- Por que não junta-se a nós, meu senhor? Estou me guardando para outra pessoa. - O que ela não sabe, não a machuca. Um ditado estúpido. O que não sabemos, geralmente é o que nos mata. - Ela deve ser muito bonita. Não. Na verdade, não. Mas de uma linhagem impecável. - Acho que meu senhor está apaixonado. Por muitos anos. Na verdade, a maior parte da minha vida. E ela me amava também. Eu era seu confidente. Seu brinquedinho. Podia me contar qualquer coisa. Qualquer coisa, mesmo. Ela me contou sobre os cavalos que gostava. O castelo que ela queria viver. O homem com quem se casaria. Um homem do norte, com um queixo de bigorna. Então eu o desafiei para um duelo. Por que não? Li todas as histórias. O pequeno herói sempre vence o vilão nas histórias. No final, ela não o deixou me matar. “É apenas um garoto.” Ela disse. “Por favor, não o machuque.” Ele me deu uma bela cicatriz, e eles foram embora. - Ela está casada ele? Não. Ele foi morto antes do casamento. E ela acabou com o irmão dele. Um homem mais impressionante. Ela o ama. Eu o temo. E por que não? Quer dizer... Quem se compararia a ele? Ele é tão... bom. Sabe o que aprendi perdendo aquele duelo? Aprendi que nunca ganharia. Não daquele modo. Aquele é o jogo deles. As regras deles. Não vou lutar contra eles. Vou fodê-los. É isso que eu sei fazer. É o que sou. E apenas admitindo o que somos, conseguimos o que queremos. - E o que você quer? Tudo, minha querida. Tudo o que existe.