Discussão: História

História

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Época Baixa

Sem planos de conquista permanente, os assírios deixaram o controle do Egito para uma série de reis vassalos que se tornaram conhecidos como reis Saite da XVI dinastia. Até 653 a.C., o rei Psamético I foi capaz de expulsar os assírios55 com ajuda de mercenários gregos, que foram recrutados para dar forma a primeira marinha do Egito. A influência grega expandiu-se muito com a cidade de Náucratis que se tornou o lar dos gregos no Delta. Os reis Saite com base na nova capital de Saís testemunharam um ressurgimento breve, da economia, sociedade e cultura,55 mas em 525 a.C., os poderosos persas, liderados por Cambises II, começaram sua conquista do Egito, eventualmente, capturando o faraó Psamético III55 na Batalha de Pelusa. Cambises II, em seguida, assumiu o título formal de faraó, governando o Egito de Susa, deixando o Egito sob o controle de uma satrapia. Poucas revoltas bem sucedidas contra os persas marcaram o Egito no século V a.C., mas nunca foram capazes de derrubar definitivamente os persas.56

Após a sua anexação pela Pérsia, o Egito juntamente com Chipre e a Fenícia foram aglomerados na sexta satrapia dos persas aquemênidas. Este primeiro período de domínio persa sobre o Egito, também conhecido como XXVII dinastia, terminando em 402 a.C., e de 380-343 a.C. a XXX dinastia governou como a casa real nativa do Egito dinástico, que terminou com o reinado de Nectanebo II. Uma breve restauração do domínio persa, às vezes conhecida como XXXI dinastia, começou em 343 a.C., mas pouco depois, em 332 a.C., o governante persa Mazaces entregou o Egito sem luta para Alexandre, o Grande.57


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Dinastia Ptolomaica

Em 332 a.C., Alexandre, o Grande conquistou o Egito com pouca resistência dos persas e foi bem recebido pelos egípcios como um libertador.58 A administração estabelecida pelos sucessores de Alexandre, os Ptolomeus, foi baseada no modelo egípcio com a capital estabelecida na recém-erigida Alexandria.58 A cidade foi para mostrar o poder e o prestígio do governo grego, e se tornou um lugar de aprendizado e cultura, centrada na famosa Biblioteca de Alexandria.59 O Farol de Alexandria iluminou o caminho para os muitos navios que mantiveram comércio com a cidade, como os Ptolomeus faziam comércio e as empresas geradoras de receitas, como a fabricação de papiros, a sua principal prioridade.60

A cultura grega não suplantou a cultura egípcia, com os Ptolomeus apoiando as tradições antigas58 em um esforço para garantir a lealdade da população. Eles construíram novos templos em estilo egípcio, apoiados pelos cultos tradicionais, e retratando-se como faraós.58 Algumas tradições fundidas, como os deuses gregos e egípcios sincretizados em divindades compostos, tais como Serápis, e formas clássicas da escultura grega influenciando tradicionais motivos egípcios. Apesar de seus esforços para apaziguar os egípcios, os Ptolomeus foram desafiados pela rebelião nativa, amargas rivalidades familiares e a poderosa máfia de Alexandria, que havia se formado após a morte de Ptolomeu IV.61 Além disso, como Roma foi uma forte importadora de grãos do Egito, os romanos tomaram grande interesse pela situação política do Egito. Contínuas revoltas egípcias, políticos ambiciosos e poderosos oponentes sírios tornou a região instável, levando Roma a enviar forças para proteger o país como uma província de seu império.62


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Domínio romano
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Um dos retratos de Fayum, uma das tentativas de unir as culturas egípcia e romana.

