
Enquanto não confessei o meu pecado, eu me cansava, chorando o dia inteiro. Salmo 32:3
Havia lágrimas no rosto de Carla, que foram enxugadas com uma das mãos. Estava magra, e suas roupas sujas destoavam do ambiente bonito e bem arrumado em que estava.
− Tome um pouco do chá – disse o pai enquanto sentava-se em silêncio. Depois de alguns minutos, ele perguntou: – Por que você faz isso?
− Para machucá-lo! – Carla respondeu, expressando o ódio que remoía dentro de si. Era uma jovem revoltada que nunca aceitara os limites, a justiça, e o amor do pai. Queria ser livre e viver do “seu” jeito. O pai sempre fora contra algumas de suas atitudes e ela, vendo isso, afastara-se ainda mais. Fugiu de casa e entregou-se aos prazeres do mundo. Feriu-se muito, pois se envolveu em muitas experiências ruins. Agora estava fraca, doente, sem dinheiro e sem perspectiva de futuro. Ela foi até a casa do pai para mostrar-lhe como estava mal, e para magoá-lo com isso.
− Dói vê-la assim, filha! Às vezes, eu choro por suas escolhas. Há noites em que acordo e fico pensando onde está a minha menina. Quando você sair por aquela porta, vou chorar de novo... – Nesse momento, a voz de seu pai embargou, e ele não conteve as lágrimas. Então, respirou fundo e continuou:
− Eu sei que, em algum momento, você não voltará mais, e vou precisar buscar seu corpo morto em algum desses “buracos” em que você se enfia. Filha, embora me machuque com tudo o que faz, gostaria de lhe falar que a maior prejudicada com tudo isso é você. No fim, é a sua vida que será destruída.
Certo dia, assisti a um sermão em que o pregador disse: “O problema não é o que meu pecado causa em Deus. O problema é o que meu pecado causa em mim.”
Deus sente muito quando alguém peca. O Criador gostaria de salvar a cada um dos Seus filhos, mas há aqueles que não querem a redenção. Assim, o maior prejudicado pelo pecado é o próprio pecador; pois sua vida será, aos poucos, consumida pela transgressão.
Não destrua sua vida! Jesus o ama muito e quer ajudá-lo a viver feliz.