O evento ocorreu as 09h59 pelo horário de Brasília e teve seu hipocentro localizado abaixo das coordenadas 21.05S e 49.68W, a 1 km de José Bonifácio, 13 km de Ubarana (SP) e 17 km da cidade de Mendonça (SP)
As últimas análises mostram que 2012 TC4 passará novamente nas proximidades da Terra em 12 de outubro de 2017 e deverá chegar a apenas 14 mil km de distância, o equivalente à metade da altitude onde ficam os satélites meteorológicos e de comunicação.
2012 TC4 foi descoberto em 4 de outubro de 2012 através de imagens feitas pelo telescópio Panstarrs, no Havaí. Na ocasião, o objeto recebeu a denominação provisória P104imJ e teve seu tamanho estimado em aproximadamente 30 metros.
A rocha completa uma volta ao redor do Sol (período orbital) a cada 532 dias e no momento da máxima aproximação passará pela Terra a uma velocidade relativa de 23500 km/h. De acordo com o JPL, Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa, o momento do rasante será as 03h29 UTC, ou 00h29 BRT (Horário de Brasília).
Para Györgyey-Ries, cientista ligada ao programa de observações de asteroides da Nasa, ainda pairam algumas incertezas sobre a orbita de 2012 TC4, mas elas só devem afetar a avaliação do instante da maior aproximação. "Apesar das dúvidas, os cálculos mostram que não há risco de choque, embora sejam necessárias mais observações para reduzir as incertezas", explicou a pesquisadora.
Makoto Yoshikawa, da Agência Espacial Japonesa, concorda com sua colega estadunidense e se diz convencido que o asteroide não representa perigo. “Concordo que a distancia seja muito pequena, mas isso não significa que vai haver colisão".
Asteroide Apollo
2012 TC4 é um asteroide do grupo Apollo, que cruza a órbita da terra de modo similar ao objeto 1862 Apollo, com eixo semi-maior superior a 1 UA (Unidade Astronômica) e com periélio inferior a 1.017 UA. Lembrando que 1 Unidade Astronômica equivale a 149,5 milhões de quilômetros, a distância média da Terra ao Sol.
Uma reanálise da orbita mostra que 2012 TC4 passou sorrateiramente pelas vizinhanças da Terra em 10 de fevereiro de 2010, sem que fosse observado. Na ocasião, a rocha passou a 0.24 UA, cerca de 35 milhões de quilômetros.
A Lua também está na mira do asteroide na passagem de 12 de outubro de 2017. Estima-se que a rocha passará pelas vizinhanças do nosso satélite as 09h11 BRT, algumas horas depois de raspar a atmosfera da Terra.
Se atingisse a Terra, os efeitos provocados seriam similares aos do impacto de Chelyabinsk, que atingiu a Rússia em fevereiro de 2013.
Um terremoto de 6.1 pontos de magnitude libera a mesma energia que a detonação de 1 bomba atômica similar a que destruiu Hiroshima em 1945, ou a explosão de 21180 toneladas de TNT.
De acordo com os engenheiros do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, APL, responsáveis pela missão Messenger, os tanques de hydrazina já se esgotaram e a nave não é mais capaz de se manter na orbita planetária.
Segundo os técnicos, uma pequena reserva de combustível foi poupada e será usada no dia 24 de abril, durante a última manobra de orientação que fará a sonda se precipitar sobre a superfície do planeta. O impacto contra Mercúrio ocorrerá no dia 30 de abril, as 16h25 pelo horário de Brasília.
O impacto da Messenger ocorrerá a uma velocidade de 14 mil km/h e abrirá uma cratera de cerca de 4 metros de diâmetro, informou o engenheiro de sistemas Dan O'Shaughnessy, ligado ao APL e responsável pelo controle de missão.
"O impacto não será visto da Terra, pois ocorrerá quando a nave estiver passando atrás do planeta do ponto de vista terrestre. A sonda não emergirá mais depois desse dia", explicou O'Shaughnessy.
Nova Cratera
Mercúrio é repleto de crateras, mas depois do impacto uma nova feição surgirá na latitude 52 graus norte. Embora pequena, essa cratera será de grande importância nos trabalhos científicos futuros, pois terá sua data de criação e suas características físicas conhecidas, o que servirá como marco referencial para o estudo geológico do planeta.
"Os instrumentos baseados em terra não serão capazes de estudar a cratera formada, mas a missão BepiColombo, por exemplo, terá condições plenas de produzir inúmeros dados científicos", disse O'Shaughnessy ao se referir à futura missão conjunta entre Europa e Japão que lançará uma nova sonda em 2017 para estudar o planeta Mercúrio em 2024.
Messenger
A Messenger (MErcury Surface, Space ENvironment, GEochemistry and Ranging) foi lançada em agosto de 2004 e em 18 de março de 2011 se tornou a primeira nave a orbitar o planeta Mercúrio. Desde então, a sonda enviou à Terra mais de 255 mil fotos e cerca de 10 terabytes de dados científicos do planeta.
Relembrando, o impacto contra Mercúrio ocorrerá no dia 30 de abril, as 16h25 pelo horário de Brasília.
As proeminências são bastante comuns de serem observadas e fazem parte quase constante da tradicional paisagem da borda solar. São estruturas enormes e brilhantes, geralmente na forma de laços, árvores ou loops.
Essas estruturas são muito altas. Formam-se na superfície do Sol - a fotosfera - e se projetam por milhares de quilômetros de altura, indo além da coroa solar.
São mantidas coesas em virtude do intenso campo magnético que as cercam, mas devido a instabilidades podem se romper e ejetar sua massa em direção ao espaço. Quando a velocidade da ejeção não é forte o suficiente para escapar do domínio gravitacional do Sol, o plasma retorna à superfície na forma de chuva incandescente.
Uma proeminência pode se formar em apenas um dia e se manter estável por longos períodos. A massa de gás contida dentro de uma proeminência é tipicamente da ordem de 100 bilhões de toneladas de matéria.
Quando as proeminências são observadas na superfície do Sol, ao invés da borda, recebem o nome de filamentos e são distinguidos facilmente por apresentarem traços longos e escuros. Não é incomum essas feições atingirem mais de 500 mil km de extensão.
A cena mostrada foi registrada na manhã de quinta-feira, 16 de abril de 2015 e foi obtida com auxílio de um telescópio especial, capaz de registrar o Sol no comprimento de onda h-alpha. Neste seguimento do espectro observa-se a cromosfera solar, onde o hidrogênio da estrela atinge mais de 10 mil graus de temperatura.
Ao todo, a animação compreende 90 minutos da atividade do Sol.