Discussão: NECROMANCIA

NECROMANCIA


Jaque Amaral ( Administrador )

A palavra “Necromancia” tem sua raíz no Grego “Nekrosmanteia”, onde “Nekros” = Morto e “Mancia” = estudo/divinação. Conhecida como “A mais negra das artes”, chegando até mesmo a ser mencionada e condenada na bíblia cristã, a Necromancia consiste no contato com seres mortos e com a energia da morte. Apesar de ter ficado famosa em “games” e filmes, a realidade do sistema difere bastante do que vemos na ficção. Ou seja, não espere encontrar aqui receita pra levantar um esqueleto da tumba…

O que é?

A Necromancia em sua essência consiste de três pontos principais: A evocação de espíritos mortos, ou seja, entidades que tenham sido encarnadas a relativamente pouco tempo; a Divinação através da Morte e por fim, a utilização da energia da Morte (do momento do desprendimento ou residual) para se obter determinado fim.

Não se sabe ao certo onde e nem quando essa Arte teve origem. O ser humano sempre questionou-se sobre a morte, chegando a antropomorfiza-la de diversas formas, de acordo com sua cultura. Os antigos Gregos temiam e adoravam Hades, e prestavam honrarias a Caronte após a morte para que o barqueiro levasse as almas em segurança até seu destino. Os Egípcios tinham um culto a morte especialmente intenso, com a preservação do corpo e uma extensa preparação para o pós-vida, onde passariam por um árduo julgamento. A cabeça de Chacal do Deus Anúbis teve origem justamente do animal que devorava os cadáveres que não eram enterrados, mas largados no deserto.

O que NÃO é?

Sendo um sistema que trabalha com a Morte, ao contrário do que muito se propaga por aí, não envolve evocações Goéticas e muito menos trabalhos ligados as egrégoras do “Necronomicon” do Lovecraft, justamente por tais entidades jamais terem sequer nascido, muito menos passado pela desencarnação.

Usando a energia da Morte:

No momento que ocorre a separação entre alma e corpo, uma onda de energia é liberada, impregnando desde o ambiente até o corpo em si. Isso faz com que locais onde mortes ocorrem fiquem densos e “pesados”, se tornando ótimos locais pra prática desse tipo de magicka. Os resíduos dessa energia permanecem no cadáver, na terra do cemitério e em outros elementos diversos utilizados em rituais necromânticos. É a manipulação dessa energia que dá a base fundamental dessa Arte, e obviamente isso não é fácil e nem algo exatamente recomendável. Exige um domínio absurdo sobre si mesmo e sobre manipulação energética. E lógico, como tudo na vida, traz consequências. A contaminação com frequência da “morte” pode gerar atração descontrolada por cadáveres, necrofilia, necrofagia, e até mesmo levar a um desejo incontrolável de experimentar pessoalmente a “passagem”.

Necromancia como Divinação

É o uso mais frequente – e historicamente o mais importante. Diversos povos utilizavam as formas de necromancia divinatória para decidir o futuro de nações inteiras, se haveriam ou não guerras, quem seria o próximo monarca, etc. Entre essas formas estavam a “Antropomancia”, que incluía a realização de um sacrifício humano, a Aurospicina, que era a divinação nas entranhas de animais e a mais utilizada até hoje, a Osteomancia, onde um oráculo de ossos é feito e de acordo com a posição das peças marcadas jogadas no tabuleiro, um resultado é indicado.

Existe também a divinação diretamente com espíritos de falecidos, também largamente usada.

Fonte: Arauto do Chaos.


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