Discussão: SÉRGIO AUGUSTO SEVERO MARANHÃO

SÉRGIO AUGUSTO SEVERO MARANHÃO

11129_162148800605216_1409293270_n.jpg?o


Soneto para uma Amiga

Eu trago o Coração tão repartido,
é necessária uma definição:
Certos momentos vejo-me contido,
Num outro instante: “Explode Coração”!

E como diz a Letra da Canção:
Provavelmente um dia há de chegar,
em que direi, entrando em seu portão:
Amiga, “não dá mais pra segurar!”

Amiga se pudesse ver agora,
como eu preciso, Amiga, nesta hora,
de um dia assim normal e de aconchego...

Mas ainda falta um pouco de coragem
Para fazer Real esta Miragem...
Me espere, Amiga, que um dia eu chego !

Sergio Severo / OUT / 2008


538268_162149530605143_151065689_n.jpg?o


Canto de Quase Inverno

Bêbado de silêncio e de distância
de tempo pré-velhice e pós-infância
diagonalizei-me em desvario
Fui de mim mesmo alga e cogumelo
transfixando amarra, laço e elo
na plenicarne vasta do vazio

Sufocado de treva e desencanto
de tempo pré-raiz e pós-espanto
verticalizei-me em desatino
Fui de mim mesmo início, fim e meio
trajado de amarelo desnorteio
louco sextante sem mostrar destino

Cansado de aclive e de abandono
de tempo pré-inverno e pós-outono
horizontalizei-me em desconforto
Fui de mim mesmo imagem, sombra e medo
despí-me de alarde e de segredo
colhí as velas...
...e arribei ao porto.

Sergio Severo/04/06/2007


14944_162149573938472_1518507982_n.jpg?o


A BACCO

Eu bebo vinho, sim! Eu bebo vinho!
À moda antiga, modo ancestral
Eu bebo vinho por gostar de vinho
E não para cumprir um ritual

Eu bebo vinho tinto e me contento
Não me atraem o branco e o rosée
Gosto dos tons que tendem ao sangrento
Gosto dos seccos tipo Cabernet

Não que eu não goste do gosto adoçado
que em Portugal um dia revelou-se
Que vem do Porto, um vinho alicorado
e que alí ancorado armazenou-se

Gosto do vinho mas odeio as taças
com seu "degustadores".Que bobagem!
Gosto de beber "ao tempo", "às traças"
Bebo na rua, praça ou na estalagem

E vou provando as castas preciosas
sem copos, sem taças...Qual maneira?
Em doses cavalares, generosas
Em brutas canecas de madeira.

Sergio Severo/nov/2006


574632_162150300605066_2073735072_n.jpg?


Soneto da Velha Casa

Na “General Sampaio” a gente vê
o Casarão que tanto nos comove,
fundado, queira acreditar você,
em mil novecentos e dezenove.

Essa é a “Casa Juvenal Galeno”
cujas filhas Henriqueta e Juliana
montaram um lugar amplo e sereno
que é visitado por toda a semana.

E a Casa que é abrigo de Escritores
De Poetas e apreciadores
do Canto e da Música Seleta...

Recebe, com festa, engalanada
sua Gente fiel que emocionada
torna essa Casa de Amor repleta !

Sergio Augusto Severo Maranhão..............04/
12/08 -Sergio Severo


47059_162150657271697_137511474_n.jpg?oh


Soneto do Amor Maduro (Para Lis)

Espero que não venham nos dizer
que o tempo se fez tarde para Amar.
Nós dois sabemos do real prazer
que só o Amor Maduro pode dar.

Se o dia já se fez escurecer,
a Lua lá no céu pôs-se a brilhar
e ao Luar, amantes, vamos ver
nossa Paixão Infante triunfar.

O Amor não envelhece: se apura
e é bem melhor nossa Paixão Madura,
do que a chama do amor adolescente...

O nosso Amor já Outonal, Querida,
pode não ser a chama enlouquecida
Mas que é Vida, é Brasa,... e tão Ardente !

Sergio Augusto Severo /08/10/2008


Deixe sua opinião ou comentário

Para responder um tópico é necessário participar da comunidade.