Discussão: ➙ Pαlαvrαs Soltαs - Fernαndα Young

➙ Pαlαvrαs Soltαs - Fernαndα Young

Cнαrмαιɴe Grey Devereaux ( Administrador )

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Fernanda Maria Young de Carvalho Machado (Niterói, 1 de maio de 1970 — Paraisópolis, 25 de agosto de 2019) foi uma roteirista, escritora, apresentadora, atriz, autora e diretora brasileira. Sua formação literária foi em parte constituída durante a travessia da baía de Guanabara em barcas ou ônibus. Dedicou-se aos livros na busca de aperfeiçoamento, influências e distração. Interrompeu os estudos após a conclusão do ensino fundamental, posteriormente concluindo o médio por meio de um supletivo de seis meses. Frequentou a faculdade de Letras da Universidade Federal Fluminense, sem chegar a se formar. Ainda viria a cursar Jornalismo na Faculdade Hélio Alonso e, depois de mudar-se para São Paulo e iniciar sua carreira de escritora, virar aluna de Rádio & Televisão na FAAP, mas não terminaria nenhum dos cursos. Fernanda teria jurado nunca mais pisar em um campus universitário após as experiências, mas antes de falecer, estava cursando Artes Plásticas na FAAP. Em 1995 estreou como autora no seriado A Comédia da Vida Privada, da Rede Globo. No ano seguinte, Fernanda lançou seu primeiro romance, Vergonha dos Pés, que já tem mais de 15 edições. No ano seguinte, lançou À Sombra de Vossas Asas, que conta a história de amor, obsessão e vingança entre o fotógrafo Rigel (que reaparece no livro Aritmética) e da aspirante-a-top-model Catarina, que teve os direitos comprados por uma produtora de Hollywood interessada em fazer um filme da história. Fernanda era portadora de asma desde sua infância, sempre fazendo tratamento, mas devido a uma crise asmática intensa e repentina, faleceu no dia 25 de agosto de 2019, aos 49 anos. A artista estava hospedada no sítio de sua família, em Gonçalves, Minas Gerais, onde sempre ia para visitá-los e descansar em meio a natureza. Após passar mal e desmaiar no quarto, foi chamada a ambulância, que a levou para o hospital mais próximo, localizado na cidade de Paraisópolis, tendo morrido vítima de uma parada respiratória, que causou uma parada cardíaca, durante a madrugada, pouco mais de uma hora depois de sua internação na UTI. A escritora foi sepultada no Cemitério de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, cidade onde vivia há quinze anos.


editado por: dono da comunidade


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Nos meses de outono eu varro a sua varanda, para deitarmos debaixo de todos os planetas.

(Fernanda Young)


Todos tem direito a fazer umas merdinhas na vida. Sem fazer merdas na vida, você não viveu, você só cumpriu o tempo.

(Fernanda Young)


Não se soma à alma aquilo que não é capaz de entrar dentro dela. E alma só se preenche com silêncio, algum poema, um conselho que, de bom, foi esquecido, beijo de mãe quando se dorme, uma reza sincera ao anjo da guarda, um amor que é eterno e raro de se achar.

(Fernanda Young)


Todos temos o mundo aos nossos pés - poucos são os que se dão conta disso.

(Fernanda Young)


E a pergunta que me vem, em tom de agradecimento, é: por que será que você aconteceu na minha vida? Não espero respostas, mas deixo-me aos seu cuidados.

(Fernanda Young)








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Tenho várias razões pra enfrentar essa nova empreitada, mas reconheço que o meu desejo maior é aprender.

(Fernanda Young)


Uma das coisas mais difíceis, para o Homem, é ele se dar conta de que não é mais amado. Um tipo estranho de amor-próprio o estimula a crer que tudo aquilo não passa de um grande mal-entendido. “Ela vai cair na real e ver que esse ódio vai passar. Porque ela ainda me ama. É só a poeira assentar…

(Fernanda Young)


Os homens são desiguais. Sim. Eles são desiguais. As cores os tornam diferentes. As raças. As religiões. O Ocidente e o Oriente. As línguas. Os sexos. Só a loucura os iguala. A loucura e o amor. O que dá no mesmo.

(Fernanda Young)


Não gosto de perder as minhas coisas, você sabe. E hoje, cercada pela sua ausência, procuro o que procurar. Experimentando o desânimo da busca desiludida. Pois, se um amor como aquele acaba dessa maneira, vale a pena encontrar um outro? Será inteligente apostar tanto de novo?

