BOA NOITE ANJO AMIGO JAIRO BANDEIRA
SABER E FAZER
Em matéria de educação a nós mesmos, existe, comumente,
um adversativo, em nossas melhores definições.
Via de regra, afirmamos, a cada trecho de nossa marcha espiritual:
Sei que a morte é apenas mudança e devo corrigir-me para a Vida Maior;
entretanto, estou sob o cativeiro de inúmeras imperfeições,
à maneira da árvore asfixiada pela erva-de passarinho,
e não consigo renovar-me;
Sei que é necessário praticar o bem para que o mal
não me ensombre as horas;
todavia, por mais que me esforce, não chego a vencer
a preguiça que me entorpece;
Sei que é urgente estudar, melhorando conhecimento,
a fim de entender os desafios do mundo e soluciona-los
com segurança; contudo, não tenho tempo.
Sei que é minha obrigação abraçar as boas obras,
que as circunstâncias me indicam, em proveito de minha felicidade,
mas receio entrar em choque com as alheias opiniões.
Sei que é preciso... – é a nossa frase trivial,
diante do serviço que nos compete; no entanto,
habitualmente falha o motor da vontade, no momento da ação.
Quase sempre, perdemos tempo precioso,
empenhando-nos em saber o que ainda estamos muito longe de aprender,
numa atitude, aliás, muito compreensível, porquanto,
desejando saber dignamente, a curiosidade respeitável alenta o progresso;
mas, se fizéssemos o melhor do que já conhecemos,
transferindo idéias e planos superiores das linhas teóricas para o terreno da
realização e da prática, desde muito estaríamos guindados à posição
de numes apostolares das doutrinas redentoras que apregoamos,
adiantando o relógio da evolução terrestre.
Como é fácil de anotar nós todos coletivamente,
examinados criamos muitas dificuldades na Terra,
pela ânsia de fazer sem saber, mas agravamos consideravelmente,
essas mesmas dificuldades, pelo atraso de saber e não fazer.
Emmanuel