Discussão: Conheça a história CCB

Conheça a história CCB


LUCIMARA RIBEIRO MARINI ( Administrador )

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LUCIMARA RIBEIRO MARINI ( Administrador )

HISTÓRICO DA CONGREGAÇÃO CRISTÃ
Este fiel testemunho da obra do nosso Senhor teve início na cidade de Chicago, Illinois e não é para engrandecer aquele que o escreve, porém, para a glória de Deus que opera todas as coisas, segundo o conselho de sua vontade.(Efésios 1:11)
Eu, Louis Francescon, nasci em 29 de março de 1866, na comarca de Cavasso Nuovo, prov. De Udine (Itália) de profissão mosaísta.Vim para a América do Norte, depois de ter cumprido o serviço militar, chegando a 3 de março de 1890.
No mesmo ano, ouvi o evangelho por meio da pregação do irmão Miguel Nardi.Em dezembro de 1891 tive do Senhor a compreensão do novo nascimento.
Em março de 1892, com o grupo evangelizado pelo irmão M. Nardi e algumas famílias da fé “Valdense” foi criada nesta cidade a primeira igreja presbiteriana Italiana, sendo o Sr. Filippo Grilli, pastor.Eu fui eleito um dos três diáconos, e após alguns anos, ancião.
No princípio do ano de 1894, encontrando-me em Cincinate, Ohio, em serviço material, aconteceu que, estando numa noite de joelhos em meu quarto lendo o cap. 2 da carta aos Colossenses, ao chegar no verso 12 ouvi uma voz que me repetiu 2 vezes: ”Tu não obedeceste a este meu mandamento”.Então respondi: ”Senhor jamais alguém me falou neste assunto”.
Em 1 de Janeiro de 1895, casei-me com Rosina Balzano salva também em nosso meio em princípio de 1892.
Como membro da administração da referida igreja, falei do batismo determinado nas escrituras e como o Senhor me ordenou obedece-lo.Todos se manifestaram contra mim, inclusive o pastor, ao qual eu tinha manifestado por carta que o Senhor me havia falado.
No ano de 1898, o Senhor salvou o irmão Giuseppe Beretta por meio dos metodistas livres americanos, o qual após algum tempo, uniu-se conosco, presbiterianos italianos.
Falei-lhe também muitas vezes, do citado batismo, mas no momento não lhe era dado compreender.Em princípio de setembro de 1903 nos encontramos em Elgin, ILL, (no local onde eu e o irmão G. Marin estávamos executando um trabalho), lhe falei novamente em presença deste, da necessidade de obedecer ao mandamento do nosso Senhor.
Então servindo-se Deus de outros meios, convenceu-se e 2 dias após, fez-se batizar mesmo em Elgin, por um irmão americano pertencente à igreja dos irmãos.Na ocasião lhe disse: Irmão Beretta, agora que sois batizado na próxima segunda-feira, dia 7 que é dia do trabalho, batizar-me-ás também.
Como o pastor se encontrava na Itália, competia a mim como ancião, presidir o serviço que se realizava no domingo, dia 6. Assim tive oportunidade de dizer ao povo o que eu sentia em meu coração e lhes falei: Após 9 anos que o Senhor me falou em obedecer ao Seu mandamento, amanhã com a ajuda de Deus, terei a oportunidade de obedecê-lo e se algum de vós quiser assistir venham ao Lake-front, de Chicago, em tal lugar às tantas horas.Vieram cerca de 25, dos quais, 18 obedeceram juntamente comigo.Fomos imersos pelo irmão G. Beretta.
Pouco tempo depois, o pastor (F. Grilli) voltou da Itália e no 1 domingo que nos reunimos, disse-lhe que eu desejava dirigir algumas palavras à irmandade antes de seu sermão, o que me foi concedido.Primeiramente perguntei a todos se eu havia feito alguma coisa errada, que testemunhassem; responderam que nada havia contra mim.Então exortei-os que, se quisessem ser participantes das promessas de Deus, seria necessário obedecê-lo conforme Sua palavra.Em seguida apresentei minha demissão de ancião, secretário e membro daquela igreja.Todos se maravilharam e pediram para que eu não os deixasse e eu lhes respondi que aquela decisão não era por mim premeditada, mas sim ordenada, por Nosso Senhor.
Aconteceu também, que aqueles que comigo obedeceram ao mandamento, quiseram abandonar a igreja, o que não julguei conveniente fazerem, todavia o fizeram.Foi necessário então, que nos reuníssemos em vários lugares pela necessidade dos que não sabiam ler.
Assim a primeira reunião foi em casa do irmão ancião N. Moles, na qual, eu fui eleito ancião.Nessa mesma ocasião, propuz os irmãos G. Beretta, e P. Menconi para dirigirem o serviço uma semana cada um; depois de algumas noites decidiu-se reunir em minha casa.
Em 2 de dezembro de 1903, embarquei para a Itália em visita à minha família.Regressando a Chicago em princípio de maio de 1904, encontrei estes irmãos cheios de si, e em contendas sem fim.Não sabendo como proceder resolvi pedir conselho ao Senhor e Ele respondeu que me separasse deles até que Ele (o Senhor) determinasse unir-me a eles novamente.Isto foi em outubro de 1904, separando-se comigo também as famílias N. Moles, Alberto di Cicco e alguns outros, nos reuníamos de casa em casa nos dias estabelecidos, e todos os domingos partia-se o pão, recordando a morte do Nosso Senhor.