(Fernanda Young)


Sou obsessiva. Completamente. De certa forma, creio que essa característica tenha me ajudado a ser quem sou, mas ela é burra no que se refere ao amor. Eu quero que o outro - qualquer um, qualquer um mesmo, quando esse um está disfarçado em nomes próprios - tenha a noção de como seria incrível viver aquele um-pouco-mais comigo.

(Fernanda Young)








Cнαrмαιɴe Grey Devereaux ( Administrador )

Porque amar é mais importante até que ser amado, amar faz com que a gente tente ser melhor para conquistar o outro e acaba conquistando o mundo.

(Fernanda Young)


Quantos dias perdi você, olhando para mim, dentro do seu corpo.

(Fernanda Young)


Eu? Eu não sou apenas boa. Sou uma pessoa muito bonita, generosa e linda - e quem agüentar, agüentou. Como prêmio terá o meu amor. Saberá da minha verdade. Dará boas gargalhadas, mas terá que suportar uma boa dose daquilo que sinto. Pois, apesar de tudo ser diversão, nada é simples. Nada é pouco quando o mundo é o meu.

(Fernanda Young)


… E, mesmo assim, estarei sempre pronta para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vez amarei. E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida.

(Fernanda Young)


Tratar o outro como uma pilha de cristais finos. Pois o ser humano é um amontoado de traumas. E cada um desses traumas merece atenção e tato, quase tratamento especial. Daí se faz a intimidade máxima: um conhece os problemas emocionais do outro, muito mais do que as suas mães ou os seus analistas jamais conheceram.

(Fernanda Young)








Cнαrмαιɴe Grey Devereaux ( Administrador )

Quando vou ao banheiro e olho-me no espelho. Quase acredito ser uma boa atriz. É tudo mentira! Um batom, um perfume e vestidos me levariam ao shopping. A um bar. A um beijo. O problema é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente. O problema é que sou tola e carente, mas não me deixo enganar, se eu pudesse pedir um só pedido seria: pára! Pára esse carro em minha cabeça! Quero descer, estacionar, bater num poste. Não mais delirar, nem sentir no corpo esse seguir sem descanso, atrás de sutilezas que não podem ser descritas.

(Fernanda Young)



Cнαrмαιɴe Grey Devereaux ( Administrador )

Mulheres são assim depressivas. Pois transformam simples vontades em necessidades vitais e, diante de uma transitória impossibilidade, distorcem as sensações até torná-las insuportáveis. Uma espécie de TPM zodiacal, algo meio físico, meio metafísico, energético, quem sabe, bioquímico, com certeza, que lhes ataca as idéias, enlouquecendo-as. E, por uns segundos, ela pensa em se jogar na frente de uma Kombi que está vindo.

_Fernanda Young_






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E não há paisagem que seja mais linda do que o rosto do seu amor. Não há pôr-do-sol que valha desviar seu olhar do dela. Eu te amo. Eu também te amo. Eu te amo mais. Impossível. Eu te amo o mundo. Eu te amo o universo. Te amo tudo aquilo que não conhecemos. E eu te amo antes que tudo o que nós não conhecemos existisse. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo mais do que a mim. ‘Já conheço os passos dessa estrada’… E, mesmo assim, estarei sempre pronto para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vez amarei. E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida.

_Fernanda Young_






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Eu te amo. E não seria metade do que sou sem você, juro. É seu ódio profundo que me dá forças para continuar em frente, exatamente da minha maneira. Prometa que nunca vai deixar de me odiar ou não sei se a vida continuaria tendo sentido para mim. Eu vagaria pelas ruas insegura, sem saber o que fiz de tão errado. Se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito. Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço. Ainda mais quando é enfática como a sua – todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você. E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos. Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que “negativo” significa o melhor resultado possível. Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar – cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco. Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando. Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração. Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor. E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas: Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo. Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado. Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica. Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso. Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido – e me odiaria ainda mais.

Com amor, da sua eterna.

_Fernanda Young_






Cнαrмαιɴe Grey Devereaux ( Administrador )

O meu cheiro te acolherá com toques de lavanda – Em mim há outras mulheres e algumas ninfetas – Depois plantarei para ti margaridas da primavera e aí no meu corpo somente você e leves vestidos, para serem tirados pelo total desejo de quimera. Os meus desejos irei ver nos teus olhos refletidos. Mas quando for a hora de me calar e ir embora sei que, sofrendo, deixarei você longe de mim. Não me envergonharia de pedir ao seu amor esmola, mas não quero que o meu verão resseque o seu jardim. (Nem vou deixar – mesmo querendo – nenhuma fotografia. Só o frio, os planetas, as ninfetas e toda a minha poesia)

_Fernanda Young_





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