QUEM SOU
Sou o infinito do horizonte,
do nascente ao ocaso.
Sou o brilho da estrela cadente,
a constelação desconhecida.
A palidez da lua.
Sou mistério atrás dos montes.
Sou o perfume da flor silvestre que exala no campo... na floresta..
Sou a onda que beija a praia e se atira ao rochedo.
Sou pinheiro no topo da colina, arbusto no vale, folhas do outono.
Sou o canto dos pássaros em festa.
Sou a voz do silêncio, o bálsamo d’ alma,
a esperança dos oprimidos, o portador dos desejos,
a realidade dos sonhos, o antídoto das ilusões.
Em fim sou a sensatez da calma.
Sou o sopro da vida, o pulsar do coração,
o sangue que verte em todas as veias,
sou o grito sufocado, a lágrima de felicidade,
O impossível da paixão.
Sou apenas eu, perdido na imensidão do vasto mundo.
Geraldo Gama