Por favor, perdoe a maldade e o pecado dos seus irmãos, que o maltrataram. Gênesis 50:17

Dois meninos brincavam na caixa de areia do parque do bairro. Eram tão semelhantes que pareciam irmãos. Remexiam na terra, formando montes e chamando-os de castelos.

− Vamos, filho – disse Vítor, o pai de um dos meninos.

O pequeno se levantou e bateu a areia do corpo.

− Você não pode ir embora sem terminarmos – reclamou o amigo.

O outro garoto se levantou, e ambos se olharam. Deram um sorriso travesso e gritaram, pisoteando os castelos:

− Gigantes! Gigantes! Gigantes! – destruindo os montes de areia. Então, eles se abraçaram e se despediram.

O menino pegou na mão de Vítor, seu pai, e caminharam em direção à saída do parque. No meio do caminho, o filho parou e apontou para um banco distante, onde estava sentado o pai de seu amiguinho que a tudo acompanhava.

− Você não vai se despedir do pai de meu melhor amigo?

Vítor olhou para o homem sentado quase do outro lado do parque. Respirou fundo, caminhou até lá e ficou diante dele. O homem se levantou, e os dois se abraçaram fortemente. Ambos choraram. Eram tão semelhantes que pareciam irmãos... De fato, eram irmãos que estavam brigados havia muito tempo. Agora, numa ocasião inusitada, estavam abraçados, reconciliando-se.

É difícil perdoar, mesmo pessoas que amamos. É complicado restaurar relacionamentos. É custoso voltar a amar. A reconciliação poderia ser mais simples, como é para uma criança que às vezes briga com um amigo, mas logo está brincando com ele novamente.

Pais e filhos, esposas e maridos, irmãos e amigos brigam e, alguns deles, nunca mais voltam a se falar, ou ficam com o relacionamento ferido para sempre. Um orgulho gigante destrói seus relacionamentos.

O texto de hoje foi retirado da história de José, o herói bíblico que foi traído por seus irmãos e vendido como escravo. Após muito tempo, ele se tornou governador do Egito e se reencontrou com os irmãos. Foi um grande evento, com arrependimento, abraço, choro e reconciliação.

Não sei se você guarda rancor de alguém; mas, se este for o caso, eu o convido a perdoar e abraçar essa pessoa. Não perca seu tempo, reconcilie-se hoje com ela. Isso fará bem a ambos.