A cada 11 anos o Sol passa por momentos alternados de alta e baixa atividade eletromagnética, conhecidos por mínimos e máximos solares. Esse período é chamado de ciclo solar ou de Schwabe e desde que as observações começaram a ser feitas já foram contados 24 ciclos até o ano de 2015.
Entre 1645 e 1715, o Sol passou por um estranho período, com atividade quase nula. Durante 70 anos, as manchas solares se tornaram extremamente raras e o ciclo de 11 anos parecia ter se rompido. Coincidência ou não, esse período de enfraquecimento coincidiu com uma série de invernos implacáveis que atingiram o hemisfério Norte.
Esse período no comportamento do Sol ficou conhecido como Mínimo de Maunder e até hoje os cientistas não sabem ao certo como ele foi disparado e nem se realmente influenciou o clima na Terra.
O Sol só voltou ao normal no século seguinte, quando o ciclo 11 anos foi reestabelecido e as temperaturas no hemisfério norte voltaram aos valores tradicionais.
Nova Mini Era do gelo?
Excluindo alguns momentos pontuais de extrema demonstração de força, a atividade solar recente apresenta constante declínio, com 75% a menos de grupos solares em relação ao observado em 2001, no pico do ciclo anterior.
Nos últimos dias, a observação da fotosfera solar não revelou manchas significativas, repetindo outras ocasiões recentes e cada vez mais frequentes.
Essa quase ausência de manchas até poderia ser considerada normal, já que no começo do século 20 o Sol também apresentou esse comportamento. A diferença é que atualmente estamos deixando o ápice do ciclo 24 e pelos próximos seis anos a atividade eletromagnética deverá ser cada vez menor.
Diariamente, em média 110 toneladas de materiais vindos do espaço penetram a atmosfera da Terra e se juntam à massa que forma o planeta. São asteroides, cometas, meteoros ou partículas vindas de muito longe, que anualmente somam mais de 40 mil toneladas.
Além desses detritos espaciais, a Nasa também estima um incremento de 160 toneladas anualmente devido à elevação da temperatura global. Isso é explicado pelas leis da termodinâmica, pois se adicionarmos energia a um sistema, sua massa também aumenta.
Apesar de serem números bastante expressivos, principalmente se considerarmos os bilhões de anos que isso acontece, nosso planeta não ganha peso. Ao contrário, fica mais leve.
De acordo com um estudo feito pelo pesquisador Chris Smith, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, embora entrem cerca de 40 mil toneladas todos os anos, nosso planeta perde 95 mil toneladas, mais que o dobro do que entra.
Perdendo Nada
É importante destacar que embora ocorram retiradas sistemáticas de minérios e petróleo do subsolo, esse material não deixa a Terra, pois de alguma forma é transformado em algo que será usado ou consumido aqui mesmo, gerando resíduos que aqui também permanecerão. Em outras palavras, o Homem não tem papel nessa perda de peso.
Perdendo Pouco
Segundo Smith, parte da perda da massa ocorre no centro da Terra, onde há bilhões de anos o núcleo queima combustível nuclear por decaimento radioativo. Assim, quanto menos energia, menos massa (novamente, a lei da termodinâmica em ação). No entanto essa perda é muito pequena, de aproximadamente 16 toneladas ao ano, praticamente nada perto das 40 mil toneladas que entram.
Perdendo Muito
O grosso da perda de peso da Terra ocorre bem acima das nossas cabeças, lá na alta atmosfera. De acordo com o estudo, anualmente escapam da Terra 95 mil toneladas de hidrogênio e 1600 toneladas de hélio, que por serem muito leves não são retidos pela gravidade e se dissipam no espaço.
Resumindo, o resultado é uma perda de massa de cerca de 50 mil toneladas todos os anos, principalmente dos gases.
Consequências
Embora a perda de hidrogênio seja extraordinariamente grande - 95 mil toneladas por ano - a quantidade do gás presente na Terra é tão grande que levaria trilhões de anos para o esgotamento.
O Hélio é outra história. Ele representa apenas 0,00052% do volume da nossa atmosfera. É obtido principalmente através de um processo chamado de destilação fracionada e devido à sua utilidade está se tornando cada vez mais escasso em nossa atmosfera.
Para Robert Richardson, ligado à Universidade de Cornell e ganhador do Premio Nobel de Física "a situação da reserva de hélio atmosférico é tão preocupante que cada balão de festa preenchido com o gás deveria ser acompanhado de uma etiqueta de 100 dólares".
Pela primeira vez na história, três furacões (Kilo, Ignacio e Jimena) de categoria 4 apareceram no Oceano Pacífico ao mesmo tempo. Na Escala de furacões de Saffir-Simpson, a categoria 1 é a menos e a 5, a mais devastadora.
No momento o trio representa uma grande ameaça para o Havaí, mas também pode causar problemas no Japão, nas Filipinas e em Taiwan.
Segundo especialistas, a aparição dos furacões está relacionada com o El Niño, que é causado a partir do aquecimento fora do padrão das águas do Pacífico e pela redução dos ventos alísios. A combinação desses dois fatores faz com quetanto as correntes atmosféricas quanto as condições climáticas do planeta sejam alterados.
