Soneto para Lú (Repto)
Lubiana lançou-me o Desafio:
Fazer versos e rimas, (um Rondó?)
Eu que não durmo, “prego um olho só”,
vou dedicar-me, sim, “horas a fio”!
Não vou ouvir o canto do Socó
nem da Coruja o mavioso pio,
esqueço a fêmea (que está no cio),
mesmo que o peito amargue qual jiló.
O meu trabalho há de ser complexo:
a minha imagem mora nos desvios
do meu espelho que não dá reflexo ...
E morrerei tentando... (Ah se pudesse!)
fazer nascer destes meus dedos frios,
um simples verso... para que te desse.
Selçuk Cevheri / Vladimir Branescu - 2006