O Egito tornou-se uma província do Império Romano em 30 a.C., após a derrota de Marco Antônio e Cleópatra VII por Otaviano (posterior o imperador Augusto) na Batalha de Áccio.58 Os romanos dependiam fortemente das remessas de grãos do Egito, e o exército romano, sob o controle de um prefeito nomeado pelo imperador, reprimiu revoltas, aplicando estritamente a cobrança de pesados impostos, e impediu os ataques de bandidos, que havia se tornado um problema notório durante o período.63 Alexandria se tornou um centro cada vez mais importante na rota de comércio com o Oriente, como luxos exóticos que estavam em alta demanda em Roma.64

Embora os romanos tivessem uma atitude mais hostil do que os gregos para os egípcios, algumas tradições, como a mumificação e o culto dos deuses tradicionais continuaram.65 A arte de retratar as múmias floresceu, e alguns dos imperadores romanos tinham-se retratado como faraós, embora não na medida dos Ptolomeus. Os primeiros moravam fora do Egito e não desempenharam funções cerimoniais da realeza egípcia. A administração local tornou-se romana em grande estilo e fechando os nativos egípcios.65

A partir de meados do século I d.C., o cristianismo se enraizou em Alexandria, sendo visto como outro culto, que poderia ser aceito. No entanto, era uma religião inflexível que procurou ganhar pessoas para converter do paganismo ameaçando as tradições religiosas populares. Isso levou à perseguição dos convertidos no cristianismo, que culminou com o grande expurgo de Diocleciano a partir de 303, mas, eventualmente, o cristianismo venceu.66 Em 391 o imperador cristão Teodósio I introduziu uma legislação que proibiu ritos pagãos e os templos foram fechados.67 Alexandria tornou-se palco de grandes protestos antipagãos, com público e imagens privadas destruídas.68 Como consequência, a cultura do Egito pagão estava continuamente em declínio. Enquanto a população nativa continuou a falar sua linguagem, a capacidade de ler e escrever hieróglifos desapareceu lentamente com o papel dos sacerdotes e sacerdotisas dos templos egípcios diminuindo. Os templos eram, às vezes convertidos em igrejas ou abandonados no deserto.69


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Períodos da história do Antigo Egito

Os historiadores dividem a história do Antigo Egito em vários períodos, baseando-se em dois critérios. O primeiro fundamenta-se no sistema de Manetão, um sacerdote egípcio do século III a.C., autor de uma história do Egito, na qual dividia os soberanos do país em trinta dinastias. A outra divisão habitual é em três períodos principais, denominados de "impérios" que correspondem a épocas de prosperidade, intercalados por três épocas de decadência social, cultural e política, conhecidas como "períodos intermediários" (ou intermédios). A estes seis períodos juntam-se o período pré-dinástico (anterior ao surgimento das dinastias) e proto-dinástico, o período arcaico e a era greco-romana.

Época pré-dinástica e proto-dinástico (c. 4500-3000 a.C.);Época Tinita (3000-2660 a.C.): I e II dinastiasImpério Antigo (2660-2180 a.C): III a VI dinastiasPrimeiro Período Intermediário (2180-2040 a.C.): VII a XI dinastiasImpério Médio (2040-1780 a.C.): XI e XII dinastiasSegundo Período Intermediário (1780 a 1560 a.C.): XIII a XVII dinastiasImpério Novo (1560-1070 a.C.): XVIII a XX dinastiasTerceiro Período Intermediário (1070-664 a.C.): XXI a XXV dinastiasÉpoca Baixa (664-332 a.C.): XXVI a XXX dinastiasPeríodo ptolomaico (332-30 a.C.) Domínio romano (30 a.C.-359 d.C.)1


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Pré-história
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Instrumento maadiano em marfim.

Os vestígios de ocupação humana no vale do Nilo desde o paleolítico assumem a forma de artefatos e petróglifos em formações rochosas ao longo do rio e nos oásis. No décimo milénio a.C., uma cultura de caçadores-recoletores e de pescadores substituiu outra, de moagem de grãos. Em torno de 8 000 a.C., mudanças climáticas ou o abuso de pastagens começou a ressequir as terras pastoris do Egito, de modo a formar o Saara. Povos tribais migraram para o Vale do Nilo, onde desenvolveram uma economia agrícola sedentária e uma sociedade mais centralizada.13

Por volta de 6 000 a.C., a agricultura organizada e a construção de grandes edifícios havia surgido no Vale do Nilo. Durante o neolítico, diversas culturas pré-dinásticas desenvolveram-se de maneira independente no Alto e no Baixo Egito. A cultura Badariana e a sua sucessora, a Naqada, são consideradas as precursoras da civilização egípcia dinástica. O sítio mais antigo conhecido no Baixo Egito, Merimda, antecede os badarienses em cerca de setecentos anos. As comunidades do Baixo e do Alto Egito coexistiram por mais de dois mil anos, mantendo-se como culturas separadas, mas com contatos comerciais frequentes. Os primeiros exemplos de inscrições hieroglíficas egípcias apareceram no período pré-dinástico, em artefatos de cerâmica de Naqada III datados de cerca de 3 200 a.C.14


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Antiguidade
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A Grande Esfinge e as pirâmides de Gizé, erguidas durante o Império Antigo. Estes são alguns dos monumentos mais emblemáticos do Antigo Egito.

