
Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês; pois isso é o que querem dizer a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas. Mateus 7:12
Celinha estava trancada dentro do quarto, chorando com a cabeça debaixo do travesseiro. Os amigos na escola estavam sendo cruéis com ela. Caçoavam da cor de sua pele, de seu peso e tipo de cabelo.
No colégio, Celinha fingia não se importar. Às vezes, retrucava com ar superior, dando alguma resposta à altura. Frequentemente ficava em silêncio ou afastava-se do grupo que a estava ofendendo.
No íntimo, a realidade era bem diferente. Quando voltava para casa, na privacidade de seu quarto, ela chorava. Esforçava-se para mudar a própria imagem, tentando novos penteados diante do espelho, alimentando-se pouco e fazendo exercícios. Tudo, porém, parecia inútil. Dia após dia, os apelidos e xingamentos dos colegas de sala apenas aumentavam. Ir à escola estava se tornando uma verdadeira tortura.
Ao ouviu soar o alarme de mensagem do Facebook, Celinha levantou a cabeça do travesseiro.
“Olhe este vídeo”, dizia uma amiga que lhe mandava um link do YouTube. Mesmo sem querer assistir, Celinha acessou o endereço e viu a imagem de uma garota muito nova, de rosto rechonchudo, dando dicas curiosas sobre como enfrentar o bullying na escola. “Você é uma princesa”, dizia a garota no vídeo, encerrando com: “Você é gordinha e pode emagrecer. Eu tenho dó deles, que nasceram feios e não podem ficar bonitos!”
Celinha riu, não só pelo que viu, mas por saber que tinha uma amiga no colégio que sabia o que ela sentia e se preocupava com isso.
Apelidos e deboches são artifícios de quem precisa diminuir os outros para se sentir grande. Quem afronta outra pessoa se esquece de quanta dor pode gerar com esse gesto. O ofendido sofre e tem sua autoestima prejudicada.
Jamais ignore o fato de que somos todos iguais e de que não temos o direito de insultar nossos semelhantes. Ferimos pessoas quando as apelidamos. Procure sempre promover bons sentimentos no seu próximo e não o machuque com palavras.
Aquela pessoa que você ofende é a mesma que chora escondida no quarto, completamente triste em razão de suas ações. Lembre-se de que você não gostaria de ser tratado assim; portanto, não aja dessa maneira.