à noite, quando estou só -- e é sempre -- deixo fluir todos os medos... é quando o homem adormece e acorda o Poeta... só então, engano a solidão, te compondo em versos e te fazendo presente aqui, entre estas paredes...
hoje, não sonhei; abri os olhos, como se abraçado a ti, embriagado pelo teu perfume no travesseiro ao lado, e com o olhar difuso, entre a janela e as estrelas -- ainda acordadas -- me imaginei no antigamente, e sorri do desencontro... afinal, tirando você, neste mundo nada é perfeito!!!
claro!!! que a solidão tem um preço! e eu não deveria gostar dela, mas é com ela que te penso e faço versos mentindo prazerosamente a tua presença... a solidão tem noites e manhãs eternas... e ela só não me ensinou a rezar... porque não consigo te ler!!!