Cerca de 3 150 a.C., o rei Menés (ou Narmer) fundou um reino unificado e estabeleceu a primeira de uma sequência de dinastias que governaria o Egito pelos três milênios seguintes. Posteriormente, os egípcios passaram a referir-se a seu país unificado com o termo tawy, "duas terras" e, em seguida, kemet (kīmi, em copta), "terra negra". A cultura egípcia floresceu durante este longo período e manteve traços distintos na religião, arte, língua e costumes. Às duas primeiras dinastias do Egito unificado seguiram-se o período do Antigo Império (c. 2 700-2 200 a.C.), famoso pelas pirâmides, em especial a pirâmide de Djoser (III Dinastia) e as pirâmides de Gizé (IV Dinastia).

O Primeiro Período Intermédio foi uma época de distúrbios que durou cerca de 150 anos. Mas as cheias mais vigorosas do Nilo e a estabilização do governo trouxeram prosperidade ao país no Médio Império (c. 2 040 a.C.), que atingiu o zénite durante o reinado do faraó Amenemés III. Um segundo período de desunião prenunciou a chegada da primeira dinastia estrangeira a governar o Egito, a dos hicsos. Estes invasores tomaram grande parte do Baixo Egito por volta de 1 650 a.C. e fundaram uma nova capital, em Aváris. Foram expulsos por uma força do Alto Egito chefiada por Amósis, quem fundou a XVIII Dinastia e transferiu a capital de Mênfis para Tebas.

O Novo Império (c. 1 550-1 070 a.C.) teve início com a XVIII Dinastia e marcou a ascensão do Egito como potência internacional que, no seu auge, se expandiu para o sul até Jebel Barkal, na Núbia, e incluía partes do Levante, no leste. Alguns dos faraós mais conhecidos pertencem a este período, como Ramsés I, Ramsés II, Aquenáton e sua mulher Nefertiti, Tutankhamon e Ramsés III. A primeira expressão do monoteísmo é desta época, com o atonismo. O país foi posteriormente invadido por líbios, núbios e assírios, mas terminou por expulsá-los a todos. A XXX Dinastia foi a última de origem nativa a governar o país durante a era dos faraós. O último faraó nativo, Nectanebo II, foi derrotado pelos persas aqueménidas em 343 a.C..



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Domínio ptolomaico e romano
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Antínoo retratado como Osíris e usando o tradicional nemes. Os romanos reutilizaram as instituições locais para facilitar o governo da província.

O Reino Ptolomaico foi um poderoso estado helenístico, que se estendia do sul da Síria, a leste, a Cirene, a oeste, e ao sul da fronteira com a Núbia. A cidade de Alexandria tornou-se a capital e o centro cultural e comercial do reino grego. Para obter o reconhecimento da população egípcia nativa, os governantes ptolomaicos chamavam a si mesmos de sucessores dos faraós. Os ptolomaicos assumiram as tradições egípcias, retratavam-se em monumentos públicos e vestiam-se ao estilo egípcio, além de participarem da vida religiosa local.15 16

O último governante da dinastia ptolomaica foi Cleópatra VII, que cometeu suicídio após o enterro de seu amante romano Marco Antônio, que tinha morrido em seus braços (de uma facada auto-infligida), depois de Otaviano ter capturado Alexandria e suas forças de mercenários fugirem.

Os ptolomaicos enfrentaram rebeliões dos egípcios nativos, muitas vezes causadas ​​por um regime indesejado, e se envolveram em guerras externas e civis que levaram à queda do reino e sua anexação pelo Império Romano. No entanto, a cultura helenística continuou a prosperar no Egito logo após a conquista muçulmana.