Eis alguns dos preliminares da grande obra que o Senhor fez pelo Espírito Santo, na colônia Italiana.
Em fins de abril, de 1907, o Senhor me fez encontrar com um irmão americano, um dos primeiros a receber a promessa do Espírito Santo, em Los Angeles, no ano de 1906 e, por meio dele soube que na W. North Ave, 943, havia uma missão que anunciava a promessa do Espírito Santo e que o próprio pastor (W.H. Durham) a havia recebido.Na primeira semana freqüentei sozinho aquele serviço e o Senhor me confirmou que aquela era Sua obra.No domingo seguinte me acompanhou o resto do grupo.
No mês de Julho, a minha esposa foi a primeira a ser selada com o dom do Espírito Santo, falando em língua Sueca e a irmã Dora di Cicco foi a segunda falando em língua chinesa.Em 25 de agosto o benigno Senhor se comprazeu selar a mim também.
No dia 14 do mesmo mês, veio também o irmão Giovanni Perrou e perguntei-lhe se conhecia o evangelho e ele respondeu-me haver nascido no evangelho; perguntei-lhe também se tinha em si mesmo testemunha de ser salvo, e ele respondeu-me que não sabia, então o exortei a pedir perdão a Deus de todo o seu coração e depois buscar a promessa do Seu Espírito Santo; ele obedeceu prostrando-se de joelhos e naquele momento, o Benigno Senhor o lavou com Seu Sangue, e também o selou com a promessa do seu Espírito Santo.
Naquele momento se achavam presentes os irmãos G.Marin e A. Lencioni, tendo esse último se manifestado contrário; entretanto vendo como o Senhor operava sobre o irmão G. Perrou, seu conhecido, convenceu-se e buscou também a face do Senhor.
No inesquecível dia 15 de setembro do mesmo ano, na casa de oração da W. Grand Ave, 1139, o Senhor se manifestou no irmão A. Lencioni, e muitos dos presentes julgando que ele não se encontrasse em si, formaram um ambiente confuso por não discernirem a obra de Deus.Dois dos presentes vendo isso, vieram me chamar dizendo que fosse depressa onde eles se encontravam reunidos; antes de sair orei ao senhor que me determinou ir.Ao entrar naquele local, o Senhor me abriu a boca para falar no poder do Sangue do concerto eterno, e que só por Ele se pode permanecer em pé, na presença de Deus e obter as suas fiéis promessas.Imediatamente o Senhor se manifestou com a sua presença, selando os irmãos P. Menconi, A. Andreoni, A. Lencione e outros, e as maravilhas de Nosso Senhor, foram conhecidas e manifestadas a todos quantos vinham vê-las e o senhor convencia e os selava, jovens e velhos, e entre esses os irmãos G. Marin e Umberto Gazzari.
Quando voltei a congregação de W. Grand Ave, o irmão P. Ottolini abria o serviço e P. Menconi presidia.No terceiro serviço que tivemos, sucedeu que enquanto o irmão P. Menconi subia ao púlpito, o irmão P. Ottolini (guiado pelo Espírito Santo) falou em alta voz: “Irmão Menconi, pare; o Senhor me disse que enviou em nosso meio o irmão Louis Francescon para nos exortar”.E o irmão P. Menconi foi confirmado por Deus para ficar sentado no momento, depois também Deus se serviria dele.
E foi assim que, novamente, ocupei o lugar de ancião nessa igreja até 29 de junho de 1908.
Em fins de outubro, o Senhor enviou minha esposa a Los Angeles, Cal., a fim de dar o testemunho da promessa a família do irmão N.Moles, que residia naquela cidade à cerca de um ano antes da manifestação do Espírito Santo, resultando assim que também alguns deles foram selados e então se uniram com os irmãos americanos que ali, habitavam.Nessa ocasião recebemos a visita de alguns irmãos de Hulberton N. Y., que ouviram como o Senhor tinha operado em nosso meio.Após alguns dias foram também selados e voltaram as suas residências com essa confirmação em seus corações.Pouco depois vinha também o irmão G. Beretta que recebeu o dom de Deus.
Em princípios de dezembro o Senhor falou pela minha boca, dizendo: “Eu o Senhor, permaneci no meio de vós e se me obedecerdes e fordes humildes Eu mandarei convosco todos que devem ser salvos. Vos terei unidos por um pouco de tempo a fim de vos preparar, para depois mandar alguns de vós em outros lugares para recolher outras minhas ovelhas.Este é o sinal que vos dou para confirmar que vosso Deus é que vos falou.Este local será pequeno para conter as pessoas que chamarei.”
Logo depois dessas profecias um irmão sentiu-se de comprar mais 60 cadeiras, para juntar às existentes.
No domingo seguinte, todas as cadeiras foram ocupadas permanecendo algumas pessoas em pé.
Em princípios de janeiro de 1908, foi realizado um batismo para estes últimos e cerca de 70 obedeceram ao mandamento do Senhor.Depois o Senhor fez muitas curas milagrosas de doenças crônicas e incuráveis; desses casos citamos aqui 4 nomes: G. Lombardi, P. de Stefano, Lúcia Menna e Fidalma Andreoni.
O Senhor permitiu, entretanto que passássemos duras provas e perseguições, mas não fazíamos caso delas, porque a graça de Deus abundava em nossos corações e as suas promessas eram fiéis.

