesse dificuldade em muitos assuntos.

Falei a um vizinho, senhor Plinio, dona Zulmira, e sua filha Cleuza; que estavam ouvindo o programa radiofônico de Alziro Zarur, fundador da Legião da Boa Vontade, e que fazia extensivas leituras da Bíblia, principalmente passagens como Mateus 23 sobre a hipocrisia religiosa, e as bem-aventuranças, quase sem comentários; e isto havia tocado esta família; mas por fim estavam escandalizados: Descobriram que Alziro Zarur era espírita Kardecista e na Revista nº 1, “Soldadinhos de Jesus”, ele desenvolvia a tese reencarnacionista de que o diabo era nosso irmão mais velho e estava se aperfeiçoando.

Como eram católicos tinham alguma informação e um entendimento diferente sobre o diabo, e ficaram escandalizados. Eu não sabia quase nada de Bíblia, mas já tinha entendido a verdade central de que Jesus era o único Salvador e único Mediador entre Deus e os homens.

Saímos em busca dessa “Tenda” que ficava distante uns 3 quilômetros de onde morávamos; e ao sair encontramos um outro senhor de nome José Lima e lhe falamos do convite que tínhamos acabado de ouvir no rádio, seguido do belo hino: “tua alma está ferida, magoado o coração, a tristeza já se apoderou de ti, escuta meu amigo, Jesus nos fala assim: Ó cansados e oprimidos vinde a mim”.

O hino era cantado pelo major do Exército de salvação, Paulo Tavares Bastos, e um pistão dava um toque todo marcial, bastante tocante. Este senhor, de pronto aceitou o convite e foi conosco, e a umas 5 quadras da Tenda de lona, ouvimos num alto falante outro belo hino que nos tocou profundamente:

“Quando a angelical trombeta neste mundo estrugir, O meu nome ouvirei Jesus chamar; Pois eu creio na promessa, e que Deus a vai cumprir Quando ouvir Jesus meu nome proclamar! Coro: Glória, glória, aleluia! O meu nome ouvirei Jesus chamar, Glória, glória, aleluia! Eu espero ouvir Jesus a me chamar”.

“Quando o céu for enrolado e o sol não der mais luz O meu nome ouvirei Jesus chamar, Passarão a terra, o mar, mas permanecerá Jesus Que meu nome vai na glória pronunciar. Oh! que música suave há de ser pra mim ouvir O meu nome Jesus Cristo anunciar”.

Naquela noite todos se converteram, e eu, com meus 16 anos, já convertido à Pessoa de Cristo, senti uma alegria até então não experimentada, e a minha fé foi fortalecida. Naquela noite experimentamos bênçãos que jamais havíamos imaginado; como está escrito: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (I Co 2:9). Isto quer dizer que coisas por tanto tempo ocultas, são agora reveladas pelo Espírito.

Algum tempo depois fomos todos batizados nas águas na Congregação Cristã. Gosto de lembrar estas coisas, para que outros também se lembrem do “primeiro amor”, do qual nunca se esquece; falo do encontro com Cristo; e assim, construam suas histórias de vida; e sejam fortalecidos na fé em tempos de adversidade.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (26/10/14)

“VIRANDO-SE ele para trás, viu-os e os amaldiçoou, em nome do Senhor; então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois rapazes” (II Rs 2:24). O texto é parte de um estranho e impressionante episódio dos mais trágicos de que falam as Escrituras.

Uma súcia de rapazes desocupados, quando da passagem do profeta Eliseu, o respeitável homem de Deus, tentou leva-lo ao ridículo por um pormenor de sua aparência física, por sinal muito comum: A calvície. A consequência da brincadeira foi terrível e funesta.

A primeira vista parece-nos que Eliseu exagerou na dose e, de fato; mas analisando certos detalhes em que se deram tais brincadeiras podemos entender melhor o episódio. Mas algumas lições ficam claras e oportunas. Uma delas é que há “brincadeiras” que não são apenas inconvenientes, mas produzem irreparáveis erros; acontece muito na área sexual. Há também ocasiões, circunstâncias e lugares, em que não é nem mesmo permissível brincar.

Os rapazes estavam desocupados, e o lazer foi muito mal aproveitado e terminou em morte. Um bom alerta para os que andam desocupados e para os que aproveitam os momentos destinados ao lazer, ao repouso e recreação, com brincadeiras fúteis que podem resultar em mal irreparável.

A história antiga e acontecimentos recentes comprovam que as brincadeiras da juventude, não tão raro, tem resultado em muita dor, triste e até mortes. Principalmente em nossos dias quando a juventude não apenas zomba da careca de um profeta, mas zomba da própria vida e, por conseguinte, do Deus autor da vida.