O fenômeno tem sido mais forte do que o normal nos últimos anos, tanto que William Patzert, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, afirmou que o de 2015 será um “El Niño Godzilla” por conta de sua força e suas consequências.
À meia noite do último domingo (30/8), o furacão Ignacio estava a 450km do sudoeste do Havaí. O esperado é que ele passe pelo norte da ilha na terça e na quarta-feira, trazendo chuvas fortes, causando ondas com cerca de seis metros e ventos de até 63km/h — o furacão em si, que provavelmente não atingirá de fato a região, contém ventos de até 217km/h. Ainda não se sabe ao certo qual será a rota do furacão depois que ele passar pelo Havaí.
Também não há indícios de qual será o caminho do furacão Jimena, por isso os metereologistas ficarão em estado de alerta até o meio da semana.
O furacão Kilo é o menos problemático dos três até agora: ele agitará as águas do Pacífico e trará ventos de até 220km/h.
Via Science Alert
Pensando nisso, um aluno de doutorado em engenharia aeroespacial da universidade da Carolina do Norte propôs, em 2009, uma maneira relativamente simples e eficaz de desviar asteroides e outros objetos em rota de colisão contra a Terra. Segundo a teoria bastaria prender ao asteroide uma longa corrente presa a uma âncora.
"Com esse simples método você muda o centro de massa do objeto alterando efetivamente sua órbita, que ao invés de se chocar com a Terra avançaria em outra direção", disse David French, autor do trabalho. A teoria ganhou a simpatia de outros pesquisadores e foi aceita para ser apresentada na Conferência Space 2009, promovida pelo Instituto Americano de Aeronáutica e Espaço, que ocorrerá em setembro na Califórnia.
Atualmente estão identificados mais de 1000 objetos "potencialmente perigosos" e que representam algum tipo de risco contra a Terra. Apesar de nenhum deles estar em rota de colisão, não se pode prever futuras alterações de órbitas provocadas por atração gravitacional ou interações com o vento solar. Pequenas alterações em suas trajetórias podem fazê-los impactar contra a Terra.
Pensando nessa possibilidade, French e seu orientador Andre Mazzolen, professor de mecânica e engenharia aeroespacial, estudaram como um sistema "asteroide-corrente-âncora" poderia ter sua dinâmica alterada, reduzindo ou eliminando a chance de impacto.
"Não é fácil imaginar a escala do problema e as potenciais soluções", disse French. "A Terra vem sendo atingida por objetos desde há muito tempo e nós conhecemos bem os efeitos negativos disso. Há 65 milhões de anos um asteroide de grande tamanho atingiu a terra ao sul do Golfo do México e simplesmente varreu os dinossauros do mapa".
Em 1907, um pequeno fragmento, talvez originado de um cometa, praticamente acabou com uma área similar a Nova York. "Em outras palavras, a escala para nossa solução é difícil de ser avaliada", explicou French.
O pesquisador estima que o tamanho da corrente necessária para alterar o centro de massa pode variar entre mil quilômetros até mais de 100 mil km, (suficientes para dar duas voltas e meia ao redor da Terra). Apesar dessa variação ser bastante grande, French acredita que é a melhor ideia proposta para desviar um asteroide.
"Pesquisamos também outras possibilidades, mas sem condições reais de serem colocadas em prática, entre elas pintar um dos lados do asteroide de preto a fim de alterar o modo como a luz aquece sua superfície, alterando sua órbita ou prender o asteroide a outro objeto próximo, também mudando seu centro de massa. Também existe a chance de explodir o objeto com bombas nucleares, mas neste caso existem obstáculos políticos e técnicos quase intransponíveis, além de provocar uma chuva de fragmentos que poderia agravar ainda mais a situação".
Apesar de parecer simplista, a teoria da corrente-âncora ganha adeptos e poderá ser de fato uma opção real para desviar objetos em rota de colisão.
Todas as peripécias vistas em filmes, como bombas nucleares fragmentando os asteroides, são de fato ficção, já que a tecnologia necessária para isso não existe. As melhores estimativas mostram que atualmente seriam necessários pelo menos 20 anos, após a detecção de um asteroide em rota de colisão, para que uma tecnologia para desviá-lo ou destruí-lo fosse desenvolvida.
O mais perigoso
Ao que tudo indica, o asteroide mais perigoso com maiores chances tem de impactar diretamente com a Terra é o objeto batizado de 1950 DA.
Segundo dados do JPL, as chances de colisão são da ordem de 1 em 300 e deverá acontecer no ano de 2880. Esse objeto, um esferoide assimétrico, tem um diâmetro de 1.1 km e gira ao redor do próprio eixo em 2.1 horas, o mais rápido movimento rotacional observado em um asteroide desse tamanho.
Artes: No topo, pequeno asteroide penetra a atmosfera acima da cidade de Bangcoc, na Tailândia, em 7 de setembro de 2015. Acima, asteroide de Chelyabinsk, que atingiu o centro sul da Rússia em fevereiro de 2013. Créditos: RT, Wikimedia Commons/Nasa/JPL.