Em março do ano seguinte o Senhor fez saber a mim e ao irmão G. Lombardi que deixássemos os nossos trabalhos materiais, para nos dedicarmos inteiramente à obra que ele nos havia preparado; ambos nos encontrávamos em má situação financeira e cada um com 6 filhos menores;entretanto não tememos, certos de que o Senhor protegeria nossas famílias.
Essa revelação nos foi confirmada por meio do dom de interpretação de linguagem e isto muito nos consolou, dispondo-nos inteiramente à vontade do nosso Senhor.

Em 4 de setembro, por santa revelação e bem confirmado, embarquei de Chicago para a cidade de Buenos Aires, com o irmão G. Lombardi e Lucia Menna. Após algumas semanas eu e o irmão G. Lombardi fomos convidados pela família Michelangelo Menna, a ir a sua casa em San Cagetano, província de Buenos Aires, onde o Senhor operou das suas maravilhas.Em princípios de janeiro de 1910 voltei com o irmão G. Lombardi na cidade de Buenos Aires, onde foi aberta uma porta para a obra do nosso senhor, e também num subúrbio chamado Tigre.
Em 8 de março de 1910, por determinação do senhor, partimos direto a São Paulo (Brasil).No segundo dia de nossa chegada, divinamente guiados, encontramos no jardim da luz um italiano chamado Vicenzo Pievani (ateu) morador em Sto. Antônio da Platina, Paraná, e lhe falamos da graça de Deus.

Dois dias após, V. Pievani voltou a Sto. Antônio da Platina, e nós permanecemos em São Paulo até 18 de abril, quando então por vontade de Deus, o irmão G. Lombardi, partiu para Buenos Aires e eu para Sto. Antônio da Platina.Chegando aquele lugar, encontrei 2 italianos um dos quais era V. Pievani e o outro Felício A . Mascaro; sendo suas esposas e demais moradores daquele lugar brasileiros e de fé católica romana.
Para ir ao lugar onde o Senhor me ordenara, eu não tinha nenhum endereço a não ser o seguinte: V. Pievani, Sto. Antônio da Platina, Paraná.Havia só uma estrada de ferro que levava ao sul daquele estado, porém, Sto. Antônio da Platina achava-se ao norte e distante mais de 200 Km da estação mais próxima.