Outra coisa é que dirigir motejos, ou gracejos desrespeitosos a pessoas de mais idade, é condenável diante de Deus, particularmente se esta pessoa for um respeitável servo de Deus. A juventude tem muito a aprender com o triste episódio, tema de nossa meditação. O jovem cristão pode, e deve ter suas brincadeiras e recreações; pois a juventude passa tão depressa, e deve ser aproveitada ao máximo, mas cuidado. Pense no que diz o apóstolo Paulo: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm; nem todas edificam” (I Co 10:23).

No caso dos rapazes zombeteiros é preciso notar que não se tratava de uma simples brincadeira, mas eram escarnecedores e zombavam do fato de Elias, a quem Eliseu sucedera; ter sido arrebatado “aos céus” e eles então diziam: “sobe careca, sobe careca!” [sobe você também!]. Zombavam do arrebatamento que Deus fizera com Elias. Zombavam do ministério do profeta Eliseu; escarneciam de Deus; mais tarde Paulo escreveu: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem fizer, isso também ceifará” (Gl 6:7).

Não é dito que Eliseu ao amaldiçoar desejou a morte e que a ursas devorassem os rapazes, apenas os amaldiçoou; o que por certo provocou mais algazarras e zombarias, já que não o reconheciam como profeta de Jeová; bem poder ser que as ursas tivessem crias, e sentindo-se ameaçadas atacaram os rapazes. São detalhes que a Bíblia não diz, mas ajudam a explicar.

O caso dos rapazes devorados pelas duas ursas lembra-nos a advertência do salmo 1º: “Bem aventurado aquele que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei de Jeová, e na Sua Lei medita de dia e de noite”.

“Noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz do Senhor; andai como filhos da luz” (Ef 5:8). Brincadeiras têm hora e ocasiões; brincar com as coisas de Deus é duplamente perigoso.



Getulio Ferreira ( Administrador )

DEVOCIONAL: “UM POUCO DE LUZ” (27/10/14)

O REINO DE DEUS chega até nós de três formas distintas: a) O Reino Espiritual da graça. b) O Reino Milenar de Cristo sobre a terra. c) O Reino Eternal dos Novos Céus e Nova Terra.

Cristo já está reinando em nossos corações desde quando O aceitamos como nosso Salvador: “O Reino de Deus não vem com aparência exterior; já está entre vós” (Lc 17:20, 21). Isto quer dizer que somos governados por Suas leis, tanto no que se refere à adoração, quanto às normas de moral e princípios.

Somos ensinados a obedecer às autoridades constituídas (Rm 13:1-6). Mas isto só até ao ponto em que suas leis não conflitam com as Leis de Deus; quando isto acontece, importa antes obedecer a Deus do que aos homens (At 5:29).

O Reino de Deus acontecerá de forma literal quando Jesus arrebatar a Sua Igreja, e após a Grande Tribulação, quando então, governara toda a terra durante o Milênio. Neste tempo Jesus virá restaurar o trono de Davi, conforme explica Tiago, comentando o discurso de Pedro sobre o cumprimento da palavra dos profetas:

“Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas e tornarei a edifica-lo” (At 15:16). “Uma vez jurei por minha santidade que não mentirei a Davi. A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol e a lua perante mim; Será estabelecido para sempre: e a testemunha do céu é fiel” (Sl 89:35-37). Quando da anunciação a Maria, o anjo disse: “Este [Jesus] será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai” (Lc 1:32).

Durante o milênio, satanás estará preso (Ap 20:1-3); a terra livre de guerras e toda maldade será restaurada, e Jesus Cristo a governará juntamente com os salvos que serão reis e sacerdotes (Ap 5:9, 10); a justiça será o cinto dos seus lombos (Is 11). Estes não entram em julgamento, porque é Cristo quem os declara justos e livres de qualquer condenação (Rm 5:1; 8:1); e todos os mártires e os que não aderiram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos, viverão durante estes mil anos (Ap 20:4). Neste tempo Deus já terá destruído os que destroem a terra (Ap 11:18).

Os remanescentes judeus já tendo sido restaurados e reconciliados com Deus no final da Tribulação (Rm 11); agora, junto às ovelhas do aprisco dos gentios, formam um só rebanho tendo um só Pastor (Jo 10:16). Findando o milênio, satanás será solto de sua prisão por um pouco de tempo, e sairá a enganar as nações que agora terão a prova final de sua fidelidade (Ap 20:7-10).

Finalmente, os outros mortos que não tiveram parte na primeira ressurreição irão ao juízo do trono branco, e todos que não foram achados escritos seus nomes no livro da vida; juntamente com a morte e o inferno serão lançados no lago de fogo (Ap 20:11-15). Paulo já havia instruído a Igreja que a morte seria o último inimigo a ser destruído (I Co 15:26).

Então, foi visto um Novo Céu e uma Nova Terra, e a cidade santa, a Jerusalém que de Deus descia do céu, e uma voz que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus” (Ap 21:1-4)



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