Discussão: SÉRGIO AUGUSTO SEVERO MARANHÃO

SÉRGIO AUGUSTO SEVERO MARANHÃO

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Para onde?

Para onde vai o amor, quando ele acaba
e a ternura quando fica amarga?
Para onde vão os sonhos acordados
e todos os carinhos desmanchados?
Para onde vai o olhar que se perdeu
o beijo e o abraço destrocados?
E o futuro posto no passado?
E a Morte do Amor que não viveu?

Deve haver um tal lugar assim
onde o sorriso que se fez em pranto
encontre, novamente, o Seu sorriso
e se não existe, meu Deus!
Será preciso!

Sergio Severo
-13/12/08-


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Soneto Vivencial

A Vida e o que será a Vida
que este pulsar tão breve quer dizer?
Uma fórmula fatal: Nascer, Morrer,
Ponto Final, existe Sobrevida?

E se existir em fim, outra saída,
uma maneira outra de existir,
onde a Alma Imortal possa sentir,
De novo a Dor, num corpo Renascida ?

Hoje me quedei com o pensamento
tão fixado neste meu lamento
De não bem entender minha vivência

O que eu fui, que sou, o que eu serei.
Ah eu confesso, nem eu mesmo sei
Se é real a minha Existência !

Sergio Severo / 2008


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Esgrima

O raio de Sol incide no fio da minha Espada,
“Meia-volta” executada,
“Cavazione”!

A palma da mão abraça o punho da minha Espada,
Terceira...quarta parada,
“Marchante”!

O punho da mão se guarda no copo da minha Espada,
“Meio-círculo” , “estacada”,
“Fendente”!

O braço persegue o golpe da ponta da minha Espada
“A fundo” a estocada...
“Touché”!

A caixa de “Pinho-Riga”põe a lâmina guardada,
E o raio de Sol se abriga
No fio da minha Espada!


Sergio Severo’99


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Hermínia

Na mais pueril das fantasias
ouvi rojões e badalar de sinos,
quando perdi o meu olhar, menino,
na curva dos seios de Hermínia

E a dor que no peito residia
sem que eu soubesse, ou mesmo,
pré-sentisse
não se fez rogada, ao convite
daquele olhar que me desfez menino.

Que faço agora desses sentimentos
assim surgidos
tão inesperados
e que, espantado
apenas vou sentindo
sem que entenda o que estão falando?

Ora me vejo a perguntar, cismado:
“Como será viver com tais anseios?”
Desconcertado observo Hermínia,
e o olhar passeia contornando os seios.

Sergio Severo’99


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Soneto do Amor Feliz

Você, que longe, se fez muito perto
Você, que perto, se fez verdadeira
Você Mulher, Real e tão Inteira
Você que pôs o meu Amor desperto.

Você tão desejada, é bem certo
Você de pele quente e voz macia
Você meu sonho, ao final do dia
Você, de Amor, florindo o meu deserto.

E a sua Rosa-Flor , desabrochada
A seduzir-me, rubra... encarnada
Vai me deixando louco de Desejos...

Vem, meu Amor, que é madrugada agora
Vem, por favor, já é passada a hora
Vem que as estrelas perdem seus lampejos!

Sergio Augusto Severo
-22/01/09


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