Teenage Dream.
Capítulo 1 –
Harry Edward Styles 12 | Corine Zara Maya Mitchell Scott 11.
Harry:
Suspirei frustrado enquanto terminava de ajudar mamãe a embalar a cesta de boas-vindas para os novos vizinhos da frente.
– Eu não quero ir, mãe – resmunguei – Eu estava jogando vídeo game com os meninos.
– Você vai, sim! – disse firme – É férias de verão e você só fica em casa jogando vídeo game, garoto.
– Mãe, ninguém mais faz cestas para dar aos vizinhos – revirei os olhos – isso é ridículo.
– Você sabe que não adianta discutir, né? Você vai, pronto e acabou!
Suspirei derrotado. Eu estava no meio de uma partida rankeada com Liam, Louis, Niall e Zayn quando mamãe me chamou para ajudá-la. Eu queria mesmo estar saindo e aproveitando, mas os malditos dos meus amigos estão curtindo as férias em outro país enquanto eu estou mofando em casa. Não é por falta de dinheiro, nossa família é a 4º mais rica da américa, mas papai estava muito ocupado na empresa e Rosie, vulgo minha mãe, não queria viajar e deixar papai sozinho em casa. Tentei convence-la a irmos para a nossa casa nas Maldivas, mas ela não cedeu e agora eu estou aqui, preso.
– Vamos lá? – Mamãe falou chamando minha atenção, assenti seguindo-a porta afora – Ouvi dizer que eles têm uma filha mais ou menos da sua idade, amor. Quem sabe vocês dois... – Deixou a frase no ar.
– Eu não quero uma namorada.
– Estou querendo dizer que vocês podem ser amigos, você só anda com os meninos, eu os amo do fundo do meu coração, mas você precisa de uma amiga – frisou.
Balancei a cabeça negativamente, mamãe revirou os olhos verdes e tocou a campainha – Promete que vai ser legal com ela?
Olhei confuso, eu estava com raiva por ter sido interrompido do meu jogo, mas jamais trataria alguém mal – Tudo bem.
A porta se abriu revelando uma mulher muito bonita.
– Olá – mamãe se pronunciou – Meu nome é Rosie Styles e esse é o meu filho, Harry. Nós viemos trazer uma cesta de boas-vindas, moramos aqui em frente – Mamãe apontou para a casa.
– Oi – dei um meio sorriso. Quero ir embora.
– Ah, que bom que vocês vieram – ela sorriu e pegou a cesta que mamãe estava estendendo – Nós nos mudamos anteontem e eu já estava com medo de nenhum vizinho vir trazer uma cesta, sabe, tradição e tal – Mamãe olhou para mim com a sobrancelha arqueada, segurando um risinho. Porra, quem nos dias de hoje, ainda mantém essa porcaria de tradição? Chega a ser bizarro, você nunca sabe se a pessoa colocou veneno ou alguma coisa do tipo até você cair duro no chão – Meu nome é Annelise, muito prazer.
Ela nos convidou para entrar e mamãe e ela engataram uma conversa animada e eu suspirei entediado, varri os olhos pela imensa sala, quando notei uma pequena criaturinha no topo da escada.
– Vocês têm um cachorro! – exclamei animado, eu era apaixonado por animais.
– Sim, querido – ela sorriu doce – Essa é a nossa pequena Athena – Ela assobiou e a bolinha de pelos entrou dentro de uma caixa e começou a descer as escadas. Porra, aquilo era um elevador para cachorro? – Fizemos esse elevador para ela poder se locomover pela casa – Explicou quando notou que eu estava boquiaberto.
Quando a caixa enfim parou, a bolinha de pelos saltou e veio em direção a Annelise.
– Um carro a atropelou quando ela ainda era um filhote e o desgraçado acabou fugindo sem prestar socorro – ela acariciou os pelos macios – Estávamos passeando de bicicleta e Maya a notou choramingando jogada no canto da rua. Nós a levamos para o veterinário, mas não teve jeito, tiveram que amputar sua perna – Ela falou e foi aí que eu notei, ela tinha uma prótese em sua perna dianteira, olhei para a pequena bolinha de pelos que, desde pequena, já havia sofrido um bocado.
– Eu posso segurar ela? – Annelise assentiu sorrindo e aproximei a mão de seu focinho para que ela cheirasse, quando ia pegar ela no colo, ouvimos um grito.
– Você não pode segurar a minha cachorra – Uma menina branca e baixinha falou enquanto descia as escadas em passos largos.
– Posso saber por que não? – Ergui a sobrancelha.
– Porque ela é minha e não gosta de estranhos – Ela falou brava – E adivinhe só, você é um estranho!
– Se ela não gosta de estranhos, então por que ela está vindo para o meu colo? – Falei irônico e ela me olhou boquiaberta.
– Mas o que é isso, filha? – Annelise a olhou chocada – Isso é jeito de tratar os novos vizinhos?
– Mas, mãe, você sabe que eu não gosto quando tentam pegar a...
– Corine Zara Maya Mitchell Scott – Annelise a interrompeu – Peça desculpas agora!
– Me desculpem – Falou sem jeito, mexendo em sua franja.
– Seu nome é Corine Zara? – Abafei um risinho e ela me fuzilou com os olhos.
Mamãe me deu um tapa na perna – Harry, pare já com isso!
– Você não tem muita moral para falar algo, Harold – Abriu um sorrisinho zombeteiro.
– Meu nome não é Harold, é Harry – Falei bravo.
– Oh – exclamou surpresa – Desculpe-me mais uma vez, Harold.