Meu coração duvidava em tomar aquela estrada, porém, me senti de ir a estação e consultar o mapa e o Espírito Santo me indicou a tomar a estrada de ferro sorocabana que percorria o estado de São Paulo, passando perto do norte do Paraná e sua última estação era Salto Grande.
Parti de São Paulo às 5:30 h, com uma terrível dor lombar que me impediu tomar alimento durante todo aquele dia.Cheguei a Salto Grande às 23 h e nesse lugar o Senhor me disse ter preparado tudo para mim, a fim de cumprir minha missão; e assim aconteceu, porém faltavam cerca de 70 km a cavalo, atravessando matas virgens infestadas de Jaguarás e outras feras existentes no lugar.Pela graça de Deus fiz esse resto de viagem com um guia indígena, chegando em Sto. Antônio da Platina, em 20 de Abril.

Outra dificuldade que encontrei foi não conhecer uma palavra do idioma português, e achar-me sem dinheiro e doente; Deus, porém, que tem todos os corações em suas mãos, me fez ver a primeira maravilha: ao chegar naquele local, encontrei na janela a esposa do italiano V. Pievanti tendo o senhor lhe dito: “Eis o homem que Eu vos enviei”.(note-se que eu não era lá esperado).Assim fui recebido em sua casa e poucos dias depois, o Senhor comprazeu-se em abrir seus corações e de mais 9 pessoas.Foram batizadas na água 11 pessoas e confirmadas com sinais do Altíssimo.
Estas foram as primícias da grande obra de Deus naquele país.
Logo após o inimigo procurou trabalhar para desfazer aquela obra mas, foi em vão o seu trabalho.

O resto do povo daquele lugar sabendo da minha chegada e da minha missão, juraram matar-me, tendo como chefe um sacerdote.Isto teria sucedido se Deus não interviesse com seus meios.O Senhor me fez saber de permanecer lá até 20 de junho; nessa prova eu estava pronto a me entregar aos inimigos a fim de poupar a vida aos poucos crentes que o senhor havia chamado.Deus é testemunha disso, como também os irmãos que lá vivem.
Parti de Sto. Antônio da Platina, em 20 de junho, com destino a São Paulo.Apenas chegando aquela capital, o Senhor permitiu abrir uma porta resultando que cerca de 20 almas aceitaram a fé e quase todas provaram a divina virtude.Uma parte eram presbiterianos, outra batistas e metodistas e alguns católicos romanos.Alguns foram curados e outros selados com o bendito dom do Espírito santo.
Até agora o Senhor me enviou 9 vezes ao Brasil, e todas as vezes tenho notado maior progresso no meio deles, quer espiritual, quer material.
Eis como o benigno Deus começou a Sua obra.Pelo batismo da água, segundo o mandamento do senhor Jesus, fomos tirados das seitas humanas e de suas teorias; pelo Dom do Espírito Santo ela foi animada e engrandecida, nada mais havendo necessidade de acrescentar, pois os resultados falaram e ainda falam desta maravilhosa obra feita pela potente mão de Deus e só a Ele seja dada glória eternamente

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LUCIMARA RIBEIRO MARINI ( Administrador )

CARTA ESCRITA POR NOSSO IRMÃO LOUIS FRANCESCON

A IGREJA......

LOUIZ FRANCESCON Nº 311, N. LOMBARD AV. OAK PARK, Ill - U.S.A.

FEVEREIRO 3, 1954

DEUS SEJA LOUVADO
Louis Francescon aos meus amados irmãos na fé apostólica, reunidos na Rua Visconde de Parnaíba, 1616 em São Paulo, nos dias 15 e 17 de abril do corrente ano, para tomar ciência do relatório do andamento da Obra do nosso Senhor no querido Brasil, no ano de 1953 pp. A paz de Deus reine em vossos corações.

Agradeço ao pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que me concede vos enviar esta carta para vos recordar a graça que temos igualmente recebida do Piedoso Deus, por meio da morte e ressurreição de Seu Amado Filho, a Quem Ele não poupou a fim de que a Sua promessa tivesse o Seu cumprimento e o Seu nome fosse glorificado por Seus santos para sempre. Agora por meio das Sagradas Escrituras sabemos como pode vir manifestado o amor de Deus aos que estão longe da Sua Graça, enviando Seu Unigênito Filho a esta terra com uma natureza humana, dando-nos por meio d’ela o verdadeiro exemplo de humildade e também nos ensinando como Seu Pai pode ser manifestado a todos os filhos dos homens, a saber, observando os Seus mandamentos, em particular o Seu Novo, desta dispensação de graça aos Seus discípulos, que consiste em amar uns aos outros como Ele (Jesus) os tem amado também.