O cristianismo foi trazido ao Egito por São Marcos no primeiro século da era cristã. O reinado de Diocleciano marcou a transição entre os Impérios Romano e Bizantino no país, quando um grande número de cristãos foi perseguido. Naquela altura, o Novo Testamento foi traduzido para a língua egípcia. Após o Concílio de Calcedónia, em 451, uma Igreja Copta Egípcia foi firmemente estabelecida.17

Domínio árabe e otomano
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Os bizantinos recuperaram o controlo do país após uma breve invasão persa no início do século VII, mantendo-o até 639, quando o Egito foi tomado pelos árabes muçulmanos sunitas. Os egípcios começaram então a misturar a sua nova fé com crenças e práticas locais que sobreviveram através do cristianismo copta, o que deu origem a diversas ordens sufistas que existem até hoje.18 Os governantes muçulmanos eram nomeados pelo Califado islâmico e mantiveram o controlo do país pelos seis séculos seguintes, inclusive durante o período em que o Egito foi a sede do Califado Fatímida. Com o fim da dinastia aiúbida, a casta militar turco-circassiana dos mamelucos tomou o poder em 1250 e continuou a governar até mesmo após a conquista do Egito pelos turcos otomanos em 1517.

A breve invasão francesa do Egito em 1798, chefiada por Napoleão Bonaparte, resultou num grande impacto no país e em sua cultura. Os egípcios foram expostos aos princípios da Revolução Francesa e tiveram a oportunidade de exercitar o auto-governo.19 À retirada francesa seguiu-se uma série de guerras civis entre os turcos otomanos, os mamelucos e mercenários albaneses, até que Mehmet Ali, de origem albanesa, tomou o controlo do país e foi nomeado vice-rei do Egito pelos otomanos em 1805. Ali promoveu uma campanha de obras públicas modernizadoras, como projetos de irrigação e reformas agrícolas, bem como uma maior industrialização do país, tarefa continuada e ampliada por seu neto e sucessor, Ismail Paxá.

A Assembleia dos Delegados foi fundada em 1866 com funções consultivas e veio a influenciar de maneira importante as decisões do governo.20



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Domínio britânico

Embora vivenciasse um período de modernização, a má administração financeira do quediva Ismail Paxá e os enormes empréstimos contraídos com credores europeus - especialmente para a construção Canal de Suez - deixaram o Egito à beira da falência e o pretexto ideal para constantes ingerências dos governos do Reino Unido e da França no quedivato.21 Em 1879, pressionado interna e externamente Ismael renunciou e seu filho, Tewfik Paxá, assumiu o poder local. Em 1880, foi declarada a moratória nacional e, no ano seguinte, credores europeus assumiram a tutela do fisco e das finanças egípcias.22 A situação humilhante ampliou o descontentamento e a oposição ao regime Tawfik, e o desejo de se livrar da dominação estrangeira culminou na Revolucão Urabista, liderada pelo coronel nacionalista Ahmed Urabi.21 A revolta foi esmagada em 1882 pelas forças britânicas, que intervieram a pedido do próprio quediva colaboracionista. Embora o Império Britânico tivesse prometido uma evacuação rápida das suas tropas, elas permaneceriam por 72 anos no Egito. Ainda que formalmente continuasse sob domínio do Império Otomano, quem mandava no quedivato eram os Altos Comissários Gerais britânicos, que por igual acumulavam a função protocolar de cônsules gerais do Império Britânico no Egito.23 A ocupação colonial britânica semeou o incipiente sentimento nacionalista egípcio, que viu no Incidente de Dinshaway, em maio de 1906, seu episódio mais emblemático.21

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Gravura de 1869 mostrando os primeiros barcos que usaram o canal de Suez entre Kantara and El-Fedane.

