Discussão: Prologue

Prologue


Sinto o ar entrar em minhas narinas e os meus pulmões encherem, meu coração acelerar e meus batimentos cardíacos voltarem ao normal gradativamente. Os sentidos lentamente retornam ao seu normal, sinto meu corpo gelado e frio sobre minha pele, minhas pernas tremem e meu cérebro entra em "colapso".
Minha consciência "apaga" e começo a ver imagens do meu passado de forma confusa e sem nexo, lentamente vejo o filme de minha vida passar lentamente em minha mente. Lembro me quando tinha 5 anos de idade, meu pai e minha mãe contaram a verdade do que eramos. As palavras do meu pai foram. "Filho não se assuste com o que vamos e contar, mas todas as histórias que contávamos para você são verdadeiras. Contos de fadas e de terrores para te assustar de fato aconteceram. Somos filhos de Gaia e conhecidos como Lobisomens." Não soube como reagir sobre este fato, fiquei com sentimentos misturados em alegria, medo, tristeza e confuso. Tinha outros que não me recordo mas foi um pequeno trauma para mim. Mas no dia seguinte minha mãe me ensinava a cultura garou apesar de ser uma russa e Ragabash (parente) compreendia muito bem. Ela me ensinou a Litânia e tudo que precisava saber sobre nós como Garou e como Tribo, meu pai um assassino alemão, Ahroun e bem estourado me ensinava como a se tornar como ele, queria que eu seguisse seus passos, mas seus ensinamentos eram duros, dolorosos e até cruéis. Me ensinou a arte de influência, intimidação, sigilo, assassinatos e outros. Vivíamos em uma alcateia de Senhores das Sombras onde tinha mais mulheres (fêmea) do que homens (machos), onde praticávamos tudo que meu pai ensinava, usávamos tudo aquilo para sobreviver e minha família na época era uma das famosas naquele meio.
Com 10 anos ganhei meu primeiro feitiche, duas adagas de minha mãe e eram feitas de prata, dizem que com escamas de dragões em seu punho. Mas as duras palavras da minha mãe ecoaram, ecoa e ecoará em minha mente. "Faça deste par de adagas o seu corpo, seu sangue e sua alma. Onde sem elas vós está morto. Pereça perante elas com honra e vigor, onde qualquer um que tente rouba-la ou lhe desafiar sinta o poder dos Avô Trovão em suas entranhas e garganta, façam daqueles que nós traia e nos desafia retorne a Deusa mãe Gaia. Que vós honre, que vós honre Gaia, que vós honre a tribo e que vós honre o Avô Trovão. Pois sem elas tu será desertor, sem elas tu será amaldiçoado e vossa geração também. A glória de sua família está sobre seus ombros daqui para frente!"
Meu primeiro assassinato foi de um humano com vigias vampiros, buscava informação dele a muito tempo, estava com meu pai vestido de preto na escuridão, estávamos apenas com um cachecol preto no pescoço para que se caso precisávamos tampar o rosto. Entramos na mansão através da janela do terceiro andar em um canto onde colocavam coisas que não usariam mais, passos suaves, segurando as duas adagas e curvado para frente, ao adentrar me abaixo. Com toda sutileza adentrando para os outros comandos, a cada passada olhava com muita cautela, me guiava com o cheiro que meu pai sentia e me avisava com gestos. Depois de algum tempo na mansão encontro meu alvo, estava bem vigiado, olho para meu pai e faço sinais com ele para coordenar nossa ação, posicionamos atrás de dois guardas que o guardavam e atacamos, eram humanos o matamos e colocamos em um canto. Dali para frente deveria ir sozinho, adentrando na sala ainda em silêncio e me esguiando pelos moveis, ao chegar atrás de sua poltrona para mata-lo e perfuro a mesma com minha adaga mirando seu coração, para minha surpresa ele se levanta e chuta a poltrona em cima de mim. Sinto uma enorme fúria em mim, isso anda acontecendo algum tempo além de sonhos estranhos. Me levanto e fico em posição o olhando atentamente, tento atacar quando meu pai aparece no meio na forma de garou enorme, ele me joga para parede onde bato a cabeça e solto as adagas do meu lado, sem elas as palavras de minha mãe vem em minha cabeça e zonzo caço em meu lado, ao achar vejo meu pai com um piscar de olhos por ser imprudente para me salvar com as costas furadas por uma espada de prata. Sinto um calor enorme sobre meu corpo, sentia uma fúria que nunca senti, sinto meu corpo modificar e começo a gritar alertando todos do local, sentia muita dor. Sinto meus ossos quebrarem, ia perdendo a razão, até que em um momento não vejo mais nada.
Ao acordar vejo meu pai com o tórax todo enfaixado, minha mãe segurando minha mão direita, me sento devagar até que meu pai fala para deitar novamente, sinto meu ombro direito doer e coloco a mão sobre de leve. Meu pai se levanta e olha para mim. "Filho, você fez sua primeira mudança ontem a noite, como estamos a noite faremos seu rito amanhã. Porém tenho que te dizer que você matou com sucesso ontem seu alvo. Foi difícil lhe conter, quase rompe o véu, lhe chamaremos fantasma-na-escuridão."


              Cuidado com o que não ver. Uma rajada de vento silenciosa vem quando se menos esperar e leva o que mais tem de valor...




Deixe sua opinião ou comentário

Para responder um tópico é necessário participar da comunidade.