Os que são salvos por Cristo Jesus, com Ele recebem também o Pai que O enviou a esta terra para dar vida eterna a todos os que crêem e O aceitam como Único Salvador, pelo Qual Deus foi glorificado pela sua inteira consagração; é só por Jesus, Seu Unigênito Filho, que o Pai recebe a glória que lhe é oferecida pelos Seus crentes e, eles, pois como filhos adaptados por Cristo, herdarão ao fim com Ele todas as promessas de Deus pai, se lhe permaneceres fiéis até a morte.

Sabemos também que a Igreja de Deus Vivente, vem sempre formada pelos que Ele chama a fazer parte d’Ela, sendo então esses confiados a Seu Filho, para por Ele usufruir e compreender sempre mais o amor de Deus, e o Seu querer; com isso eles ficam ligados em uma íntima comunhão uns com os outros pela sorte que lhes coube de serem feitos membros do corpo de Cristo, sendo Ele próprio a cabeça desse corpo glorioso, Quem governa todos os membros com um só espírito.

Isso vem explicado na segunda parte do cap. 12 da primeira carta aos Coríntios e nós por essa parte da palavra de deus, vemos claro que todos os membros precisam da cooperação uns dos outros que integram o mesmo corpo, para poder cada um exercer a ação na sua parte de virtude com os demais membros do próprio corpo.

Portanto vigiai para que não entre em nenhum de vós um espírito de independência, cuidando que se possa servir a nosso Senhor sem depender uns dos outros membros do corpo. Logo tal crença do homem já manifesta um orgulho contrário à humildade, à fé e doutrina apostólica, espírito esse que gera contenda que destroem a paz no povo, produzindo dissensões que formam partidos e criam seitas novas, provocando escândalos, perdendo-se assim o bom testemunho que o mundo quer ver em cada um de nós.

Essas obras perversas só serão produzidas por aqueles que se afastam do corpo de Cristo que é um só; eu sou uma testemunha desse mal e por isso não paro de vos exortar a permanecer firmes na celestial vocação, resistindo ao diabo, pai de todos os soberbos e rebeldes.

Sabendo vós também que não há outro caminho que conduz á glória eterna além deste no qual nos achamos.

Para esse fim é assim mui necessário que todos vos reúnam anualmente, não só por uma formalidade da lei, quando determina um relato do movimento anual da Congregação, porém maiormente para virdes sempre mais fraternizados e preparados para suportar-vos uns aos outros nos combates que pode se levantar contra a doutrina que tendes abraçado por graça alcançada do Bondoso Deus, para assim vir defendida por vós Seus filhos que sois também chamados para serem as Suas testemunhas até a volta de nosso Redentor.

Só irmanados nessas reuniões é que vós podeis honrar e amar uns aos outros e também estar prontos para impedir que o mal entre no meio de vós. Se vós achardes em comunhão podereis estar sempre em comunicação por meio de cartas e circulares quando algum do meio de vós vem seduzido por satanás.

Porque esses também têm que aparecer os quais anunciarão estranhas doutrinas contrárias a fé Apostólica. Os tais devem ser reprovados, assim como outros males que queiram criar raízes no meio de vós, deveis impedi-los por meio de vossa unidade e amor à obra de nosso Senhor.

Para com os de fora já estais imunizados; espero que nosso celestial pai vos dê de perceber sempre mais a importância dessas reuniões anuais, que foi Ele mesmo Quem ordenou.

Até esta data foram levadas a efeito na Capital de S.Paulo, mais central para todos e, também porque há em S.Paulo mais e melhores meios para acomodar os que vêm de fora; porém ninguém venha tentado a julgar que S.Paulo ao fim chegue a ser uma nova Roma. Vos digo que Cristo é a nossa Única cabeça e aquele juízo não pode ocorrer porque Ele é o Dono do Universo e se tardar a vir, poderá permitir outras localidades para tal fim, se quiser: porém no momento é necessário vos acomodar em S. Paulo como no passado, com mais alegria e agradecimento a Deus, por aquilo que tem feito e que irá fazer por vós o nosso celestial pai, até a volta de Seu Amado Filho Nosso Senhor Jesus Cristo, almejada por toda a Igreja remida e santificada pelo sangue do concerto eterno.