Embora surgissem os primeiros partidos políticos locais, a colonização se consolidaria oficialmente em 1914, quando os britânicos derrubaram o quediva Abbas II e declararam o Egito um protetorado militar.21 22 Hussein Kamil, tio de Abbas II, foi então nomeado sultão do Egito.24 Após a Primeira Guerra Mundial, Saad Zaghlul e o Partido Wafd lideraram o movimento nacionalista egípcio. Quando o Reino Unido ordenou o exílio de Zaghlul e seus correligionários para Malta em 1919, houve uma grande revolta popular, e as constantes rebeliões por todo o sultanato levaram Londres a conceder independência nominal ao Egito.25 Um sistema parlamentarista monárquico foi estabelecido e reconhecido pelos britânicos, na pessoa de Fuad I e promulgada uma nova constituição, embora o Reino Unido mantivesse a ocupação militar e controlasse as relações exteriores e as comunicações do país. De volta ao Egito, Saad Zaghlul foi eleito para o cargo de primeiro-ministro pelo voto popular, em 1924, mas renunciou no final desse ano. Novas eleições confirmaram outra vitória ao Wafd, mas o rei Fuad determinou o encerramento do parlamento e, em 1930, outorgou uma nova constituição ao Egito, que reforçava o poder da monarquia.26 . Em 1936, foi assinado o tratado anglo-egípcio, pelo qual o Reino Unido se comprometia a defender o Egito e recebia o direito de manter tropas no canal de Suez. A continuidade da ingerência britânica no país e o aumento do envolvimento do rei do Egito na política desencadeou a Revolução de 1952, quando o Movimento dos Oficiais Livres derrubou militarmente o reinado de Rei Faruk, que abdicou em favor do seu filho Fuad.



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República Árabe
Era Nagib

Após a a deposição de Faruk I, a monarquia egípcia continuou existindo formalmente, com Fuad II no trono, embora a Junta Militar tenha esvaziado de todos os poderes.27 O monarca ficou no trono por 18 meses até a república ser proclamada em 18 de junho de 1953, com o general Muhammad Nagib - número 1 do Conselho do Comando Revolucionário - tornando-se o primeiro presidente do Egito moderno. Os oficiais tentaram iniciar os trabalhos em conjunto com os políticos do país, mas surgiram os primeiros conflitos entre os militares no poder. Nagib era contrário ao afastamento dos civis do governo, era contrário que os militares assumissem todos os negócios do governo e alertava para o perigo de uma nova ditadura, uma vez que muitos dos responsáveis pela corrupção do governo anterior continuavam em seus postos.27 Então com 51 anos, o general era mais velho que Nasser e gozava de boa reputação entre os oficiais mais novos, principalmente por ter sido um crítico feroz no período pré-revolucionário, conseguiu afastar o rival do centro de decisões.27 Em fevereiro de 1954, as tensões entre as correntes de Nagib e Nasser eclodiram um enfrentamento. Apoiado por oficiais revolucionários mais radicais, Gamal Nasser assumiu o controle do Estado. O presidente deposto tentou resistir, mas fracassou e foi condenado à prisão domiciliar perpétua.27 28 Comandado por Nasser, o Conselho de Comando da Revolução liderou o Egito entre novembro de 1954 e junho de 1956.



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Era Nasser
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Nasser foi o primeiro líder egípcio a receber uma delegação da Fatah, em 1969.

Em 23 de junho de 1956, Gamal Abdel Nasser assumiu oficialmente o poder como presidente do Egito, após um referendo sobre uma nova constituição e sobre a sua eleição presidencial. Com sua personalidade carismática que, junto às suas reformas sociais e econômicas bem-sucedidades, lhe proporcionaram grande apoio popular, seu governo aboliu os partidos políticos, procedeu à reforma das estruturas agrárias, combateu o fundamentalismo islâmico e pôs em prática um processo de industrialização, do qual a construção a grande represa de Assuã era um dos projetos mais significativos.28 Para isso, nacionalizou o Canal de Suez, o que provocou uma grave crise internacional.27

Apesar de se aproximar da União Soviética, Nasser incentivou uma política de solidariedade com outras nações africanas e asiáticas do Terceiro Mundo, afirmando-se como um dos principais líderes de movimentos não-alinhados, pan-arabista e anti-imperialista.28 Objetivando um socialismo adaptado à especificidade árabe e um primeiro passo em direção à unificação do mundo árabe, apostou em uma associação com a Síria, entre 1958 e 1961, que deu origem à República Árabe Unida. Em 1967, liderou o Egito na Guerra dos Seis Dias contra Israel, no qual os israelitas tomaram dos egípcios a Península do Sinai e a Faixa de Gaza. Em setembro de 1970, o general faleceu e foi sucedido por Anwar el Sadat.27


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