Florianópolis - Santa Catarina / 2022
15:15 hrs
Há mais de mil anos eu não voltava à Gaia. Sobre as areias do moçambique, litoral de Florianópolis, volto a contemplar a criação. A bela natureza na qual, diferente dos jardins da cidade de prata, é tão robusta e contrastante. A única coisa que a separa do mar são as areias. Sempre gostei de ilhas, são menos barulhentas do que as grandes metrópoles que um dia visitei.
Ouço o som dos pássaros juntamente com o rugido do mar conforme as ondas se desfazem em pequenas quedas. Não que eu necessite estar próximo para ouvir essas duas frequências tão vividas, posso ouvir o universo de onde quer que eu esteja. É como sintonizar uma rádio para os meus irmãos mais novos, os queridos humanos.
“Olá irmão!” - ouço telepaticamente a voz de Gabriel como se fosse uma diminuta brisa passando pelo meu corpo etéreo, tirando-me do pequeno transe da contemplação.
“Olá, Gabriel.” - respondo da mesma maneira com um tom suave, leve e amoroso. Não me adianto em sequer saber em que lugar da terra ele está.
“Eu o senti quando desceu, mais algum dos próximos também viram?" - perguntou em tom alegre, senti uma pequena empolgação na vibração de sua mensagem. Gabriel é um dos únicos mais próximos do criador que já visitou a terra mais vezes que eu. Suas missões sugerem que ele o faça, uma vez que é o grande mensageiro.
“Não sei te dizer, eu não os vejo desde a última reunião. Conhecendo como eu os conheço, acredito que só quando for a hora eles irão vir!” - respondi. Meus olhos contemplando o mundo em uma perspectiva da Quinta Acima.
O mundo todo na perspectiva de minha visão é como camadas de vidro, tantas linhas e formas uma dentro da outra que é nítido ver a geometria sagrada, como é chamada na nova era. Posso ver luzes sutis abaixo do mar, uma grande quantidade de vida marinha abundante. Isso sem contar as lindas danças coloridas que ficam pairando no ar em volta de cada ser vivo.