Pode ser que esta seja minha última carta para essas reuniões anuais; eu me sinto livre perante todos vós, porque vos tenho servido fielmente naquele pouco conhecimento que o Senhor me tem confiado. Nunca busquei o que é meu, porém só esforcei-me em achar-me aprovado do Senhor, como Seu servo, e nada mais. Tenho considerado a Sua rica graça que Ele quis doar-me com os Seus eleitos; apreciando-a acima de todas as cousas deste mundo; boas oportunidades me foram apresentadas nas cousas desta vida, para usufruí-las, porém não estando elas de acordo à palavra de Deus, pelo Seu temor as recusei e nunca me faltou o pão de cada dia.

Com alegria a de um só par e sentimento com minha fiel esposa aceitamos a condição do Nosso Senhor, sem desanimarmos pelo que se apresentava contra nós neste caminho. Hoje minha única propriedade consiste em uma cova á direita de minha falecida esposa, com uma viva esperança que ao soar da trombeta de nosso amado redentor, ao Qual servimos juntos “com sacrifícios” nesta terra de vaidade, ouviremos a Sua bendita voz de conforto, tirando-nos fora do túmulo, para então irmos encontrar com Ele na nuvem da Sua glória junto a todos os Seus fiéis para assim contemplar perenemente toda a Sua formosura. Aleluia.

O inimigo da Verdade procurou muitas vezes tirar-me esta vida material, mas o meu Senhor aniquilou sempre os teus aguilhões e me amparou até esta data, dando-me longa vida para alegrar-me vendo a Sua milagrosa Obra junto com Seu povo, ao qual pertenceis também vós da parte de Deus, queridos amados do Brasil.

Eu vos saúdo no seu amor com as vossas queridas famílias e irmandade que representais nesta reunião, ao voltardes ao campo que o Senhor vos colocou em atividade espiritual. Orai por mim. Amém.

Vosso irmão que vos ama e estima na graça de Deus que temos alcançado pela fé em Cristo Jesus Redentor e Senhor nosso, o qual foi exaltado em eterno, para ser louvado junto ao Deus dos exércitos Celestiais, por ter vencido o autor de todos os males desta vida.

Louis Francescon

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LUCIMARA RIBEIRO MARINI ( Administrador )

TOPICO ASSEMBLÉIA DE 1969- CONSELHO DEIXADO PELO IR. LOUIS FRANCESCON.

TOPICO. ASS. 1.969

Dentre as muitas revelações que Deus deu a seu servo, irmão Ancião Louis Francescon, transcrevemos a seguinte, que encerra profundo ensinamento doutrinal:
“O AMOR A SI PRÓPRIO É UM ÍDOLO QUE ESTÁ NO CORAÇÃO DO HOMEM E QUE O IMPEDE DE AMAR A DEUS E A SEU PRÓXIMO. TRANSGREDINDO, ASSIM, OS DOIS PRIMEIROS GRANDES MANDAMENTOS QUE ABRAÇAM TODA A VONTADE DO ETERNO DEUS. OS QUE RECEBEM DONS ESPIRITUAIS SÃO PROVADOS POR ESSAS DIFERENTES FRAQUEZAS DA NATUREZA HUMANA. PRIMEIRO: O ORGULHO CAUSADO PELO PRÓPIRO POVO, QUE PÕE OS OLHOS SOBRE A PESSOA QUE TEM O DOM. E NESTE CASO, DEUS A REPROVA, POIS ELE REJEITA O HOMEM DE CORAÇÃO ORGULHOSO E DE OLHOS ALTIVOS. - SEGUNDO: SÃO TAMBÉM PROVADOS POR INVEJA E CRITICADOS; PERSEGUIDOS SEM CAUSA, E ESTA PROVA VEM PARA VER SE A PESSOA BUSCA A SUA PRÓPRIA RAZÃO OU VINGA-SE, SENDO NESTE CASO VENCIDA, PORQUE NÃO ESPEROU A RAZÃO PROMETIDA PELO SEU SENHOR. A QUEM PERTENCE A VINGANÇA. ESCRITO ESTA: “O ENTENDIMENTO DO HOMEM RETÉM A SUA IRA; E SUA GLÓRIA É PASSAR SOBRE A TRANGRESSÃO” - (PROVÉRBIOS 19:11).

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LUCIMARA RIBEIRO MARINI ( Administrador )

FORAM 73 ANOS DE MINISTÉRIO NA IGREJA........LEVANDO AS BOAS NOVAS
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