Discussão: SÉRGIO AUGUSTO SEVERO MARANHÃO

SÉRGIO AUGUSTO SEVERO MARANHÃO

539761_162157830604313_77028751_n.jpg?oh


Resposta a uma Misteriosa Mulher (Soneto)

Você Mulher, gentil, misteriosa
e que me trata como eu fosse amante,
e que me oferta assim, a sua”Rosa”
de uma maneira louca e excitante.

Quero dizer que mesmo às escondidas,
você tempera e muito, o meu viver
e as minhas noites, antes tão sofridas,
hoje se vestem de total prazer...

Até pensei , nas minhas fantasias,
fazendo amor, oh Flor das Alegrias,
só nós dois, abraçados, num veleiro...

Você virá, Menina Encantada
e me dará a “Rosa Incendiada”,
antes que chegue, amor, mais um Janeiro?

Sergio Severo


644193_162158197270943_1505366613_n.jpg?


Resposta a um Misterioso Homem (Soneto)

Eu mulher, gentil e Dengosa
Que lhe trato como um Diamante,
Ofereço-me em Verso e “Prosa”
Como a força de um Gigante.

Quero entre experiências Vividas,
Provar e degustar, do teu Prazer
Da tua boca, quero as Bebidas,
Nos dias e noites de Lazer...

De todos os planos que eu Fazia,
Numa data combinada eu Dizia,
Que a chegada era "Fevereiro"...

Você menino... Deu Mancada,
Fugiu, deixou-me “Desesperada”,
mas, pra sempre ti faço Prisioneiro!

Luzia Carrara /04/05/2009


487950_162158900604206_850703519_n.jpg?o


Soneto para Lú (Repto)

Lubiana lançou-me o Desafio:
Fazer versos e rimas, (um Rondó?)
Eu que não durmo, “prego um olho só”,
vou dedicar-me, sim, “horas a fio”!

Não vou ouvir o canto do Socó
nem da Coruja o mavioso pio,
esqueço a fêmea (que está no cio),
mesmo que o peito amargue qual jiló.

O meu trabalho há de ser complexo:
a minha imagem mora nos desvios
do meu espelho que não dá reflexo ...

E morrerei tentando... (Ah se pudesse!)
fazer nascer destes meus dedos frios,
um simples verso... para que te desse.

Selçuk Cevheri / Vladimir Branescu - 2006


13197_162166503936779_762401070_n.jpg?oh


Canto ao Poema 15 de Pablo Neruda
...

A noite alongando... morna...

Morno é o ventre da moça
Longas as pernas da moça
Noite o cabelo da moça

E Pablo Neruda canta
Na voz de Mercedes Sosa

A Lua clareia tudo

Tudo eu quero dessa moça
Tão claros os olhos da moça
Selena: o nome da moça

E Pablo Neruda canta
Na voz de Mercedes Sosa

O Sol, dourado, chegando

Me achego ao corpo da moça
Dourados os pêlos da moça
O Sol despertando a moça...

E Pablo Neruda canta
Na voz de Mercedes Sosa

(Poema de Sergio Augusto Severo)
-09/07/2009-


382267_162166553936774_576680211_n.jpg?o


ANTÍTESE

SOU O MORRER DE TODA MADRUGADA
SOU A VIVÊNCIA DO INEXISTENTE
A DURAÇÃO ETERNA DO REPENTE
E A SUBSTÂNCIA QUE COMPOS O NADA.

SOU TRISTEZA QUE HÁ EM SER CONTENTE
O RETORNAR DA HORA JÁ PASSADA
CALOR QUE VEM DE CHAMA APAGADA
TOTAL AUSÊNCIA QUE SE FEZ PRESENTE.

EU SOU A LÓGICA DO DESCONEXO
CERTEZA SOU DE TUDO O QUANTO É DÚBIO
SOU UM ESPELHO QUE NÃO DÁ REFLEXO.

SOU, AFINAL, A NEGAÇÃO DA CRENÇA,
O TÉRMINO DE COISAS MAIS INFINDAS...
E AFIRMAÇÃO DE DÚVIDA IMENSA !

Sergio Augusto Severo Maranhão (1976)


Deixe sua opinião ou comentário

Para responder um tópico é necessário participar da comunidade.